Dezenas de privilegiados, tiveram a oportunidade de ouvir uma palestra extraordinária, no último domingo no GEFROMP com Paulo Lemos de Boa Esperança. Palestrista de palavra fácil e profundo conhecimento, é considerado um dos melhores comunicadores da Doutrina Espírita de Minas Gerais. Acompanhe abaixo um resumo desta palestra, numa matéria feita pela Dra. Jane da Gama Balta.
Moral
Na noite de domingo 25/03/12, o GEFROMP recebeu a visita de Paulo Lemos, de Boa Esperança , que nos fez uma palestra sobre a moral.Discorreu sobre o tema com muita clareza dada a sua educação embasada na Doutrina Espírita, rica em ensinamentos científicos e filosóficos. Destacou que a inteligência chegou a níveis muito elevados no Planeta Terra, mas que o progresso moral da humanidade não acompanhou o intelectual. Uma lei divina ou natural na essência é imutável, mas a aplicação e o entendimento desta lei muda de acordo com a evolução de determinado grupo social, pois nem sempre o que é legal é de fato moral. Existe uma lei maior regendo nosso comportamento, impressa na conciência ( questão 621 do Livro dos Espíritos). Como esta lei funciona em cada um de nós, uma vez que somos dotados de livre-arbítrio e com freqüência optamos pelo equívoco, pelo distanciamento da mesma, enquanto embotados espiritualmente?Temos um ”código magnético” no espírito que nos incita ao despertar progressivo da consciência (lei da evolução) e nos moraliza, ou seja, da-nos o discernimento entre o certo e o errado.
Continuando, Paulo questionou como saber se estamos agindo de maneira moralizadora e citou dois indicadores:
- O relacionamento com o nosso próximo, na busca do bem coletivo (lei da solidariedade)
- O Relacionamento com nós mesmos, prestando atenção ao próprio organismo e respeitando seus limites, pois, depois do excesso vem a dor sob forma de culpas, doenças, etc.
A Lei da Reencarnação nos da um melhor entendimento da moral, sinalizando se estamos agindo “certo ou errado”. Após Moisés, o grande legislador hebreu de elevada moral, mas afeito ao “olho por olho e dente por dente”, dada a necessidade da época, vemos Jesus trazendo o entendimento abrangente do perdão e da misericórdia. A punição é substituída pela educação, quando a justiça se faz pelo aprendizado do equívoco, através da reencarnações. Nada acontece por acaso, temos que “brilhar nossa luz” e para isto precisamos nos educar, ainda que as transformações não ocorram de forma passiva e sejam, muitas vezes, remédios amargos.
O palestrante reforçou que nossa sociedade progride de acordo com o grau de moralidade da maioria dos espíritos que dela fazem parte. A Lei é a sedimentação Ética, a moral é o que acreditamos, independente do que os outros acreditem. Nossa consciência cobra o que é certo ou errado e a culpa é proporcional ao grau de moralidade (ou seja, minha responsabilidade é tanto maior quanto mais tenho conhecimento da lei). Daí a importância de cumprirmos com as nossas leis civis vigentes na sociedade a que estamos inseridos (passíveis de falhas, porque somos humanos) até podermos transcende-las e cumprirmos com as leis divinas (totalmente morais e imutáveis, porque são perfeitas). A reencarnação é, pois , o ponto máximo de misericórdia divina, dando-nos inúmeras chances de “repetir o ano” e sedimentar o aprendizado. Por isso reencarnamos exatamente onde precisamos e geralmente com os mesmos espíritos por várias existências. Deus nos concede a graça do esquecimento, restando-nos as tendencias instintivas e a voz da consciência para nos guiar, pois a maioria de nossos bloqueios é para nossa proteção. Santo Agostinho já dizia que , se sucumbimos é por falta de vontade, não de oportunidade. Precisamos, segundo o preletor, perceber quais as cadeias reencarnatórias estamos submetidos nesta existência. Se passamos por determinada dificuldade não buscadas espontaneamente é porque devemos ter algo a aprender com elas. A vida nos envia sinais e devemos estar atentos a eles. Vivemos num planeta ainda de provas e espiações e o conhecimento espírita deve ter o poder de mudar nossa estrutura de pensamento. À medida que nos aprimoramos, nos tornamos INDULGENTES e agradecidos a nossa cadeia reencarnatória, extraindo dela os melhores ensinamentos, encerrou Paulo Lemos.
Jane da Gama Balta
Nenhum comentário:
Postar um comentário