Nasceu WILSON LION DE ARAÚJO em 24 de janeiro de 1912, filho do cirurgião
dentista Álvaro Ernesto de Araújo e da professora Regina Veiga Ferreira Lion de
Araújo. Descendente pois, das tradicionais famílias campanhenses Araújo, Veiga,
Ferreira Lopes e Lion. Era bisneto de Lourenço Xavier da Veiga, de Cândido
Inácio Ferreira Lopes e de Adolpho Lion, que implantou na Campanha o cultivo de
uva e a fábrica de vinhos de tão boa qualidade, que recebeu uma medalha de ouro
na Exposição Universal de Paris em 1900.
Em 1918 os Veiga e seguidores se
organizaram para enfrentar o Partido Republicano e foram derrotados.
Desgostosos, mudaram-se da Campanha 20 famílias, o que, sem dúvida, foi uma
pena, pois se tratavam de pessoas de muito valor. A radicalização da política
muito prejudicou a comunidade. Os avós e pais de Wilson foram uns dos que nos
deixaram e ele, menino ainda, foi para São Paulo, onde traçou a importante
trajetória de sua vida (veja parte de sua cronologia no quadro).
Formado contador pela Escola de
Comércio Coração de Jesus, é nomeado fiscal junto a estabelecimentos
comerciais. Ingressa na iniciativa privada, presta serviços à Casa Cássio Muniz
e a muitas organizações do ramo imobiliário. Escreve o livro MERCEOLOGIA E
TECNOLOGIA MERCEOLÓGICA (12 edições).
Casa-se duas vezes, a primeira
com a contadora Clarice Rebello da Cunha, tendo os filhos Aluízio e Marília e,
em segundas núpcias, com a educadora sanitária Olga Valim Mamede, advindo-lhe
os filhos Heloísa e Maurício.
Passa a interessar-se pela
Genealogia e publica um estudo sério e completo sobre as famílias VEIGA e
ARAÚJO, que lhe valeu a oportunidade de ingressar como membro efetivo do
INSTITUTO GENEALÓGICO BRASILEIRO.
Fez também uma incursão no ramo
da comunicação como redator da Rádio Difusora de São Paulo e publicou a obra
intitulada PROCESSO DE PROPAGANDA.
Foi sócio fundador do Instituto
Histórico e Geográfico da Campanha, ocupando a cadeira nº 13, cujo patrono é o
Cônego Antônio Felipe Lopes Araújo.
Faleceu em São Paulo , a 25 de maio de 1994,
aos 82 anos.
Roberto Jefferson de Oliveira
CRONOLOGIA
1955 - Recebeu do Instituto Histórico e Geográfico a Medalha
Imperatriz Leopoldina, por serviços prestados quando da trasladação dos
despojos da Imperatriz para o Monumento do Ipiranga.
1965 - Recebeu do Governo de São Paulo, Medalha concedida
por ocasião do centenário do Cientista Vital Brazil.
- Recebe da Sociedade Geográfica Brasileira a Medalha
Cândido Mariano da Silva Rondon.
1968 - Recebe da Sociedade Geográfica Brasileira a Medalha
Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral.
1972 - Recebe do Instituto Genealógico Brasileiro a Cruz
João Ramalho.
1977 - Recebe do Instituto Genealógico Brasileiro a Medalha
Cultural Silva Leme.
O campanhense Wilson, era um devorador de livro.Homem de muito cultura presenteou a Biblioteca Cônego Victor com toda a sua biblioteca, mais de 15 mil livros, para que seus conterrâneos pudessem usufruir dos conhecimentos que tanto lhe ajudaram.
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