DOCUMENTO REÚNE PROPOSTAS E
IDEIAS DA CIÊNCIA CONTRA A POBREZA
Depois de três dias de debates, a
VII Conferência e Assembleia Geral da Rede Global de Academias de Ciências
(IAP) reuniu as ideias e propostas sobre o tema “Ciência para a Erradicação da Pobreza
e o Desenvolvimento Sustentável”, discutidas pelos presidentes das academias e
cientistas, num documento chamado Carta do Rio.
No
documento optou-se por usar “redução” da pobreza no lugar de “erradicação”. O
primeiro item da Carta diz que a redução da pobreza e o desenvolvimento
sustentável exigem o enfrentamento de grandes desafios-chave em saúde, alimentação,
água, energia, biodiversidade, clima e educação, gestão de desastres, entre
outros. A Carta do Rio também mostra que para resolver grandes desafios será
necessário que inovação e ciência estejam integradas: a aplicação coordenada de
inovação científica / tecnológica, social e de negócios para desenvolver
soluções para desafios complexos. Também está claro que, ao ajudar a resolver os
grandes desafios, as Academias de Ciências estarão ajudando a chegar aos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pós-2015. O documento aponta a atuação
das Academias de Ciências.
FONTE: JORNAL da CIÊNCIA
PUBLICAÇÃO
DA SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA • RIO DE JANEIRO, 8
DE MARÇO DE 2013 • ANO XXVI Nº 732 • ISSN 1414-655X
A percepção da ciência para a
melhora de vida da sociedade passa obrigatoriamente pelas questões ambientais.
O meio ambiente não é apenas flora e fauna, mas todos os seres vivos e os
minerais e ainda o relacionamento entre si. A melhoria da qualidade de vida da
sociedade, independente do país e a sua classificação econômica, é
obrigatoriamente observar e perceber o ambiente onde a sociedade produz,
melhora e prospera. E a redução da pobreza é uma necessidade emergente e não
podemos mais aceitar populações inteiras convivendo com a fome e as doenças
sendo que o Planeta Terra proporciona o suficiente para todos os seres vivos.
As políticas públicas e privadas devem ser parceiras do Planeta no sentido de
ser a ponte de união entre a produção da riqueza e a sua distribuição menos
ofensiva a sociedade.
Os
desafios – chaves que enfrentamos estão diretamente ligados às nossas ações e
percepções de nós mesmos e do ambiente que vivemos. As ações que vão
proporcionar nossas melhoras sociais não podem estar nas mãos de algumas
pessoas, mas na nossa mudança de atitude e o Brasil está evidenciando sua ação
social nos questionamentos sócios – políticos que estamos vivenciando. Mas, é
preciso atenção na maneira que entendemos a ciência. Uma mudança de atitude
cotidiana é transformarmos a ciência elitizada em nossa parceira cotidiana. É
um desafio muito grande para um país como o Brasil que sempre valorizou muito o
externo a nós e não percebe com clareza a grandeza de nós mesmos. A ciência
ainda é uma estranha para muitos dos brasileiros e ainda é apenas uma
disciplina das escolas tradicionais. Então, mais do que abraçar a ciência é
preciso redescobrir o seu valor, que passa pela percepção de nós mesmos e do
nosso ambiente.
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