quinta-feira, 11 de julho de 2013

CIÊNCIA CONTRA A POBREZA.


DOCUMENTO REÚNE PROPOSTAS E IDEIAS DA CIÊNCIA CONTRA A POBREZA
Depois de três dias de debates, a VII Conferência e Assembleia Geral da Rede Global de Academias de Ciências (IAP) reuniu as ideias e propostas sobre o tema “Ciência para a Erradicação da Pobreza e o Desenvolvimento Sustentável”, discutidas pelos presidentes das academias e cientistas, num documento chamado Carta do Rio.
No documento optou-se por usar “redução” da pobreza no lugar de “erradicação”. O primeiro item da Carta diz que a redução da pobreza e o desenvolvimento sustentável exigem o enfrentamento de grandes desafios-chave em saúde, alimentação, água, energia, biodiversidade, clima e educação, gestão de desastres, entre outros. A Carta do Rio também mostra que para resolver grandes desafios será necessário que inovação e ciência estejam integradas: a aplicação coordenada de inovação científica / tecnológica, social e de negócios para desenvolver soluções para desafios complexos. Também está claro que, ao ajudar a resolver os grandes desafios, as Academias de Ciências estarão ajudando a chegar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pós-2015. O documento aponta a atuação das Academias de Ciências.
FONTE: JORNAL da CIÊNCIA
PUBLICAÇÃO DA SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA • RIO DE JANEIRO, 8 DE MARÇO DE 2013 • ANO XXVI Nº 732 • ISSN 1414-655X

COMENTÁRIO (Fernando Nani)
            A percepção da ciência para a melhora de vida da sociedade passa obrigatoriamente pelas questões ambientais. O meio ambiente não é apenas flora e fauna, mas todos os seres vivos e os minerais e ainda o relacionamento entre si. A melhoria da qualidade de vida da sociedade, independente do país e a sua classificação econômica, é obrigatoriamente observar e perceber o ambiente onde a sociedade produz, melhora e prospera. E a redução da pobreza é uma necessidade emergente e não podemos mais aceitar populações inteiras convivendo com a fome e as doenças sendo que o Planeta Terra proporciona o suficiente para todos os seres vivos. As políticas públicas e privadas devem ser parceiras do Planeta no sentido de ser a ponte de união entre a produção da riqueza e a sua distribuição menos ofensiva a sociedade.
Os desafios – chaves que enfrentamos estão diretamente ligados às nossas ações e percepções de nós mesmos e do ambiente que vivemos. As ações que vão proporcionar nossas melhoras sociais não podem estar nas mãos de algumas pessoas, mas na nossa mudança de atitude e o Brasil está evidenciando sua ação social nos questionamentos sócios – políticos que estamos vivenciando. Mas, é preciso atenção na maneira que entendemos a ciência. Uma mudança de atitude cotidiana é transformarmos a ciência elitizada em nossa parceira cotidiana. É um desafio muito grande para um país como o Brasil que sempre valorizou muito o externo a nós e não percebe com clareza a grandeza de nós mesmos. A ciência ainda é uma estranha para muitos dos brasileiros e ainda é apenas uma disciplina das escolas tradicionais. Então, mais do que abraçar a ciência é preciso redescobrir o seu valor, que passa pela percepção de nós mesmos e do nosso ambiente.


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