No sobrado onde aparecem vários alunos na sacada, funcionou durante alguns anos o Colégio Mariano.
MATILDE XAVIER MARIANO:
Professora – Ela e suas seis irmãs e seu pai por volta de 1870 fundaram o
famoso “Colégio Mariano”. Seus pais foram; Capitão Cândido José Mariano e Maria
da Veiga Xavier Mariano e suas irmãs; Ana, Maria, Luíza, Delfina, Emília,
Alice, Heliodora, eram as professoras, além do irmão Bernardo José Mariano.
Matilde tinha outros irmãos como; Antônio Augusto Mariano e Cândido José
Mariano, porém não consta que fossem professores.
O colégio tornou-se referência
em toda a região em razão da qualidade de seu ensino, tendo regime de internato
e externato. A irmã mais velha era a Francisca, chamada por todos de “Mana” e
na passagem do século (1900) era ela a diretora.
O
colégio fechou entre 1909 e 1910, em razão do afastamento de algumas irmãs
devido a casamento, falecimento e também do aparecimento do Colégio Sion o que
muito afetou o Colégio Mariano. As irmãs deixaram o prédio onde funcionava a
instituição situado na rua do Comércio (atual Vital Brazil) onde hoje se
encontra o soberbo prédio do Fórum. (Foto abaixo)
Mudaram para a Praça da Matriz, atual Praça
Dom Ferrão.(foto abaixo) Ali as irmãs que não se casaram, Matilde, Emília, a cunhada
Madalena e sobrinha Emília Evangelina de Moraes, conhecida por “Dona Milica”,
fundaram o “Externato Sagrada Família” para ambos os sexo. Emília o dirigiu no
começo passando a direção depois de pouco tempo para a sobrinha “Dona Milica”.
Emília continuou apenas com a aula de aritmética. Aliás, suas aulas de tabuada
eram “cantadas” o que chamava a atenção de quem passava na Praça da Matriz.
Matilde nasceu em 1856 e nos últimos dias de sua profícua atividade escolar foi
nomeada diretora do Grupo Escolar Zoroastro de Oliveira (1910 a 1917). Foi,
também, professora da primeira Escola Normal (1904). Era solteira. Aposentada,
devido aos parcos salários recebidos, era obrigada a se dedicar a bordados que
fazia com capricho, tirando dessa atividade o complemento de sua subsistência.
Faleceu aos 88 anos, no dia 06/06/1945. Para saber mais, consultar: “Os Correios
Na História da Campanha”, de Thomas Aquino Araújo e Carmegildo Filgueiras, 1973;
“Livro de Óbitos nº 12, pag. 1, da Paróquia da Campanha.
Texto: Leonardo Lima
Fotos: Acervo Paulino Araújo - José Milton
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