MINISTRO AMÉRICO
LOBO LEITE PEREIRA
Ministro de STJ
Foi um escritor, poeta, jornalista, prosador, parlamentar, jurista, magistrado. Campanhense,
nascido em 28/06/1841, filho de Ana Leopoldina de Araújo Leite Pereira e
Joaquim Lobo Leite Pereira.
Casado com Manoela Urbana de Queiroz sendo o casal
pais de Estevam Lobo e Antônio Lobo. Estudou humanidades na própria terra
natal. Em 1862 concluiu, com brilhantismo, o curso jurídico da Faculdade de
Direito de São Paulo. Em 1864 é nomeado Juiz Municipal em Pouso Alegre, cargo que deixou ao
ser eleito, com expressiva votação, Deputado às Assembléia Geral pelo Partido
Liberal na legislatura.
Teve
diversos trabalhos publicados no jornal “Sul de Minas” (23/7/1859 – 18/11/1863),
cujo proprietário era Lourenço Xavier da Veiga. Esse jornal bateu pela criação
de uma nova província no Sul de Minas. Também o jornal “Planeta do Sul”
publicou trabalhos do ilustre campanhense. Participou da Comissão Carnavalesca
em 1860 e 1861, organizando os primeiros carnavais em Campanha. Durante algum
tempo advogou em Campanha. A 18/11/1865 é nomeado juiz municipal para o termo de
Rio Pardo.
Foi deputado à 13ª legislatura. Participou do Congresso Constituinte. Apresentou
o projeto de criação do Ginásio Nacional na Campanha, nos moldes do Colégio
Pedro II, sendo aprovado pela Câmara em Sessão de 15/05/1893. Não foi instalado
devido às dificuldades financeiras do governo.
Como escritor traduziu o poema
“Evangelina” de Logfellow, as poesias de Molière, “Tartufo”, bem como “O Corvo”
de Edgar Alan Poe.
Partidário e propagandista da Abolição e da República e com
a sua proclamação foi logo nomeado Governador do Estado do Paraná pelo
Presidente Floriano Peixoto (1891). Eleito Senador pelo Estado de Minas Gerais
ao lado de Cesário Alvim e Felício dos Santos. Foi Ministro do Supremo Tribunal
Federal. Participou, com Olímpio Valladão (Deputado à Assembléia Geral) e outros
campanhenses da Representação que visitou, em 1903, autoridade eclesiástica no
Rio de Janeiro, solicitando a transferência do bispado de Pouso Alegre para
Campanha. Apresentou projeto à Câmara em 11/7/1868 assinado por 47 deputados
propondo a criação da “Província do Sapucaí”,tendo como capital provisória a cidade
da Campanha da Princesa.
Era apaixonado pela sua Campanha. Certa vez assim
disse sobre o clima campanhense: “contemplar
uma das manhãs campanhense é o mesmo que sorver uma taça do mais puro
Champagne”.
Faleceu no dia 01/10/1903. É nome de rua em Campanha.
Para saber
mais, consultar: a): A Diocese da Campanha – Mons. José P. Lefort – ano 1993;
b) jornal “O Sul de Minas” – ano 1859; c) – “Os Correios na História da
Campanha”, de Thomaz Aquino Araújo e Carmegildo Filgueiras – “A Campanha”,
jornal de 09/03/1901; “Almanach Sul-Mineiro para 1874” de Bernardo Saturnino da Veiga.
Colaboração: Leonardo Lima
Foi homenageado pela Camara Municipal da Campanha, tendo seu nome em uma das principais rua da cidade.
ResponderExcluirFoi o primeiro tradutor do poema "O Corvo" em nossa língua no Brasil.
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