Acredito que e justamente a proximidade do dia do professor que deve ser o momento adequado para repensarmos a escola e as praticas dessa profissão. Acredito sim que existam professores bem intencionados mas, infelizmente acríticos que não conseguem perceber que a educação que reproduzimos esta mais condizente com a educação do séc. XVII, do que com a interatividade do momento contemporâneo. Sou diretora de escola, tenho 2.300 adolescentes sob a minha responsabilidade. Fiquei imaginando a cena: Eu sentada em cima de um formigueiro, mas em poucos minutos, não os professores, mas os estudantes viriam me salvar. Eles já fizeram isso uma vez, e partiram para cima do governo que queria me destituir do cargo. Depois disso, já fui reeleita 2 vezes. Acredito na educação, mas desconfio dos professores que não querem repensar suas praticas e procedimentos, que exercem o poder pela sua afirmação junto aos alunos, como se precisassem descontar nos coitados sua vida mal vivida, as escolhas que não fizeram, a mediocridade que perpetuam. Outro dia encontrei um aluno no corredor.... Matando aula outra vez Felipe?.... Ele me respondeu:.... Não professora, a aula e que me mata. Então, como diretora me sentei no chão do seu lado para ouvir a descrição minuciosa dessa aula que matava meu aluno... Minha vontade muitas vezes e dar advertência aos professores. Mas, muitos são coitados que não se interessam pelo que fazem, que contam os minutos para que depois de 6 aulas toque logo o sinal para que possam fugir da sensação diária de rejeição Que os jovens insistem em demonstrar diariamente. Claro que existem muitos, milhares de professores que amam essa profissão e que se relacionam com os alunos de forma harmoniosa e que produzem maravilhas, que são carismáticos e que caminham pela vida junto com seus alunos como referencia, mas infelizmente esses são poucos e que se desmotivam por não encontrarem respaldo nas direções de escolas e em seus colegas para conduzir um trabalho mais humanizado. Que esse texto nos permita refletir. Não culpo somente os professores, mas culpo as universidades que nos ensinam a sermos medíocres, que pregam metodologias e teorias que não executam na pratica, e que apesar das mudanças que o momento contemporâneo aportaram ainda vivem a educação bancaria que Paulo Freire e que qualquer professor inteligente condena. PRECISAMOS MUDAR e não criticar a critica lúcida mordaz e bem intencionada.
Leisa Sasso
Diretora do Centro Educacional São Francisco
São Sebastião - DF
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