JÚLIO LEFOL
Júlio Lefol. Julinho Lefol para os seus conterrâneos um solitário cidadão campanhense. Diziam que ele foi casado, mas o conheci solitário, independente e... esquisito!
Júlio Lefol. Julinho Lefol para os seus conterrâneos um solitário cidadão campanhense. Diziam que ele foi casado, mas o conheci solitário, independente e... esquisito!
Professor, homem de muita cultura que através de concurso tornou-se
funcionário dos Correios, onde ocupou cargos importantes na
administração postal. Pois bem... ele era de uma esquisitisse sem
tamanho.
No último dia do ano ele ficava ali na Praça Dom Ferrão bem em frente ao
prédio da Companhia Sul Mineira de Eletricidade (hoje prédio da Cemig)
esperando pelo gerente José Teodoro. Trazia nas mãos um "Livro Caixa",
de capa dura. Pedia ao gerente que lhe entregasse a conta de
eletricidade do mês de dezembro para que ele "pudesse escriturá-la"
dentro do exercício que estava findando. Por mais que o calmo José
Teodoro explicasse a impossibilidade de entregar o documento ele ali
permanecia indignado e em grande aflição pois tinha que "fechar o seu
ano". Isso mesmo! Ele fazia a escrita de suas receitas e despesas
durante todo ano e só festejava o novo ano se o resultado lhe fosse
satisfatório!
E olha, não aceitava qualquer papel, qualquer anotação: tinha que ser em
papel timbrado da companhia, carimbado e assinado. E lá ficava o dia
inteiro, até que o José Teodoro conseguia, por meio um meio de solvente,
apagar o nome de um cliente em uma conta antiga e, cuidadosamente,
preenchê-la com o nome do Julio Lefol. Aí sim, ele pagava a conta e
levava o "precioso" documento para escriturar em seu "caixa", fechando
assim o seu ano financeiro!
A partir daí o problema era do senhor José Teodoro com a diretoria da
Companhia. Essa passou em anos posteriores a enviar a conta do Júlio
antecipadamente para evitar o problema que se repetia todo ano!
Fonte: Memória Campanhense
Texto: Leonardo Lima
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