A vida e a obra de Padre Victor em palestra no GBV
Por: Vanessa Tognolo
O palestrante iniciou sua fala descrevendo sua própria experiência quanto à devoção ao Servo de Deus Padre Victor, que se tornou mais intensa após uma caminhada a pé de Campanha/MG a Três Pontas (84 km) em companhia de seminaristas.
Sua fala se estruturou de forma diferente das convencio-nais biografias. Dividiu sua apresentação em cinco partes: I) Dificuldades, II) Apoio, III) Caridade e Alegria, IV) Homem voltado inteiramente para a Igreja e V) Ser cristão é querer ser santo.
Sobre as “Dificuldades”, iniciou a partir do comentário corrente sobre o fato de Pe. Victor apresentar poucas chances de êxito àquela época por ser filho de uma escrava, quando ainda vigorava a escravidão. Não possuía pai conhecido. E por esse conjunto de circunstâncias foi alvo de muitas chacotas dos colegas ao longo do tempo em que esteve no Seminário.
Com referência ao item “Apoio”, lembrou que já contava com 21 anos, era aprendiz de alfaiate, quando numa visita de D. Viçoso à Campanha, que ainda não era bispado, conseguiu externar ao Sr. Bispo sobre seu desejo de ser padre, encontrando total apoio da autoridade eclesiástica, que sempre lhe deu segurança, como um pai. Contou com a ajuda de Pe. Joaquim, seu professor de Latim, um requisito imprescindível para o ingresso no Seminário. Além da colaboração inestimável de sua madrinha D. Mariana B. Ferreira, que lhe preparou o enxoval, além de transferir uma fazenda para seu nome, a fim de que ele pagasse o dote necessário para a aceitação no Seminário.
Acerca da “Caridade e Alegria” destacou que eram características marcantes em Padre Victor. Destacou ainda, sua trajetória em Três Pontas/MG, para onde foi nomeado como pároco. Lá fundou uma escola que ganhou fama em pouco tempo, chegando a contar com 200 alunos. Enfatizou também que, em suas homilias, realçava as virtudes: Fé, Esperança, Caridade e Humildade.
Como “Homem voltado inteiramente para a Igreja”, cuidava da fé comunitária, preocupando-se sobremaneira com todos os seus fiéis em suas necessidades materiais e espirituais. Além de ser extremamente obediente aos seus Superiores.
E como cristão, sempre se mostrou desejoso de “ser santo”, destacando que essa meta norteou toda a sua vida. O seu pensamento constante era de que um “santo triste é um triste santo”. E a exemplo de São Francisco, Francisco de Paula Victor, em meio à sua pobreza, também era extremamente alegre.
Por fim, Padre Rogério finalizou, destacando que Padre Victor depois de morto, ficou insepulto por três dias e de seu corpo exalava um agradável perfume. Por todo o tempo, oriundos das mais diversas procedências milhares de fiéis se dirigem a Três Pontas/MG para lhe render uma última homenagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário