Educadores José Pacheco e Celso
Vasconcellos expõem ideias transformadoras do ensino em São Caetano
Mark Ribeiro
Da Redação
Da Redação
O 1º Diálogo Sobre Educação de São Caetano do Sul atraiu, na tarde de
sábado (6/4), centenas de professores ao Teatro Paulo Machado de Carvalho, no
Bairro Santa Maria. O sucesso da atividade foi garantido pelas presenças de dois
expoentes da Educação: o português José Pacheco, criador da inovadora Escola da
Ponte, e o pesquisador e autor brasileiro Celso Vasconcellos.
A interação com o público para a transmissão de conhecimentos e ideais foi a marca da atividade organizada pelo Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (Cecape) Dra. Zilda Arns, da Secretaria de Educação de São Caetano. O encontro foi mediado pelo diretor do Cecape, André Stábile.
Pacheco e Vasconcellos citaram modelos de ensino que consideram ultrapassados e propuseram um novo método, baseado na liberdade de escolha do aluno, conferindo ao estudante a autonomia para definir suas áreas de interesse. Essa é a premissa da Escola da Ponte, localizada a cerca de 30 quilômetros da cidade do Porto, em Portugal. A unidade pertence à rede pública e seu sistema de ensino foge do tradicional, não possuindo divisão por disciplinas ou turmas baseadas em faixa etária ou grau de instrução.
“Escolas são pessoas. Não é preciso edifício, nem diretor. As pessoas são os seus valores. Os projetos pedagógicos não são maiores do que a tradução e a prática destes valores”, discorreu Pacheco. “Queremos alunos autônomos e solidários. A transformação vem disso. É preciso e possível mudar o sistema instalado.”
Na ocasião, o educador português lançou o seu livro Dicionário de Valores, que também foi debatido com o público. Duzentos exemplares da obra foram sorteados aos professores que compareceram ao Diálogo Sobre Educação. “Tive de fazer escolhas logo no primeiro verbete. A letra A poderia ser de amizade, mas logo surgiu o valor dos valores: o amor”, afirmou Pacheco, sobre o processo de construção.
Celso Vasconcellos prefaciou Dicionário de Valores. O educador, que cursou parte da vida acadêmica no Grande ABC, é incentivador do modelo adotado por Pacheco na Escola da Ponte. “Combatemos a corrosão do caráter, a competição acirrada. Esse clima de guerra às vezes é reproduzido dentro das próprias famílias. Hoje se tem a insistente busca pelo sucesso como se esse fosse o sentido da vida. As pessoas estão mais preocupadas em aparecer do que ser. Podemos pensar em outra forma de organizar o poder. Esta é a nossa utopia.”
A transformação da realidade do sistema educacional brasileiro começa, segundo Vasconcellos, na sua própria estrutura. “É muito excludente. O discurso é escola para todos, mas, na prática, aprende quem pode. A criança não tem de ir para a escola para ser aprovada ou reprovada, mas para aprender. Precisamos renovar essa lógica.”
André Stábile exaltou o 1º Diálogo sobre Educação de São Caetano e agradeceu ao prefeito, Paulo Pinheiro, e aos secretários Daniel Contro (Educação), Jander Lira (Cultura) e Fernando Scarmelloti (Comunicação Social) pelo envolvimento intersetorial da Prefeitura na atividade. “Tudo foi feito em nome e por amor às nossas crianças. Temos a vontade de atendê-las melhor, de criarmos seres mais sábios e felizes. Por isso trouxemos dois ícones da Educação.”
O evento ainda contou com a apresentação musical Palavra Cantada, com o multi-instrumentista Gesiel de Oliveira e Mônica Pinheiro.
A interação com o público para a transmissão de conhecimentos e ideais foi a marca da atividade organizada pelo Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (Cecape) Dra. Zilda Arns, da Secretaria de Educação de São Caetano. O encontro foi mediado pelo diretor do Cecape, André Stábile.
Pacheco e Vasconcellos citaram modelos de ensino que consideram ultrapassados e propuseram um novo método, baseado na liberdade de escolha do aluno, conferindo ao estudante a autonomia para definir suas áreas de interesse. Essa é a premissa da Escola da Ponte, localizada a cerca de 30 quilômetros da cidade do Porto, em Portugal. A unidade pertence à rede pública e seu sistema de ensino foge do tradicional, não possuindo divisão por disciplinas ou turmas baseadas em faixa etária ou grau de instrução.
“Escolas são pessoas. Não é preciso edifício, nem diretor. As pessoas são os seus valores. Os projetos pedagógicos não são maiores do que a tradução e a prática destes valores”, discorreu Pacheco. “Queremos alunos autônomos e solidários. A transformação vem disso. É preciso e possível mudar o sistema instalado.”
Na ocasião, o educador português lançou o seu livro Dicionário de Valores, que também foi debatido com o público. Duzentos exemplares da obra foram sorteados aos professores que compareceram ao Diálogo Sobre Educação. “Tive de fazer escolhas logo no primeiro verbete. A letra A poderia ser de amizade, mas logo surgiu o valor dos valores: o amor”, afirmou Pacheco, sobre o processo de construção.
Celso Vasconcellos prefaciou Dicionário de Valores. O educador, que cursou parte da vida acadêmica no Grande ABC, é incentivador do modelo adotado por Pacheco na Escola da Ponte. “Combatemos a corrosão do caráter, a competição acirrada. Esse clima de guerra às vezes é reproduzido dentro das próprias famílias. Hoje se tem a insistente busca pelo sucesso como se esse fosse o sentido da vida. As pessoas estão mais preocupadas em aparecer do que ser. Podemos pensar em outra forma de organizar o poder. Esta é a nossa utopia.”
A transformação da realidade do sistema educacional brasileiro começa, segundo Vasconcellos, na sua própria estrutura. “É muito excludente. O discurso é escola para todos, mas, na prática, aprende quem pode. A criança não tem de ir para a escola para ser aprovada ou reprovada, mas para aprender. Precisamos renovar essa lógica.”
André Stábile exaltou o 1º Diálogo sobre Educação de São Caetano e agradeceu ao prefeito, Paulo Pinheiro, e aos secretários Daniel Contro (Educação), Jander Lira (Cultura) e Fernando Scarmelloti (Comunicação Social) pelo envolvimento intersetorial da Prefeitura na atividade. “Tudo foi feito em nome e por amor às nossas crianças. Temos a vontade de atendê-las melhor, de criarmos seres mais sábios e felizes. Por isso trouxemos dois ícones da Educação.”
O evento ainda contou com a apresentação musical Palavra Cantada, com o multi-instrumentista Gesiel de Oliveira e Mônica Pinheiro.
http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/interna.php?conteudo=6023
Prezada Pilar,
Nunca fui "puxa-saco", tu bem sabes. Mas devo reconhecer que a SM está a prestar um excelente contributo para a reflexão sobre as implicações éticas do ato educativo.
O mérito do evento de São Caetano fica a dever-se aos amigos Celso, Carla, André, Camila, Janaína e todos os educadores, que gastaram uma tarde procurando melhorar-se, para melhorar a vida das crianças. Fico grato a esses amigos e à SM, por me terem proporcionado uma oportunidade de juntar mais uma dose de esperança à esperança, que já tinha, de ver o Brasil da educação procurar modos de fazer das crianças seres mais sábios e pessoas mais felizes... e éticas.
Os amigos do Rio estão a preparar um evento semelhente. Simbolicamente, acontecerá no Projeto GENTE, na Rocinha, no dia 30 de Abril. Peço que fales com o amigo Rafael. E que envies alguns exemplares do Dicionário para os nossos amigos cariocas. Obrigado.
Recebe o meu fraterno abraço.
José Pacheco
Prezada Pilar,
Nunca fui "puxa-saco", tu bem sabes. Mas devo reconhecer que a SM está a prestar um excelente contributo para a reflexão sobre as implicações éticas do ato educativo.
O mérito do evento de São Caetano fica a dever-se aos amigos Celso, Carla, André, Camila, Janaína e todos os educadores, que gastaram uma tarde procurando melhorar-se, para melhorar a vida das crianças. Fico grato a esses amigos e à SM, por me terem proporcionado uma oportunidade de juntar mais uma dose de esperança à esperança, que já tinha, de ver o Brasil da educação procurar modos de fazer das crianças seres mais sábios e pessoas mais felizes... e éticas.
Os amigos do Rio estão a preparar um evento semelhente. Simbolicamente, acontecerá no Projeto GENTE, na Rocinha, no dia 30 de Abril. Peço que fales com o amigo Rafael. E que envies alguns exemplares do Dicionário para os nossos amigos cariocas. Obrigado.
Recebe o meu fraterno abraço.
José Pacheco
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