09 / 04 / 2013
Seca: situação continua grave no Nordeste e norte de Minas Gerais, diz Dilma
A presidenta Dilma Rousseff disse na segunda-feira
(8) que a situação da seca no Nordeste e no norte de Minas Gerais permanece
grave. Segundo ela, o governo está investindo um total de R$ 32 bilhões nas
chamadas obras estruturantes, que garantem o abastecimento de água de forma
definitiva, como barragens, canais, adutoras e estações elevatórias.
No programa semanal de rádio Café com a
Presidenta, ela lembrou que, na semana passada, o governo federal anunciou
também a ampliação de ações emergenciais para combater a seca na região. Em
reunião com governadores em Fortaleza, Dilma anunciou mais R$ 9 bilhões em
ações de enfrentamento à estiagem.
“Esta seca é a maior dos últimos 50 anos e já
atingiu mais de 1.415 municípios. O governo federal não vai permitir que o povo
do Semiárido e de todo o Nordeste fique desamparado. Enquanto houver seca, nós
vamos agir. Vamos acelerar as obras estruturantes, vamos acelerar as ações
emergenciais para ajudar a população a enfrentar todas as dificuldades.”
A previsão é que cada município atingido receba
uma retroescavadeira, uma motoniveladora, dois caminhões (um caminhão-caçamba e
um caminhão-pipa) e uma pá-carregadeira. O governo vai fornecer também 340 mil
toneladas de milho nos meses de abril e maio para serem vendidas a preço
subsidiado para os produtores.
“E, daí para frente, enquanto a seca durar, nós
vamos colocar 160 mil toneladas a cada mês. Nós vendemos esse milho a um preço
muito subsidiado, a um preço de R$ 18
a saca, que é muito abaixo do preço praticado pelo
mercado. Para que esse milho chegue rapidamente a quem precisa, ele vai por mar
até o Nordeste, até os portos nordestinos. E, a partir daí, cada governador se
encarrega da distribuição.”
Dilma ressaltou que a seca prolongada prejudica a
economia dos municípios mais afetados. Ela destacou ações já anunciadas pelo
governo como a criação de uma linha de crédito especial, com juros mais baixos,
para apoiar os produtores rurais, o comércio e as pequenas e médias empresas
dessas localidades.
“Nós liberamos R$ 2,4 bilhões e agora nós estamos
liberando mais R$ 350 milhões justamente para esse crédito emergencial, para
toda atividade produtiva na região do Semiárido.”, explicou. Outra medida
citada pela presidenta consiste em renegociar as dívidas dos agricultores do
Semiárido, prorrogando por dez anos o prazo para pagamento de empréstimos.
“O Nordeste foi a região do nosso país que mais
cresceu nos últimos anos e faremos tudo para não deixar que essas conquistas
alcançadas nos últimos dez anos se percam. Agora, nosso desafio é garantir
segurança hídrica e segurança produtiva à população do Semiárido”, acrescentou.
(Fonte: Agência Brasil)
COMENTÁRIO
A ação do Governo Federal é
importante e se faz necessária, mas é importante aplicar princípios técnicos –
científicos e trabalhar as questões da seca no sertão do nordeste de maneira
eficaz.
As mudanças planetárias são
irreversíveis, em parte naturais, e o Brasil é um país de cientistas e
trabalhadores competentes que sabem o que devem fazer para resolver, ou
mitigar, o problema da seca no sertão. As agressões ambientais se potencializam
com as mudanças naturais do planeta Terra e todas as partes do mundo já estão
sofrendo com as mudanças na temperatura, movimentação atmosférica, URA (umidade
relativa do ar), precipitações sólida e líquida (neve e chuva), a seca não pode ser analisada somente do
ponto de vista físico ou natural, mas de maneira socioambiental, econômica,
política, psicológica e espiritual.
O comportamento da sociedade é
responsável pelo clima atual e nós consumidores somos uma das possíveis
respostas para as mudanças positivas no clima planetário.
Como somos como consumidores?
Temos o costume de ler as informações nos
produtos que consumimos?
Até que ponto a
notícia da seca nos comove?
Será que
lemos as notícias como se os nordestinos não fossem brasileiros?
Podemos ajuda-los comprando os produtos produzidos pelo nordeste e observando o que
consumimos.
As ações do Governo Federal são
importantes, mas não podem se repetir anos após anos. Porque a solução definitiva
deve ser em conjunto com a sociedade de todos nós brasileiros.
FERNANDO NANI
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