Meu nome é Fabiana e sempre acompanho os e-mails do grupo, porém esta é a
primeira vez que me encorajo a escrever.
Em 2004 comecei a trabalhar como voluntária em uma ONG e me apaixonei pela
área educacional. No ano passado tive a felicidade de conhecer o Zé Pacheco e
foi através dele que passei a pertencer a esta lista.
Estou realizando o meu primeiro estágio (educação infantil) da faculdade de
Pedagogia em uma escola pública da cidade de São Paulo.
Observo, interajo e reflito sobre o que vejo. Em hipótese alguma quero
fazer julgamentos, apenas sinto vontade de compartilhar e gostaria de receber
suas opiniões.
Vejo turmas grandes, com mais ou menos 30 alunos por sala, e professoras
que têm dificuldades em realizar as atividades. Então, na tentativa de
controlá-los, utilizam recursos como ameaças, chantagens...
"Se você não ficar quieto, não vai para o parque..."
"Se você não sentar, não come o lanche..." E assim por diante.
Não tenho
experiência na área e nem mesmo tenho filhos. Mas isso tem me incomodado e fico
me perguntando se não existe outra alternativa. Tem que haver. Ameaças realmente
não me soam bem, mas tenho medo de que se eu não me atentar firmemente para
isso, um dia, como professora eu venha a repetir.
Abraço fraterno,
Fabiana.
Que gracinha Fabiana! É tão bom ler este tipo de crítica, principalmente sabendo
que tal NOBRE pensamento vem de uma alma jovem em início de carreira.
Criticar é um grande exercício de raciocínio e reflexão. Temos que ser
críticos e desenvolver o espírito crítico em nossos alunos. O professor Pacheco,
nosso líder inspirador está nos estimulando para o MEC - Manifesto da Educação
Crítica nome que sugere a queda dos paradigmas de um MEC - Ministério de
Educação e Cultura para a construção de novos paradigmas.
Dentre eles, você tem razão, um deles é descobrir outro sistema de
comunicação que não seja o condicionamento ao castigo e premio, sistema este que
tem a ameaça como "arma" despertadora da "consciência".
Em meu livro Os 4 Ps da Educação, escrevo que as ameaças e críticas são
maneiras de quebrar a confiança entre educadores e educandos seja no âmbito
escolar, familiar e até mesmo no mercado de trabalho.
Vou anexar uma ilustração de meu livro onde criei um personagem Pai
SINISTRO é isto que são os colegas observados por você: Professores sinistros
que ao abrir os braços para acolherem os alunos já vão mostrando suas
armas.
Parabéns e continue CRÍTICA!!!!
ElyPaschoalick
Nenhum comentário:
Postar um comentário