Achei muito pertinente o comentário de Fernando e resolvi partilhar com vocês.
Há alguns anos o saudoso Irmão Romão s.c. realizava reuniões toda segunda-feira, aberta ao público. Infelizmente o público era muito pequeno. Mas, era como um divã e todos que participaram foram muito ajudados naquela terapia coletiva.
Bom
dia,
Os
temos que tem vindo a ser apresentados recentemente, bullying, roubos, etc. mas
sobretudo o do Manifesto que é o mais pertinente, levaram-me a uma reflexão que
gostaria de partilhar consigo em Portugal ou com você no
Brasil.
Como
seria a criação de uma Sala de Expressão (o nome teria que ser escolhido mais
criteriosamente) em todas as Escolas, onde alunos e professores pudessem
deslocar-se ou ser encaminhados em situações problemáticas para se expressarem?
Sem qualquer conotação religiosa, moral, etc. apenas uma sala de livre
expressão! Pode até parecer bem estranha a idéia, devido ao fato de não estarmos
nós adultos, habituados a expressar-nos!!
Nela
haveria alguém que não teria que ser necessariamente psicólogo ou psicopedagogo
mas sim alguém que tivesse a capacidade de escutar com amor sem julgar,
principalmente sem fazer o escutado sentir-se errado, deixando-o exprimir tudo o
que lhe fosse na alma! Ex.: Na situação dos roubos, recentemente falada, a
primeira pessoa a recorrer à sala seria a professora que depois poderia utilizar
essa sala para escutar, ela mesma, os alunos.
A
sala seria equipada com duas cadeiras, um colchão, caixas de lenços de papel e
uma almofada para possibilitar expressar livremente as 4 emoções básicas do ser
humano (medo, raiva, tristeza e alegria).
Acredito
por experiência própria que, com esta possibilidade de se permitir que cada um
seja o que é, se resolveriam muitas questões de aparente difícil resolução
através do atual modelo ultra-caduco de conflito, imposição de autoridade,
punições etc. em que vivemos. E viva o humanismo nas
Escolas!!!!
Esta
proposta teria validade apenas durante este período de transição em que nos
encontramos de uma Escola do século XIX para uma do século XXI. O professor é o
mestre que apenas ilumina o caminho do aluno.... Não faria muito sentido por
exemplo numa Escola da Ponte, uma verdadeira Escola do Ser, onde cada um, desde
professor a aluno, é ele mesmo!!!
Hoje
para se ser técnico de qualquer modalidade desportiva não basta conhecer apenas
as suas regras e táticas, é preciso conhecer o Homem e tratá-lo de acordo com a
sua individualidade. Os técnicos que assim procedem obtém os melhores
resultados. Com os professores a situação não é diferente. Não basta apenas
conhecer as matérias é preciso conhecer os Homens (as crianças, adolescentes,
etc.). O problema é que para isso, não basta ler livros e fazer cursos teóricos
sobre o tema, é preciso conhecer-se a si mesmo!!!!! E neste aspeto infelizmente
ainda somos poucos... Junte-se de forma cada vez mais consciente e ativa a esse
grupo, no qual o Prof. José Pacheco é um ótimo exemplo, dando continuidade à
obra de outros mestres que o antecederam e, fazendo ao mesmo tempo o seu próprio
caminho enquanto mestre cada vez mais atuante e
inspirador.
Apenas
sendo nós mesmos, poderemos ajudar os alunos a serem eles
mesmos!!!
Caso
esta mensagem reflita uma idéia completamente desfazada e absurda, por favor
ignorem-na!
Uma
boa semana!!!!
Fernando
Baptista
www.fernandobaptista.com
Telef.
45- 3226 6593
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