sexta-feira, 17 de maio de 2013

HOMENAGEM AO MESTRE,TIO/AVÔ NILTON VAL RIBEIRO.

 AO MESTRE, - TIO/AVÔ NILTON - DAS NOSSAS POÉTICAS AULAS DE DESENHO , COM CARINHO



Menina que Lê, 1904, Honório Esteves, desenho a carvão, Rio de Janeiro, RJ.


Da mesma forma que as artes da palavra, [o Desenho] é essencialmente uma arte intelectual, que a gente deve compreender com os dados experimentais, ou melhor, mconfrontadores, da inteligência”, os desenhos são arte poética, “são para a gente folhear, são para serem lidos que nem poesias, haicais, são rubaes, são quadrinhas e sonetos. (ANDRADE, 1984, p.65 et seq.).

 As homenagens no Centenário de Nascimento do Prof. Dr. Com. Nilton Val Ribeiro são incontáveis para o jurisconsulto, o professor, o poeta, o compositor. E certamente também para o artista, o desenhista, o calígrafo.

 Essa ‘declaração de amor/saudade’ deve, no entanto, entrar para o rol, não das manifestações oficiais, mas das singelas falas afetivas/familiares de uma sobrinha cujo tio foi um dos que lhe despertou a paixão pelo desenho, pela caligrafia, pela poesia, pela arte, pelos livros. Afinal, nada mais apropriado do que falar no amor aos livros, homenagear quem desperta, despertou em tantos o amor aos livros, como é o caso do homenageado Nilton, na FLIC, na Feira do Livro da Campanha, a cidade-mãe do Sul de Minas, a cidade em que o amor aos livros parece estar no DNA. Em Campanha, já se nasce apaixonado por livros e contar com o reforço familiar, como no caso, o homenageado da 13ª FLIC – Nilton Val Ribeiro – só poderia resultar, como resultou, em uma paixão avassaladora por livros.

 Num dezembro de deliciosas férias de verão, na aconchegante cidade de Campanha, em meados dos anos 70, eu e a prima Nívia, uma das netas do homenageado, filha de uma de suas filhas – Nilza (Nilton e Elza) –, brincávamos de escolinha, (sempre preferimos escolinha à casinha), brincávamos de aulas de desenho e caligrafia (é claro!) com as bonecas. Muitas vezes, as bonecas ganhavam professoras extras, eram Nilza e Elzinha, que inventavam de passar às bonecas e a nós umas tarefinhas extras, o que realizávamos com muito gosto.

E do alto da escada da casa de Tio Nilton e Tia Elza que levava, ainda leva, a um pátio, sempre éramos observadas por ele. Tão logo as férias se iniciavam, ele se deparava com as inseparáveis primas, a neta e a sobrinha e logo nos revelava sua curiosidade e desejo em descobrir o motivo para tamanha união. Num desses momentos de observação, ao deter o seu olhar perscrutador sobre nossas aulas de Desenho para as bonecas, ele, instigantemente, lançou o desafio para desenharmos uma coleção de escadas todas diferentes uma das outras. Ousadas, aceitamos, mas logo depois, constatamos que o repertório já não se mostrava tão diversificado.

Ele, rindo, nos convidou para que fôssemos à biblioteca.  E lá subimos e descemos escadas entre muitos livros, dicionários, enciclopédias, coleções, catálogos. Escadas e mais escadas na Arquitetura, História, Música, Filosofia, Mitologia, Literatura... nas mais variadas áreas do conhecimento, escadas denotativas e conotativas, concretas e abstratas, em prosa e verso, em desenhos, pinturas, gravuras...

 Lembro-me, de forma indelével, que nesse dia, ele me presenteou com um de seus livros, um exemplar da História Universal de Jonathas Serrano que havia feito parte do seu acervo como estudante, do famoso Ginásio São João da Campanha, o mesmo exemplar havia sido utilizado por outros tios, inclusive pelo meu pai e retornado a ele, me recordo também dele chamar Tia Elza para mostrar em uma das páginas, uma “declaração de amor” que o então estudante, ginasiano Nilton havia feito para a sua amada, a normalista Elza: “E.(lza) S. I Love you because you are so good as beautiful”. A cena é de uma beleza comovente, impossível descrevê-la com todas as nuanças da emoção que ali foi vivida e ainda é tão vívida.

 








Ele, à época, me disse que só estava abrindo mão daquele tesouro e me presenteando por constatar a intensidade do brilho dos meus olhos ao folhear cada página. Mas mesmo assim, ele estabeleceria uma condição, a de que eu guardasse tal livro para sempre, o que ele acreditava ser possível, pois meus olhos eram de uma “arconte”, intuía que eu seria uma fiel guardiã daquele seu tesouro.  Hoje, o tranquilizaria, pois foi uma promessa literalmente cumprida, ao longo de quase quatro décadas.Agora em que o livro está em minhas mãos, embrulhando-o para ser encaminhado a Campanha, a velha Campanha de tantas memórias indeléveis, percebo o mesmo encantamento pretérito tomando conta do presente. A cada página folheada, as “escadas dos monumentos, as escadas dos episódios históricos” ali gravados e por ele tão bem descritos, narrados se apresentam novamente. Ele, agora, do alto de outra escada vê que a discípula herdou mesmo do mestre a paixão pelos livros, pelo conhecimento, de forma inequívoca. Ouço sua voz, os ecos ainda soam como música. Os sons, as texturas, os aromas, os tons, cada ponto, cada linha ficou desenhada no plano da minha memória.

 E agora é como se vislumbrasse o instante em que ele, com lápis e papel na mão, iniciou a ‘performance’ do desenhista com os gestos que revelavam todo o seu requinte  artístico, com inúmeras possibilidades técnicas e formais, além do repertório estético que revisitava de Altamira a Picasso. Iniciávamos, nós duas, ali, eu e Nívia, degrau a degrau, dessa deliciosa escada de férias, uma desafiadora transposição de níveis rumo à construção do conhecimento, em geral, e, em especial, artístico e estético.

Em cada um dos desenhos, ele trabalhava a escada distintamente.  Eram desenhos de linha com grafite de várias durezas (aprendemos aí sobre o H, o B); a bico de pena em várias espessuras e densidades, com carvão, aguadas, canetas diversas, pastel seco e oleoso.  Mesmo tendo como base o desenho de linha, observávamos os tratamentos de massa, hachuras e outras interferências. A base era o desenho preto sobre o papel branco, mas depois ele foi, paulatinamente, introduzindo a cor. E passeava ao longo do tempo e ao largo do espaço com toda a bagagem estética da qual ele era detentor.


 Agora aqui, imersa nas lembranças daqueles dias ensolarados (assim que possível, terei de ir a muitos outros dos meus baús), mas agora aqui, me recordo da escada helicoidal desenhada por ele, uma escada barroca, uma imagem que me encantou e encanta, certamente é daí que vem minha paixão pelas escadas das torres sineiras de muitas igrejas coloniais mineiras. Naquela época, logo associei à hélice, a repetição dos movimentos em círculo, às hélices que o primo Roberto tanto gostava de desenhar e hoje como mestre em engenharia aeronáutica desenha na Krauss Aeronáutica. Certamente, Roberto também passou pelo ateliê do Tio Desenhista Nilton. E assim, se evocarmos o acervo de memórias indeléveis da infância de muitos primos, muitas outras associações virão à tona. Com certeza, toda a plêiade de primos engenheiros passou pelo ateliê do Tio Desenhista Nilton.

Diante de tantas Escadas.
Escada?
Escada para nós duas, certamente, nunca mais foi apenas um vocábulo.
ESCADA - s.f. – Série de degraus por onde se sobe ou desce. S.f. – Arquit. – Elemento de uma construção que possibilita a comunicação entre dois pontos de alturas diferentes por meio de degraus e patamares.

 No fim das férias, contamos isso a ele que prontamente nos disse: Isso merece um soneto com rica caligrafia e um desenho, vou preparar isso para as próximas férias de vocês. O que ambas, imersas nas travessuras de meninice, acabaram não se recordando de averiguar, posteriormente, se o novo substantivo foi “sonetado, desenhado, caligrafado pelo artista Nilton”. Restou a dúvida que pode ser agora dirimida na Festa do Centenário do (tio, avô) Prof. Dr. Com. Nilton Val Ribeiro, uma boa oportunidade para garimparmos em meio aos tesouros que foram amealhados em muitos baús e estão revelados, desvelados não só como “Memórias Indeléveis da Vida e Obra de Nilton Val Ribeiro”, mas de um tempo de meninice, uma meninice recheada de paixão pelos livros, que se cristalizou nos nossos corações e nas nossas almas.

E aí Nivinha? Se o “PRIRMÃMIGA” não foi sonetado, desenhado, caligrafado, pelo Tio/Avô como ficarão distribuídas as tarefas entre mim e você, a Nivinha, Engenheira Eletricista e a Cris, Historiadora da Arte? Como anda sua paixão pela imagem/palavra, tão intensa e extensamente cultivada pelo Tio/Avô Desenhista, Calígrafo, Poeta Nilton?

Centenas de beijos “gordos”
às centenas de primos adorados e adoráveis
no Centenário do protagonista de “Memórias Indeléveis[1]” – TIO NILTON -.
Tio Nilton da Tia Elza,
Alexandre, Cris, Valentina e Mariana, parte da Trupe do Tio Geraldo.



[1] Não posso deixar de registrar que aprendi com ele o significado do vocábulo Palimpsesto (do grego antigo παλίμψηστος / "palímpsêstos", πάλιν, "de novo" e ψάω, "riscar", ou seja, "riscar de novo") designa um pergaminho ou papiro cujo texto foi eliminado para permitir a reutilização. Esta prática foi adotada na Idade Média, sobretudo entre os séculos VII e XII, devido ao elevado custo do pergaminho. A eliminação do texto era feita através de lavagem ou, mais tarde, de raspagem com pedra-pomes. A reutilização do suporte de escrita conduziu à perda de inúmeros textos antigos, desde normas jurídicas em desuso a obras de pensadores gregos pré-cristãos. A recuperação dos textos eliminados tem sido possível em muitos casos, através do recurso a tecnologias modernas.

ANDRADE, Mário de. Do Desenho. In: Aspectos das Artes Plásticas

17 comentários:

  1. Que espetáculo! Que belo post!Isto é Campanha! Parabéns a Campanha, aos campanhenses! Só mesmo vocês para produzirem bibliófilos assim! Acompanharei mais notícias desse evento Feira do Livro de Campanha. Sergio Viotti-Rio

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  2. Zé Milton, lindo, lindo isto! Ana Dias

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  3. Tomo emprestado as palavras de Antônio Cândido para comentar a beleza dessa narrativa que conjuga Literatura, Livros e Humanização, os Sentimentos Humanos:
    Humanização é “o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante”. Parabéns pra todos! Rosângela Andrade-SP Capital

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  4. Campanha é Campanha! Que cidade tem uma história assim? É de tirar o chapeu! Parabéns para Campanha e pros campanhenses! Miguel de Sta Rita Sapucaí

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  5. Uma beleza mesmo! Dá até gosto de ler e reler! André Luiz-Campanha

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  6. Blogueiro Zé Milton, adoro seu blog!De tirar o fôlego, li sem conseguir interromper a respiração! Que história mais linda e o texto, o tanto que prende o leitor! Isso precisa ser levado para as escolas! Campanha é modelo para todos nós! Lúcia Valim-Varginha

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  7. Campanha é para mim isto que está muito bem destacado nesta página. Meus antepassados estudaram aí, amam esta terra. Parabéns a vocês! Vou me inteirar mais sobre esta festa e quero conhecer, participar! Roberto Cerqueira - Rio

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  8. José Milton, que maravilha a história e o texto, isso pode até se transformar numa peça de teatro para as crianças. E você como sempre presenteando nós que estamos fora e não podemos presenciar estas maravilhas que só Campanha tem. Publica mais! Beatriz-Campinas.

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  9. Isto é Campanha! Maravilhoso! Uma das postagens mais lindas do seu blog! Parabéns para a família em festa!

    Zé Milton, você e sua sensibilidade em descobrir estas raridades, preciosidades e dividir com seu público leitor! Existe uma seção voltada para público infanto-juvenil nesta Festa do Livro de Campanha? Quais são as atividades? Pelo que me falaram eram só umas bancas vendendo livros. Por gentileza, publique mais sobre a programação direcionada para público infanto-juvenil!

    Vamos daqui a pouco para o Fórum das Letras em Ouro Preto, levar os netos. Lá tem uma programação voltada para público infanto-juvenil. A programação da garotada começa hoje. Veja o link:

    http://www.jornaltribunalivre.com.br/2013/noticias/ouro_preto/debates-sobre-a-origem-da-literatura-e-manifestacoes-culturais-marcam-forum-das-letras-2013/

    "Na visão da coordenadora Tereza Gabarra, responsável pela curadoria da programação voltada para as crianças e adolescentes, a ideia é trabalhar o imaginário infantil, resgatando histórias antigas e auxiliando a construção de uma realidade permeada pela literatura.

    O Fórum das Letrinhas é composto por nove atividades diferentes: Oficina de Ilustração, Um Autor na Minha Escola, Espetáculos Teatrais, Trem Literário, Sarau: Meu Quintal é Maior que o Mundo, Varal Literário, Jogos Literários, Estação Letrinhas e Conversa com o Autor."

    Reforço o pedido de publicação sobre as atividades para as crianças, ficamos encantados com o depoimento acima.
    Parabéns para você Zé Milton. José Carlos, Ana Maria e netos de BH indo para Ouro Preto.

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  10. Uma linda história num belo texto. Parabéns à família e à cidade de bibliófilos! Parabéns aos organizadores da festa! Parabéns ao blogueiro!

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  11. Parabéns ao José Reinaldo Ferreira, idealizador da Feira do Livro de Campanha! Parabéns ao blogueiro José Milton Junqueira pela divulgação das riquezas da cidade-mãe do Sul de Minas! Parabéns aos homenageados: Dom Othon Mota e Com.Prof.Dr. Nilton Val Ribeiro, cumprimentos extensivos às respectivas famílias, e os agradecimentos aos dois por terem sido apaixonados por livros e terem incutido isso nas gerações que os sucederam. Vemos a "declaração de amor/saudade" da então menina, Cristina Serrano, sobrinha do homenageado Nilton, bem como o seu relato sobre o livro presenteado por ele e guardado há décadas por ela como a "certidão de nascimento" de uma grande e ampla FLIQUINHA! Se me permitem a sugestão, não seria o caso de incrementar as atividades voltadas para o público infanto-juvenil no evento para que, nas próximas décadas, muitos depoimentos como esse se repitam? Tomarei a liberdade de enviar sugestões ao José Reinaldo Ferreira. Votos de muito êxito sempre! Fernanda Scarpa.

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  12. Neusa diz: Zé Milton, seu blog como sempre: nota 10!
    Parabéns para todos! Que este amor aos livros sirva de exemplo para os estudantes que serão os cidadãos a conduzir a nossa história muito em breve!
    Ao ler este magnífico relato, e o texto tão bem redigido, me lembrei de outro episódio, diametralmente oposto. O lamentável caso recentemente ocorrido envolvendo estudantes do Colégio Vital Brazil:
    http://ocampanhense.blogspot.com.br/
    Acompanhei os episódios lamentáveis com os estudantes do Colégio Vital Brasil e o dano ao automóvel do Prof. Giovani. Sem dúvida, as questões de ações voltadas para público infanto-juvenil têm urgência, muita necessidade em Campanha.
    Zé Milton, onde vamos parar? A situação cada dia que passa só piora! Estamos vivendo o caos do caos! É tudo muito sério e alarmante!

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  13. José Milton, que coisa mais maravilhosa! Isso é um livro! Esse relato sobre a paixão pelo livro já é um livro e que apaixona!
    Veja essa reportagem no link abaixo também, é maravilhosa!
    http://www.brasilquele.com.br/2013/05/21/leitura-de-berco-incentivo-ao-habito-deve-comecar-cedo
    Você que é um incentivador da leitura os 365 anos do ano e para todos, imagino que tb vá gostar e até publicar no seu blog-livro!
    A Feira do Livro de Campanha não pode ser um fim de semana apenas, nem em alguns lugares específicos, ela precisa ser irradiada pelo ano todo e pela cidade toda. A Feira do Livro de Campanha precisava ter um calendário permanente o ano todo e pela cidade toda. Pesquise como acontece em outros lugares e publique no seu blog pro pessoal de Campanha saber como é e eles também fazerem. Parabéns para os bibliófilos e para o blogueiro José Milton que vem lutando para transformar nossa Campanha o tempo todo em todos os lugares a partir do incentivo à leitura. Livros e muita leitura para todos! Vera Ribeiro

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  14. Vera continua:
    http://www.brasilquele.com.br/2013/05/20/fundacao-lanca-programacao-da-13a-edicao-da-feira-do-livro-de-ribeirao-preto-sp
    Mais sugestões, embora Campanha seja uma cidade de pequeno porte, mas não se pode perder de vista que a história de Campanha com os livros não é de pequeno porte!
    Fica aí mais essa sugestão para Campanha ver como outros lugares fazem as suas respectivas Feiras do Livro.

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  15. Que maravilha! Blogueiro Zé Milton, recebi ontem o link desta postagem! Já estive em Campanha, sou Marisa (Lobo Leite) Campos, resido em Curitiba, tenho raízes aí. Segundo me disseram, vocês fracionaram o sobrenome "Lobo Leite", adotam só o Lobo, daí muitas pessoas não associarem os "Lobo" de Campanha aos "Lobo Leite", mas somos todos Lobo Leite.

    http://www.seeg.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=22

    Com enorme satisfação, estou lendo essa maravilhosa matéria! Que beleza! E também com grande expectativa, tomei conhecimento de que vocês pretendem trabalhar uma arqueologia dos livros, mostrar para as crianças e jovens campanhenses os séculos de amor aos livros cultivados por tantos campanhenses e transmitido de geração a geração o que está na base das mais variadas e famosas Feiras do Livro de todo o Brasil, Mantenho contato constante com as primas Lobo Leite, em Minas, de Congonhas, Mariana, Ouro Preto, todas igualmente apaixonadas por livros. Espero encontrá-las aí nas próximas Feiras do Livro. Acompanharei as notícias por aqui! Parabéns pelo trabalho! Grande abraço, Marisa.

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  16. Que maravilha de texto! Me sinto extremamente honrada e feliz por saber que meu tio avô ficou reconhecido pela sua inteligência e nobreza e que a população de Campanha jamais o esqueceu!

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