segunda-feira, 3 de setembro de 2018

IMPORTANTE PARTE DA NOSSA HISTÓRIA ESTÁ DESTRUÍDA

           Este era o Museu Nacional no Rio de Janeiro. Em 2018 completando seus 200 anos, recebeu como presente das autoridades, o descuido e a falta de sensibilidade para preser-var a nossa história. Agora só nos resta a lamentação e as imagens em fotos e vídeos da-quele que foi a maior casa especializada em história natural, é o mais antigo centro de ciên-cia do Brasil e da América Latina. 

Após mais de seis horas, os bombeiros conseguiram controlar o incêndio de grande proporção que atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio, por volta das 19h30 deste domingo (2).

Segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, o fogo foi considerado controlado por volta das 4h. Eles estão agora controlando os pequenos focos e devem iniciar em breve o trabalho de rescaldo, quando há somente fumaça branca que sai dos escombros.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Roberto Robadey, afirmou que não há risco de o prédio do museu desabar. Segundo ele, as paredes externas do prédio são bastante grossas e, embora muito antigas, resistiram ao fogo. "Algumas partes internas desabaram", afirmou.

A operação de combate às chamas foi feita pelo batalhão de São Cristóvão com o apoio de mais onze quartéis da região. Segundo Robadey, hidrantes estavam sem pressão no início da operação, o que prejudicou o combate. Então eles usaram bombas para sugar a água de um lago do entorno do museu. "Agora temos a garantia de que não faltará mais água", afirmou.

Acervo tem 20 milhões de itens
O Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e completou 200 anos em 2018. Seu acervo tem mais de 20 milhões de itens.

Especializado em história natural, é o mais antigo centro de ciência do Brasil e o maior museu desse tipo na América Latina.

A instituição foi criada por Dom João VI, em 06 de junho de 1818, e foi inicialmente sediada no Campo de Sant'Ana. Segundo seu site, "como museu universitário, tem perfil acadêmico e científico".

O maior tesouro do Museu Nacional é o esqueleto mais antigo já encontrado nas Américas, com cerca de 12 mil anos de idade. Achado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974, trata-se de uma mulher que morreu entre os 20 e os 25 anos de idade e foi uma das primeiras habitantes do Brasil.

O crânio de Luzia e a reconstituição de sua face - revelando traços semelhantes aos de negros africanos e aborígines australianos - estão em exibição no museu. A descoberta de Luzia mudou as principais teorias sobre o povoamento das Américas. É considerado o maior tesouro arqueológico do país.

Também exposto no saguão do museu está o maior meteorito já encontrado no Brasil, o Bendegó, com 5,36 toneladas. A rocha é oriunda de uma região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem cerca de 4,56 bilhões de anos. O meteorito foi achado em 1784, em Monte Santo, no Sertão da Bahia. Na época do achado era o segundo maior do mundo. Atualmente, ocupa a 16ª posição. A pedra espacial integra a coleção do Museu Nacional desde 1888.

As múmias também estão entre os grandes destaques do acervo. O corpo mumificado de um índio Aymara, grupo pré-colombiano que vivia junto ao Lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia, abre a série de múmias andinas do Museu Nacional. Trata-se de um homem, de idade entre os 30 e os 40 anos, cuja cabeça foi artificialmente deformada, uma prática comum entre alguns povos daquela região. Os mortos Aymara eram sepultados sentados, com o queixo nos joelhos e amarrados. Uma cesta era tecida em volta do defunto, deixando de fora apenas as pontas dos pés e a cabeça.

O Museu Nacional tem a maior coleção de múmias egípcias da América Latina. A maior parte das peças foi arrematada por D. Pedro I, em 1826. São múmias de adultos, crianças e também de animais, como gatos e crocodilos. A maioria é proveniente da região de Tebas. Lápides com inscrições em hieróglifos também fazem parte da coleção.

Palácio foi residência da família real 
O prédio onde hoje funciona o Museu Nacional/UFRJ foi uma doação do comerciante Elias Antônio Lopes ao príncipe regente D. João, em 1808, ano da chegada da família real ao Rio. Após a morte de dona Maria I, em 1816, D. João mudou-se definitivamente para o Paço de São Cristóvão, onde permaneceu até 1821.

D. Pedro I e D. Pedro II também moraram por lá. Com o fim do Império, em 1889, toda a família se exilou na França. O palácio foi, então, palco da plenária da primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891. O Museu Nacional se mudou para o palácio no ano seguinte, 1892.

* Com informações do Estadão Conteúdo e de agências de notícias

2 comentários:

  1. E por falar nisso, quem poderia nos dar notícia a respeito da restauração do prédio onde funcionava o Museu Regional do Sul de Minas, a Biblioteca Cônego Victor e o Centro de Estudos Monsenhor José do Patrocínio Lefort? A obra parece que está interrompida. O que falta para a conclusão? O acervo acima citado voltará para lá?

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  2. Um incêndio na proporção que foi este do museu, qualquer pessoa menos preparada logo vai saber que foi provocado. Era espaço demais e tempo de menos para que as chamas tomassem conta de todo o prédio. Será que a noda diretoria da UFRJ terá interesse de saber quais foram as causas?

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