sábado, 24 de novembro de 2018

BREVE HISTÓRICO DA CAMPANHA MG

Campanha (Minas Gerais)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Breve histórico
As primeiras cidades permanentes fundadas em Minas Gerais devem sua origem à ambição pelo ouro, que moveu bandeirantes oriundos de São Paulo a desbravar o interior do Brasil. Na época, a região era ocupada por tribos indígenas nômades ou seminômades. As explorações dos bandeirantes resultaram na fundação de várias cidades, entre elas Campanha.
Campanha é a cidade mais antiga do Sul das Minas Gerais. Foi reconhecida oficialmente em 2 de outubro de 1737. Foi elevada a freguesia em 6 de fevereiro de 1752, a vila em 20 de outubro de 1798 e a cidade em 9 de março de 1840.
O ouvidor Cipriano José da Rocha, saindo de São João del-Rei a 23 de setembro, chegou ao arraial da Campanha no dia 2 de outubro de 1737 e, entusiasmado com a fertilidade do seu solo e com as riquezas das minas de ouro encontradas, deu ao povoado o nome de São Cipriano.
Campanha, desde o século XVIII, esteve presente em fatos históricos do Brasil e de Minas Gerais, como por exemplo a Conjuração Mineira. Inácio de Alvarenga Peixoto, um dos conspiradores e um dos homens mais ricos de Minas Gerais no seu tempo, viveu em Campanha, onde possuía inúmeras fazendas. O esgotamento das minas, alegado por aqueles que se esquivavam ao pagamento de seu débito para com o fisco, já na segunda metade do século XVIII, acentuava-se cada vez mais, prenunciando o fim de uma era de grandeza.
Passado o ciclo de grandes atividades desenvolvidas em torno das minas, sofreram natural estagnação ou decadência todos os rincões de Minas Gerais onde predominavam os interesses ligados à mineração. Campanha, entretanto, manteve-se por muito tempo como centro de industrialização e centro cultural de toda a região sul mineira.
Foi, ainda, sede administrativa e jurídica do Sul de Minas: a primeira, por quase um século e a segunda, além de um século. Pioneira da instrução, em razão mesmo de sua antiguidade, sempre gozou de merecido renome pela notável contribuição que deu à causa do ensino em nossa pátria, desde os primórdios de sua formação histórica, como bem definiu o jurista e historiador campanhense ministro Alfredo de Vilhena Valladão, quando declarou: "Refulgiu pelo ouro da terra e pela fé, pela cultura e pelo civismo de seus filhos".
Ainda alguns anos depois da nossa independência, a instrução pública em Minas Gerais era extremamente limitada, pois além de algumas escolas de primeiras letras que aqui e ali se encontravam e de dois colégios dirigidos por padres, um conhecido em Congonhas do Campo e o outro no Caraça, não existia em toda província outro qualquer estabelecimento de instrução secundária além do seminário de Mariana, onde se preparavam os padres e uma simples cadeira de latim em algumas das principais vilas da província. Campanha era uma dessas vilas privilegiadas e a única no Sul de Minas para onde afluíram estudantes de outros pontos, quer próximos, quer distantes, pois era a sede da Terceira Circunscrição Literária.
O anseio de seus filhos para instrução manifestou-se desde os primeiros tempos, como se evidencia pelo que ocorreu quando foram inaugurados os cursos jurídicos no Brasil, apenas com duas faculdades – uma em São Paulo e a outra em Recife. Na primeira, matricularam-se quatro mineiros, três dos quais campanhenses.
Como não poderia ser diferente dos urbanismos de sua época, a sua população era gente de todas as partes niveladas pela ambição de ouro. A cidade era organizada por camadas humanas relativas a cor, pois sessenta por cento era negra, que constituía a mão de obra escrava, trinta por cento pardos e dez por cento brancos. Estes dominavam politicamente e não se submetiam aos trabalhos pesados.
No percurso de sua história, Campanha recebeu gente vinda de várias partes do Brasil e de diversas categorias sociais. A sua riqueza mineral e vegetativa propiciou o desenvolvimento da sociedade, o que levou a receber visitantes ilustres como a Princesa Isabel, Carlota Joaquina, Conde d'Eu,Euclides da Cunha, Manuel Bandeira, Sílvio Romero, José do Patrocínio, Pedro Ernesto Baptista, Bárbara Heliodora, entre outros. Suas passagens por Campanha marcaram a história da cidade, mas a recíproca é verdadeira. A cidade também os marcou, o que muitas vezes foi registrado nas suas obras culturais, levando-os a construírem moradias (casarões e templos) e permanecerem aqui por um tempo considerado.
Campanha também gerou personalidades reconhecidas internacionalmente, como Vital Brazil Mineiro da Campanha - cientista descobridor do soro antiofídico e Maria Martins - considerada uma das artistas surrealistas mais relevantes do planeta. Sávio Davi dos Reis Paula, artista autodidata, tatuador e musico,com seu desenhos espalhados por todo o planeta.
Agostinho Marques Perdigão Malheiro (1824-1881) jurisconsulto que escreveu um tratado sobre a legislação escravista: A escravidão no Brasil: Ensaio Histórico-jurídico-social em 1866, que é um marco e que influenciou profundamente as ações e políticas para a extinção da escravidão. Como homenagem, os campanhenses deram seu nome a uma de suas ruas.
No passado, a grande extensão do município ocupava a margem esquerda do Rio Grande até o Jaguari, das cumeadas da Mantiqueira até o Rio Pardo, estendendo a sua jurisdição municipal – com legislação num círculo de quase 3 000 léguas. Por essa extensão de terra e pela riqueza natural e cultural, Campanha é considerada a cidade-mãe, fertilizadora das outras cidades – o "berço do Sul de Minas".
Pela sua importância no contexto histórico das Minas Gerais, a cidade sediou, por mais de um século, a Diretoria Regional dos Correios, com jurisdição em todo o sul do estado.
Origem do Nome
O nome da atual cidade se deve à topografia, pois a cidade se encontra localizada numa colina circundada por extensas campinas.
Antigos nomes
Santo Antônio do Vale da Piedade do Rio Verde
Campanha do Rio Verde
Campanha da Princesa da Beira
São Cipriano
Filhos ilustres
Alexandre Stockler Pinto de Menezes - Jornalista, médico, político.

Alexandrina Melquiades de Alkiminn - Fundou a cidade de São Carlos do Pinhal (SP) em terras de sua propriedade.

Amador Bueno Horta - Coletor Estadual da Fazenda, Vereador, Prefeito interino.

Américo Gomes Ribeiro da Luz

Giocanda Labeca - Poetisa, escritora, Presidente da Academia Paulista de Letras.
Vital Brasil Mineiro da Campanha, cientista, pesquisador, descobridor do soro anti-ofídico.
Maria de Lourdes Alves Martins, escultora,  desenhista, gravurista, pintora, escritora e musicista. 

Adolpho Pinto de Almeida, Luthier, músico e marcineiro.

Adolpho Lion Teixeira. Industrial, vinicultor, comerciante, vereador. Medalha de Ouro na Feira de Paris em 1899, como melhor vinho do mundo.
José Bento Leite Ferreira de Melo, Padre, senador
Francisco Xavier Lopes de Araújo, militar, engenheiro e professor.
Álvaro Gomes da Rocha Azevedo, Prefeito de São Paulo, Ministro do Tribunal de Contas da União e    Deputado Federal
Américo Lobo Leite Pereira, Jurista, Senador, Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Fernando Lobo Leite Pereira - Jurista, Ministro do Supremo Tribunal Federal, 
Francisco Lobo Leite Pereira - Engenheiro Civil 
Joaquim Lobo Leite Pereira, médico

Padre Francisco de Paula Victor, Sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana
Francisco de Paula Ferreira de Rezende, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Vice-Governador de Minas Gerais
Gaspar José Ferreira Lopes - Médico, político

Alfredo de Vilhena Valladão, Ministro do Tribunal de Contas da União
Agostinho Marques Perdigão Malheiro, Jurisconsulto, Escritor e Historiador Brasileiro, Abolicionista.

Padre Carlos Dias Ferraz da Luz - Sacerdote dedicado aos presos da cadeia regional na Campanha.
Bernardo Saturnino da Veiga, Jornalista, Escritor e Empresário
José Pedro Xavier da Veiga - Escritor, jornalista, intelectual,  historiador e político brasileiro. Foi precursor dos estudos sobre jornalismo em Minas Gerais.
Gladstone Chaves de Melo. Professor, Jornalista, Diplomata, Vereador e Deputado (RJ)
Nelson Dias Ayres, Médico, Vereador, Esportista.
Carlos Alberto Ribeiro Reis, professor e diplomata.
José do Patrocínio Lefort, Historiador e Educador
Sergio de Almeida Oliveira, Cardiologista, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da USP
Claudio de Almeida Oliveira - Gastroenterologista, 
Moradores Ilustres
Euclides da Cunha - Acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Militar e Engenheiro
João Luís Alves - Acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Juiz e Prefeito de Campanha

Cônego José de Souza Lima - introdutor da cultura do mate e do vinho na Campanha.

Francisca Senhorinha da Mota Diniz - Professora, escritora, jornalista, fundadora do jornal "O Sexo Feminino".

José Joaquim da Silva - Professor

Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero - advogado, jornalista, crítico literário, ensaísta, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor, professor 
Fernando de Azevedo - Acadêmico da Academia Brasileira de Letras, um dos Fundadores da Universidade de São Paulo
Inácio Gomes Midões - médico, benemérito da Santa Casa.
Manuel Bandeira - Acadêmico da Academia Brasileira de Letras
Bárbara Heliodora – Poetisa e esposa do inconfidente Alvarenga Peixoto
João Barbosa Rodrigues - Diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Eduardo Carlos Pereira de Magalhães - Professor, Pastor Presbiteriano, e escritor

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