quarta-feira, 4 de julho de 2012

NOSSOS EDUCADORES DESCOBREM "O PORTUGUÊS"

Em 4 de julho de 2012 21:37, gugadorea <gugadorea@uol.com.br> escreveu:
Ola Conspiradores
Todos nós somos iguais como seres humanos e diferentes em nossas singularidades. Tenho defendido essa tese em minha jornada pelo que chamam de inclusão, não uma inclusão que busca adequar os que supostamente estão fora para dentro de algo pronto e acabado e sim uma inclusão que faz de cada um de nós uma singularidade. Temos que aprender, como diria Martin Buber, a nos despir de nossos preconceitos e olhar o outro como ele é, com suas caracteristicas, dificuldades, talentos e possibilidades de vida. Mas enquanto isso, continua-se com a lógica da punição dos que se diferem de uma lógica homogeneizante e, consequentemente, excludente. Abraços, Guga Dorea


Em 04/07/2012 12:39, José Pacheco < zedaponte1951@hotmail.com > escreveu:
Amigos, esta partilha de emails é prova de que o Brasil não é pobre em reflexividade. E confirma-se algo que eu já intuia: o Brasil tem educadores que talvez não mereça...
Por que não constituímos equipes de teses? Por que não pegar neste assunto e produzir um documento? Um documento que surja da práxis que, eu sei, cada um de vós desenvolve.
Não me refiro a uma produção teórica estéril. Convido-vos para afirmardes que, neste assunto particular, como em muitos outros, a educação do Brasil pode melhorar.
Peço que (com carinho...) pondereis esta hipótese de trabalho. Q ue poderemos aprofundar durante o encontro de Julho. Um encontro em que todos, não apenas os presentes fisicamente, de Norte a Sul, estarão presentes. Afinal, para que serve a net, se não para unir?
Recebei o meu abraço fraterno.
José


Em 04-07-2012 1 6:00, Denise Lam (Bilingue) escreveu:
Só sei que é muito bom ouvir pessoas como vocês e poder fazer parte deste grupo.
Me sinto menos sozinha ...

Um abraço a todos,
Denise
Em 4 de julho de 2012 11:52, <juvencioantonio@terra.com.br> escreveu:
Acho oportuna essa reflexão e lembro que é preciso pensar o quanto nossa sociedade brasileira é heteronoma e precisa de reguladores externos para poder caminhar. O professor quer ser respeitado e assim deve ser, mas enquanto nossa educação estiver orientada para a tecnocracia e nossos educadores acreditarem que sua função é "dar materia", sera dificil ver uma sociedade que não precise da regulação cega do Estado.
A Super Nanny pode ser um exemplo caricato de um educador mas venhamos e convenhamos ela demonstra saber o que fazer de uma maneira mais intensa que muitos professores por ai a fora. Creio que muito da intromissão do Estado vem da lacuna deixada por profissionais pouco preparados para educar e de uma cobrança por parte de uma soci edade também acostumada a ser guiada como uma espécie de rebanho de cordeirinhos. Poderia falar muito mais aqui sobre ser autonomo, e isso acarretaria em não se precisar de leis mais engraçadas que estupidas.
Quem sabe, nossos jovens aprendam a conviver com essas "regras" que foram criadas sem fundamento e que para os filhos deles seja oferecida uma educação mais honesta e voltada para a felicidade.
Abraço
Juvencio Lobo
Bom dia, pessoal!
Meu nome é Maria Isabel Ribeiro Porto, sou Mestranda em Educação na UFRGS, na Linha de Pesquisa Políticas Públicas e Gestão de Processos Educacionais. Sou advogada, embora agora licenciada em razão de não conseguir dar conta do curso e da profissão, o que inicialmente achei que conseguiria.  Conheci o Professor José Pacheco quando era Presidente do Conselho Escolar de uma escola pública estadual de minha cidade, Taquari, no interior do Rio Grande do Sul e posso afirmar que minha participação no conselho escolar foi um divisor de águas em m inha vida. Há um antes e um depois de ser conselheira.
Concordo com o Luís e acho que todos vão concordar comigo quando digo que nosso país tem muitas leis que sequer são conhecidas e outras tantas conhecidas são simplesmente ignoradas porque não há fiscalização. Havendo fiscalização sempre tem o “jeitinho” para resolver os “problemas”.
Não entendo a necessidade de mais leis para regular situações que acontecem nas escolas quando existe o Regimento da escola; o regimento do Conselho Escolar; existem as coordenadorias de educação; os conselhos municipais e estaduais; as secretarias de educação e por fim o ECA. Enquanto conselheira gostaria muito de ter podido fazer um trabalho na escola sobre o ECA, entretanto foram tantas as questões a discutir que não tive tempo para o ECA, mas acredito que devíamos pensar que a cada direito equivale a um dever.
Conheci na escola um menino de 7 (sete) que era tido como impossível e comecei a encontrá-lo na escola durante os intervalos ou quando estava de castigo fora da sala e também em sua casa. O que pude perceber é que a escola ressaltava as características ruins dele a um ponto em que as meninas quando tinham alguma dificuldade com coleguinhas diziam: “Vou chamar o Fulano e ele vai te matar”! Claro que ele começou a fazer jus a tão “importante” expectativa. Era só um menino de 7 anos, imagina só quando chegasse aos 14! Fiz uma grande amizade com ele, entretanto nã o sei se vai servir para mudar a profecia que era feita de seu futuro.
O professor José Pacheco tem um texto muito interessante que acredito todos vocês já devem conhecer e que faz parte do “Sozinhos na escola” que é a “A pedagogia do abraço”. Penso que a forma como todas as pessoas da escola se relacionam é que pode fazer a diferença no meio de tanta agressividade. Se leis resolvessem nosso país seria uma maravilha! Já imaginaram ninguém vendendo bebida alcoólica para menores? Ninguém dirigindo depois de beber porque temos a Lei Seca? A lei das licitações sendo respeitada (literalmente)?
Minha esperança é que as coisas melhorem quando acabar a resistência mútua da escola e das famílias porque é aí que deposito minha esperança. Inclusive para melhorar a situação dos professores, pois como diz Paro:
Hoje, quando um diretor reivindica, é fácil dizer-lhe “não”. Tornar-se-á muito mais difícil dizer “não”, entretanto, quando a reivindicação não for de uma pessoa, mas de um grupo, que presente outros grupos e esteja instrumentalizado pela conscientização que sua própria organização propicia.    (PARO, 2000, p. 12)
Obrigada Professor Pacheco por incluir meu nome neste grupo, acredito que muito posso aprender e quem sabe, contribuir também.
Perdoem a extensão de meu relato, mas senti necessidade de dar a conhecer um pouco de minha experiência.
Obrigada,
Isabel!
Luiz,
O ECA ainda não foi incorporado de fato. Infelizmente, as crianças e adolescentes são vistas como “menores” que devem sofrer intervenção do Estado. É uma herança que não conseguimos nos livrar.
Abraço, Carla
Prezado Luiz, este é um um excelente tópico de debate. Proponho que o contemplemos no encontro de Julho.
Abraço fraterno.
José
Em 04-07-2012 12:42, Luiz Carlos Fernandes escreveu:
Sinceramente, eu participo muito pouco daqui da rede, mas fico triste ao ler postagens que defendam punições, penalizações para crianças e adolescentes.
O problema nunca foi o ECA e sim a nossa falta de estrutura, nossa falta de preparo para lidar com o diferente, com o "surreal".
Por que não fazemos leis mais duras para os políticos corruptos, não fazemos leis mais duras contra o consumo, contra o desmatamento, contra o acúmulo de capital...
Eles geram todas as outras mazelas humanas e nós vamos culpar logo os que são vítimas diretas desses desmandos, que são as crianças e Adolescentes? ( principalmente os pobres e por serem pobres são em suam maioria, negros, excluídos, socioafetivamente complicados)...
Com amorosidade freireana
Luiz Carlos Fernandes

Fim ao desrespeito para com os professores.
Já com bastante atraso, acordaram!!!!
Será que os profesores também serão ouvidos,  poderão opinar, votar?
ou vão continuar nas mãos ( e cabeças)  dos Srs, "Autoridades" ?
Quem dera!!
Se achar que é útil, comunique a seus colegas.
Abraços
Suely

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