sábado, 13 de janeiro de 2018

CAMPANHA E SUAS ESQUISITICES - LEONARDO LIMA

DONA RITINHA; UMA REFERÊNCIA EM HORÁRIO.
Todos nós temos algum tipo de mania que fica, quase sempre, escondidinha com a gente. Vou aqui relatar algumas delas que extrapolaram o território da intimidade de seu dono e, por conseguinte, passaram ao “domínio do povo da cidade”.

A repartição dos Correios de nossa cidade lá pelo final dos anos vinte funcionava no prédio da rua Saturnino de Oliveira, hoje de propriedade do senhor Ernani Rezende Castro. Pois bem, diariamente Dona Ritinha Gama, proprietária do “Hotel da Dona Ritinha” como o povo dizia, subia a rua no mesmíssimo horário: dezoito horas. Com grande dificuldade no andar, gemendo, ela fazia percurso até a catedral. Trazia nas mãos o véu preto, o terço e o livro de orações. As dezoito e trinta, já na igreja, iniciava suas orações vespertinas que só terminavam quando o sacerdote iniciava a missa às dezenove horas.

Com chuva, sol, ventania ou frio lá vinha ela, rua acima, no sua invariável rotina. 
O único relógio da repartição dos correios era uma lástima. Quase sempre atrasado, parando de vez e sempre, não inspirava confiança. Como saber o horário correto do fechamento da repartição às dezoito horas?
Dona Ritinha! 
Sim, ela virou referência, virou o relógio que não adianta e não atrasa!
_ Já está na hora de fechar?
_ Não, a Dona Ritinha ainda não passou!
Ou então:
- Pode ir fechando as janelas, Dona Ritinha está no Clube Concórdia!
Dona Ritinha entre suas muitas qualidades possuía uma que não sabia:
Relógio de repartição! 
Tinha a mania de andar sempre na hora.

Fonte: Memória Campanhense
Texto: Leonardo Lima



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