segunda-feira, 15 de julho de 2013

O CUSTO LULA E O FIM DA FARRA.

Se não for o fim da farra, será o fim  da Graça.

 GRAÇA FOSTER: O CUSTO LULA E O FIM DA FARRA

A Presidente Graça Foster, da Petrobrás, meteu a toga do Ministro Joaquim
Barbosa e está botando pra quebrar...
Estilo Graça Foster pode gerar rebelião na Petrobrás, ou no PT inteiro.

A nova presidente da Petrobrás decidiu comprar uma briga daquelas, em
véspera de ano eleitoral. Ela quer cancelar todos os contratos de patrocínio
da estatal e já provoca uma gritaria entre políticos da base aliada.

Dias atrás, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, fez uma conferência com
investidores e foi de uma sinceridade atroz. Reduziu de 3,1 milhões para 2,5
milhões barris/dia a meta de produção da empresa para 2016. "Os números não
eram realistas."

Além disso, cancelou projetos de várias refinarias e manteve apenas a Abreu
e Lima, em Pernambuco, que custará nove vezes mais do que o previsto - o
orçamento foi de R$ 4,75 bilhões para R$ 42 bilhões. Graça já havia
demarcado seu território, ao demitir diretores que haviam sido indicados
politicamente, inclusive pelo próprio PT.

Agora, ela decidiu comprar uma nova briga, segundo informa a coluna do
jornalista Ilimar Franco, no jornal O Globo, na nota "Fim da farra":

- A presidente da Petrobrás, Graça Foster, decidiu segurar e rever todos os
patrocínios concedidos pela empresa. Sua posição atinge eventos, congressos,
publicações, filmes, projetos culturais e conferências setoriais e temáticas
promovidas pelo governo federal e que tinham patrocínio da estatal. Os
marqueteiros petistas estão em polvorosa e, atônitos e irritados, perguntam:
"Quem essa Graça Foster pensa que é? A Dilma da Dilma?"
Graça tem o respaldo da presidente Dilma Rousseff, mas seu estilo tem gerado
críticas no PT. Seu antecessor, José Sergio Gabrielli, é amigo pessoal do
presidente Lula.

Além disso, ao criticar as "metas irreais" da era Gabrielli, *ela também
critica, indiretamente, a era Lula*. A conferência de Graça Foster com
investidores ensejou o artigo "O custo Lula", publicado pelo jornalista
Carlos Alberto Sardenberg. Leia:

- Há menos de três anos, em 17 de setembro de 2009, o então presidente Lula
apresentou-se triunfante em uma entrevista ao jornal Valor Econômico. Entre
outras coisas, contou sem meias palavras, que a Petrobrás não queria
construir refinarias e ainda apresentara um plano pífio de investimentos em
2008. "Convoquei o conselho" da empresa, contou Lula. Resultado: não uma,
mas quatro refinarias no plano de investimentos, além de previsões
fantásticas para a produção de óleo. Em 25 de junho último, a Petrobrás
informa oficialmente aos investidores que, das quatro, apenas uma refinaria,
Abreu e Lima, de Pernambuco, continua no plano com data para terminar. E,
ainda assim, com atraso, aumento de custo e sem o dinheiro e óleo da PDVSA
de Hugo Chávez. Todas as metas de produção foram reduzidas. As anteriores
eras "irrealistas", disse a presidente da companhia, Graça Foster,
acrescentando que faria uma revisão de processos e métodos. Entre outros
equívocos, revelou que equipamentos eram comprados antes dos projetos
estarem prontos e aprovados, o que é um verdadeiro absurdo.

Nada se disse ainda sobre os custos disso tudo para a Petrobrás. Graça
Foster informou que a refinaria de Pernambuco começará a funcionar em
novembro de 2014, com 14 meses de atraso em relação à meta anterior, e
custará US$ 17 bilhões, três bi a mais. Na verdade, as metas agora revistas
já haviam sido alteradas. O equívoco, visto desde o princípio, é muito
maior. Quando anunciada por Lula, a refinaria custaria US$ 4 bilhões e
ficaria pronta antes de 2010. Como uma empresa com importância da Petrobrás
pode cometer um erro de planejamento desse tamanho? A resposta é simples: a
estatal não tinha projeto algum para isso, Lula decidiu, mandou fazer e a
diretoria da estatal improvisou umas plantas. Anunciaram e os presidentes
fizeram várias inaugurações.

O nome disso é populismo. E custo Lula. Sim, porque o resultado é um
prejuízo para os acionistas da Petrobrás, do governo e do setor privado, de
responsabilidade do ex-presidente irresponsável e da diretoria que topou a
montagem desse cenário de mentiras.

Tem mais na conta. Na mesma entrevista, Lula disse que mandou o Banco do
Brasil comprar o Votorantim, porque este tinha uma boa carteira de
financiamento de carros usados e era preciso incentivar esse setor. O BB
comprou, salvou o Votorantim e engoliu um prejuízo de mais de bilhão de
reais, pois a inadimplência ultrapassou todos os padrões. Ou seja, um
péssimo negócio, conforme muita gente alertava. Mas como o próprio Lula
explicou: "Quando fui comprar 50% do Votorantim, tive que me lixar para a
especulação".

Quem escapou de prejuízo maior foi a Vale. Na mesma entrevista, Lula
confirmou que estava, digamos, convencendo a Vale a investir em siderúrgicas
e fábricas de latas de alumínio. Quando os jornalistas comentam que a
empresa talvez não topasse esses investimentos por causa do custo, Lula
argumentou que a empresa privada tem seu primeiro compromisso com o
nacionalismo.

A Vale topou muita coisa vinda de Lula, inclusive a troca do presidente da
companhia, mas se tivesse feito as siderúrgicas estaria quebrada ou perto
disso. Idem para o alumínio, cuja produção exige muita energia elétrica, que
continua sendo a mais cara do mundo.

Ou seja, não era momento, nem havia condições de fazer refinarias e
siderúrgicas. Os técnicos estavam certos. Lula, pra variar, estava errado.

As empresas privadas foram se virando, mas as estatais se curvaram.

Ressalva: o BNDES, apesar das pressões de Brasília, não emprestou dinheiro
para a PDVSA colocar na refinaria de Pernambuco. Ponto para seu corpo
técnico.

Quantos outros projetos e metas do governo Lula são equivocados? As obras de
transposição do rio São Francisco estão igualmente atrasadas e muito mais
caras.

O projeto do trem bala começou custando R$ 10 bilhões e já passa dos 35 bi.

Assim como se fez a revisão dos planos da Petrobrás, é urgente uma análise
de todas as demais grandes obras. Mas há um outro ponto, político. A
presidente Dilma estava no governo Lula, em posições de mando na área da
Petrobrás. Graça Foster era da diretoria da estatal. Não é possível imaginar
que Graça Foster tenha feito essa incrível autocrítica sem autorização de
Dilma.

Ora, será que as duas só tomaram consciência dos problemas agora? Ou sabiam
perfeitamente dos erros então cometidos, mas tiveram que calar diante da
força e do autoritarismo de Lula?

De todo modo, o custo Lula está aparecendo mais cedo do que se imaginava.
Inclusive na política.

Foster terá que contar agora com muito respaldo de Dilma, para não ser
atingida, em breve, pelo fogo amigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VENDO ECOSPORT 2.0 CÔR PRETA

 VENDE-SE Veículo ECOSPORT 2.0 ANO 2007 FORD   -  CÔR PRETA KM: 160.000 R$35.000,00 Contato: 9.8848.1380

Popular Posts