CAMPANHA/MG & MANUEL BANDEIRA
O SORRISO DE DONANA
Risos (e então num rosto lindo!)
Não são sinal de pouco siso.
Pode levar-se a vida rindo
Tendo muitíssimo juízo.
Sempre possais viver sorrindo
E em vossos lábios, indeciso,
Como um botão que vai abrindo,
Floresça sempre um bom sorriso...
E que Deus guarde essa alegria,
Sorrindo bem, riso inocente
Vão bem em filhas de Maria...
Pois, só não riem os descrentes...
Rir é tão bom! Principalmente
Quando se tem tão lindos dentes...
-
Manuel Bandeira
-
"Vc com certeza sabe que Bandeira morou algum tempo em Campanha, para se tratar de uma tuberculose, isso no início do século XX. Lá conheceu Ana Sales (mais tarde Ana Sales Brandão), DONANA, com quem estabeleceu sólida amizade... dizem que ele se apaixonou por ela. Depois foi terminar o tratamento na Europa. Qdo voltou ao Brasil, Donana já havia se casado. Em homenagem a ela, compôs o poema "O sorriso de Donana": Vicente Baldo
Metalinguagem - Poesia falando de Poesia – O Sorriso de Donana
Parece mentira, mas esta história por si só já é uma poesia. No início do século XX, Manuel Bandeira (amado poeta da literatura brasileira) foi abatido pela tuberculose, e em função da doença, foi, por conselho médico, viver em Campanha, cidadezinha de bom clima, ao sul de Minas Gerais. A cidade lhe faria bem a saúde.
Foi na pequena Campanha, que conheceu minha Tia Ana Sales, mais conhecida, ali, por Donana – Irmã mais velha de meu bisavô.
Eram vizinhos, e assim, se conheceram. Não sei de muitos detalhes, mas sei, que durante sua estadia, Manuel Bandeira, estabeleceu por Tia Donana, grande estima, e me arrisco a dizer um grande amor platônico.
O poeta não se recuperou em Campanha, e foi, então, se tratar na Suiça; deixando para trás, certamente, um coração partido.
Anos mais tarde, quando regressou ao Brasil, Tia Donana já havia se casado, com um bom homem.
Independente de qualquer frustração, Manuel Bandeira e Tia Donana, seguiram a vida, mantendo um grande laço de amizade, tendo se correspondido por longos anos através de cartas (que após a morte do poeta foram doadas a revistas e jornais, e publicadas em sua homenagem).
Tamanho amor, nunca concretizado, deu origem ao poema “O Sorriso de Donana” do consagrado poeta Manuel Bandeira em homenagem a tão especial Tia Donana.
Sinto-me, mais de um século depois, orgulhosa, desta história, pois entre tantas mulheres no mundo, foi a minha Tia Donana, quem inspirou o grande Manuel Bandeira.
O SORRISO DE DONANA
Risos (e então num rosto lindo!)
Não são sinal de pouco siso.
Pode levar-se a vida rindo
Tendo muitíssimo juízo.
Sempre possais viver sorrindo
E em vossos lábios, indeciso,
Como um botão que vai abrindo,
Floresça sempre um bom sorriso...
E que Deus guarde essa alegria,
Sorrindo bem, riso inocente
Vão bem em filhas de Maria...
Pois, só não riem os descrentes...
Rir é tão bom! Principalmente
Quando se tem tão lindos dentes...
-
Manuel Bandeira
-
"Vc com certeza sabe que Bandeira morou algum tempo em Campanha, para se tratar de uma tuberculose, isso no início do século XX. Lá conheceu Ana Sales (mais tarde Ana Sales Brandão), DONANA, com quem estabeleceu sólida amizade... dizem que ele se apaixonou por ela. Depois foi terminar o tratamento na Europa. Qdo voltou ao Brasil, Donana já havia se casado. Em homenagem a ela, compôs o poema "O sorriso de Donana": Vicente Baldo
Metalinguagem - Poesia falando de Poesia – O Sorriso de Donana
Parece mentira, mas esta história por si só já é uma poesia. No início do século XX, Manuel Bandeira (amado poeta da literatura brasileira) foi abatido pela tuberculose, e em função da doença, foi, por conselho médico, viver em Campanha, cidadezinha de bom clima, ao sul de Minas Gerais. A cidade lhe faria bem a saúde.
Foi na pequena Campanha, que conheceu minha Tia Ana Sales, mais conhecida, ali, por Donana – Irmã mais velha de meu bisavô.
Eram vizinhos, e assim, se conheceram. Não sei de muitos detalhes, mas sei, que durante sua estadia, Manuel Bandeira, estabeleceu por Tia Donana, grande estima, e me arrisco a dizer um grande amor platônico.
O poeta não se recuperou em Campanha, e foi, então, se tratar na Suiça; deixando para trás, certamente, um coração partido.
Anos mais tarde, quando regressou ao Brasil, Tia Donana já havia se casado, com um bom homem.
Independente de qualquer frustração, Manuel Bandeira e Tia Donana, seguiram a vida, mantendo um grande laço de amizade, tendo se correspondido por longos anos através de cartas (que após a morte do poeta foram doadas a revistas e jornais, e publicadas em sua homenagem).
Tamanho amor, nunca concretizado, deu origem ao poema “O Sorriso de Donana” do consagrado poeta Manuel Bandeira em homenagem a tão especial Tia Donana.
Sinto-me, mais de um século depois, orgulhosa, desta história, pois entre tantas mulheres no mundo, foi a minha Tia Donana, quem inspirou o grande Manuel Bandeira.
:
Postado por Paula Fonseca Sousa Lima às 20:33
http://paulasustentavel.blogspot.com.br/…/metalinguagem-poe…
Postado por Paula Fonseca Sousa Lima às 20:33
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