Assinado convênio para reconstruir Museu da Língua Portuguesa
Alessandro Giannini - O Globo - 21/01/2016
SÃO PAULO — O governo de São Paulo, a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, e a organização social ID Brasil, Cultura, Educação e Esporte firmaram, nesta quinta-feira, uma nova parceria para a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, destruído em dezembro passado durante um incêndio na capital paulista. Ainda não há uma estimativa de investimento para a restauração, mas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que talvez seja necessária captar mais recursos na iniciativa privada.
A fundação, que atuou na criação e instalação do museu em 2006, ficará responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação. A Secretaria da Cultura do Estado será responsável pela supervisão dos trabalhos e o assessoramento no contato com órgãos de preservação, como o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat). A ID Brasil, entidade que administra o museu, receberá os recursos do seguro e cuidará do gerenciamento financeiro das obras. Não há data para o início da restauração, nem para a reabertura ao público.
— O primeiro passo é a gente aguardar quanto o seguro vai aportar e o estado em que o prédio está para saber o que precisa ser feito, para ter uma noção do custo disso. São etapas mais demoradas, tem que fazer análise da estrutura do prédio e tudo mais. Vamos retomar o projeto arquitetônico original. Agora é um momento de reflexão e estudo — afirmou o secretário da Cultura em exercício, José Roberto Sadek, que evitou sugerir qualquer valor para o custo desse trabalho.
SEGURO DE R$ 45 MILHÕES
Também participaram da cerimônia de assinatura do convênio na sede do governo estadual o superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho, Nelson Savioli, o gerente executivo administrativo e financeiro da fundação, Luiz Henrique da Silva Cordeiro, o diretor de Relações Institucionais São Paulo do Grupo Globo, Fernando Vieira de Mello, e o diretor executivo da ID Brasil, Luiz Laurente Bloch.
Recursos da apólice contra incêndio que o prédio tinha no valor de R$ 45 milhões ajudarão nos gastos com a restauração. Mas, segundo Alckmin, eles podem não ser suficientes. A Secretaria de Cultura articulará parceiros e patrocinadores que já demonstraram interesse em apoiar a recuperação do museu.
— Talvez seja necessário buscarmos mais recursos na iniciativa privada — disse o governador: — A nossa prioridade é reconstruir o prédio.
Alckmin acrescentou que vai criar um conselho para acompanhar os trabalhos e a relação dos parceiros envolvidos na reconstrução do museu com a iniciativa privada. O governador disse também que convidou José Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, para presidi-lo.
Desde o incêndio, a retirada de entulho e limpeza das lajes estão sendo feitas. Isso tem ajudado a projetar o trabalho de restauro. Nos próximos dias, um laudo mais detalhado sobre o impacto do incêndio para a estrutura do prédio será entregue e permitirá o estabelecimento de um cronograma mais detalhado.
O superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho afirmou que o museu será reconstruído com o que há de mais moderno em termos de tecnologia e que o acervo também passará por uma atualização.
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— Depois de dez anos, acontecer esse desastre foi uma grande fatalidade e nós nos sentimos na obrigação de vir ao governo e nos colocar à disposição para ajudar na reconstrução desse museu único — disse Savioli: — A equipe que ajudou a instalar o museu ainda está conosco e ajudará na reconstrução e reinstalação do acervo. Outra coisa que nos deixa confortável é que a equipe que entregou o Museu do Amanhã ao Rio de Janeiro vai estar aqui para ajudar a fazer o Museu da Língua Portuguesa voltar a funcionar.
Há um mês, o incêndio começou no primeiro andar do edifício e se espalhou para o segundo e terceiro pavimentos. As chamas se propagaram rapidamente em razão de a estrutura interna ser composta principalmente de madeira. No dia, o museu estava fechado para visitação. O bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, de 38 anos, morreu ao tentar conter o fogo.
Concebido e implantado pela Fundação Roberto Marinho em convênio com o governo do Estado de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa foi aberto ao público em 21 de março de 2006, usando tecnologia de ponta para apresentação de conteúdo virtual e interativo. Todo o projeto foi avaliado em cerca de R$ 37 milhões, que foram usados para financiar a criação, pesquisa, implantação do museu e restauro do prédio da Estação da Luz. O projeto arquitetônico foi assinado pelos irmãos Pedro e Paulo Mendes da Rocha.
A fundação, que atuou na criação e instalação do museu em 2006, ficará responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação. A Secretaria da Cultura do Estado será responsável pela supervisão dos trabalhos e o assessoramento no contato com órgãos de preservação, como o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat). A ID Brasil, entidade que administra o museu, receberá os recursos do seguro e cuidará do gerenciamento financeiro das obras. Não há data para o início da restauração, nem para a reabertura ao público.
— O primeiro passo é a gente aguardar quanto o seguro vai aportar e o estado em que o prédio está para saber o que precisa ser feito, para ter uma noção do custo disso. São etapas mais demoradas, tem que fazer análise da estrutura do prédio e tudo mais. Vamos retomar o projeto arquitetônico original. Agora é um momento de reflexão e estudo — afirmou o secretário da Cultura em exercício, José Roberto Sadek, que evitou sugerir qualquer valor para o custo desse trabalho.
SEGURO DE R$ 45 MILHÕES
Também participaram da cerimônia de assinatura do convênio na sede do governo estadual o superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho, Nelson Savioli, o gerente executivo administrativo e financeiro da fundação, Luiz Henrique da Silva Cordeiro, o diretor de Relações Institucionais São Paulo do Grupo Globo, Fernando Vieira de Mello, e o diretor executivo da ID Brasil, Luiz Laurente Bloch.
Recursos da apólice contra incêndio que o prédio tinha no valor de R$ 45 milhões ajudarão nos gastos com a restauração. Mas, segundo Alckmin, eles podem não ser suficientes. A Secretaria de Cultura articulará parceiros e patrocinadores que já demonstraram interesse em apoiar a recuperação do museu.
— Talvez seja necessário buscarmos mais recursos na iniciativa privada — disse o governador: — A nossa prioridade é reconstruir o prédio.
Alckmin acrescentou que vai criar um conselho para acompanhar os trabalhos e a relação dos parceiros envolvidos na reconstrução do museu com a iniciativa privada. O governador disse também que convidou José Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, para presidi-lo.
Desde o incêndio, a retirada de entulho e limpeza das lajes estão sendo feitas. Isso tem ajudado a projetar o trabalho de restauro. Nos próximos dias, um laudo mais detalhado sobre o impacto do incêndio para a estrutura do prédio será entregue e permitirá o estabelecimento de um cronograma mais detalhado.
O superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho afirmou que o museu será reconstruído com o que há de mais moderno em termos de tecnologia e que o acervo também passará por uma atualização.
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— Depois de dez anos, acontecer esse desastre foi uma grande fatalidade e nós nos sentimos na obrigação de vir ao governo e nos colocar à disposição para ajudar na reconstrução desse museu único — disse Savioli: — A equipe que ajudou a instalar o museu ainda está conosco e ajudará na reconstrução e reinstalação do acervo. Outra coisa que nos deixa confortável é que a equipe que entregou o Museu do Amanhã ao Rio de Janeiro vai estar aqui para ajudar a fazer o Museu da Língua Portuguesa voltar a funcionar.
Há um mês, o incêndio começou no primeiro andar do edifício e se espalhou para o segundo e terceiro pavimentos. As chamas se propagaram rapidamente em razão de a estrutura interna ser composta principalmente de madeira. No dia, o museu estava fechado para visitação. O bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, de 38 anos, morreu ao tentar conter o fogo.
Concebido e implantado pela Fundação Roberto Marinho em convênio com o governo do Estado de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa foi aberto ao público em 21 de março de 2006, usando tecnologia de ponta para apresentação de conteúdo virtual e interativo. Todo o projeto foi avaliado em cerca de R$ 37 milhões, que foram usados para financiar a criação, pesquisa, implantação do museu e restauro do prédio da Estação da Luz. O projeto arquitetônico foi assinado pelos irmãos Pedro e Paulo Mendes da Rocha.
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