Ser MÃE de ADOTIVO, uma BENÇÃO !
Ela era loirinha, introvertida e sonhadora.
Desde menina dizia que gostaria muito de adotar uma criança. Não tinha preferência por raça ou sexo.
Tornou-se uma moça bonita. Formou-se em Letras e especializou-se em literatura brasileira.
Casou-se e, para sua alegria, o companheiro nutria o mesmo anseio.
Tiveram o primeiro filho. Logo depois, entraram com o pedido de adoção.
O tempo passou.
Quando sua segunda filha estava completando um ano, o casal foi chamado para que fosse conhecer uma criança, num abrigo.
Sintonia ao primeiro olhar. O pequeno, de dois anos, era filho de mãe negra, tinha cabelos crespos e um sorriso maravilhoso.
Tornou-se, logo, o centro das atenções da família.
* * *
A mãe adotiva de um menino de cinco anos, escreveu:
Estou cansada de ouvir de todos que ele não é meu filho, que não é meu sangue; que sou uma mãe adotiva.
Eu sou mãe. Não preciso de qualquer outro rótulo ou prefixo.
Eu sei que o adotei e tenho orgulho disso.
Ele pode não ter meus olhos, não ter o meu sorriso, não ter o meu tom de pele, mas ele tem todo o meu coração.
Uma mãe é a pessoa que cria, ama e cuida do filho. Não importa se tem ou não o mesmo sangue.
Tenho meu filho em meus braços e agradeço a Deus por trazê-lo para mim
Se eu tivesse seguido o padrão esperado para formar uma família, não o teria encontrado.
Eu precisei conhecê-lo. Precisava ser mãe dele.
Ele é, em todos os sentidos, meu filho.
Espero que muita gente leia isso, especialmente aqueles que são contra a adoção e a consideram um tabu.
A adoção é uma dádiva de vida.
Que o desejo de seu coração possa ser dar um lar a uma criança.
* * *
Ser mãe não é somente gerar um corpo novo na Terra para um Espírito que deseja progredir e ser feliz.
É oferecer a oportunidade de uma vida digna e educação condizente ao ser que lhe chega aos braços.
Ser mãe é estar atenta noite e dia, numa vigilância constante, no aguardo da manifestação de uma necessidade qualquer.
Ser mãe é esperar, entre a angústia e o medo, que o remédio antifebril funcione; que a dor do filho diminua; que o problema de saúde encontre solução.
É vibrar com cada conquista do filho. E ter sabedoria para aceitar os fracassos, tornando-se incentivadora de novas tentativas.
É, depois de uma noite em claro, ao lado da cama do pequeno, ter disposição para as intransferíveis tarefas diárias.
É exercitar a paciência, dar exemplos sadios, administrar birras e manhas, ter um sorriso nos lábios para recepcionar o filho, no retorno ao lar.
Ser mãe é tentar ser melhor, dia após dia. É aprender que o coração é um espaço infinito.
Tão infinito que quanto mais ama, mais espaço tem para o amor.
Ser mãe é fazer uma parceria com Deus, para resgatar, impulsionar, iluminar um filho seu, nesta vida.
Se é meritório dar a vida, é sublime amar.
E o amor simplesmente ama, de forma total e irrestrita.
Redação do Momento Espírita, com trecho
de depoimento da atriz Sandra Bullock.
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