A mudança climática segundo os testemunhos do gelo.
Entrevista especial com Jefferson Simões
“Por meio da glaciologia foi possível detectar o impacto da
poluição global devido à ação humana no período pós-revolução industrial”,
garante o glaciologista e coordenador do programa Antártico-Brasileiro.
Isoladas do mundo moderno, seja pelo clima inóspito, seja
pelas longas distâncias, as grandes geleiras têm muito a dizer sobre o nosso
planeta. E descobrir a riqueza de informações armazenadas sob camadas e camadas
de neve é a tarefa da glaciologia e dos estudos dos testemunhos do gelo. De
acordo com o glaciologista Jefferson Simões, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
o estudo consiste na “reconstrução da história do clima e da composição química
da atmosfera a partir das amostras de neve e gelo que acumularam através de
milhares e milhares de anos”.
A pesquisa sobre a atmosfera do passado foi capaz de traçar
um panorama deste cenário pelos últimos 800 mil anos. Simões relata que
graças a esses estudos é possível afirmar que nunca a concentração de gases do
efeito estufa foi tão alta quanto no presente. “O efeito estufa é um processo
natural”, evidencia ele. “O que vivenciamos é o efeito estufa intensificado,
que é um processo antropogênico e que consiste na maior emissão de gases que já
existiu na natureza.”
FONTE:
acessado dia 9 de
janeiro de 2014
Comentário (FANC)
O clima mundial sempre passou por mudanças naturais e as
ações do homem aceleram, ou, acentuam estas mudanças. A movimentação
atmosférica, as formas de relevo, a cobertura ou não da vegetação, as
plantações de alimentos, criação de gado (de todas as espécies) e a urbanização
compõem estas mudanças que estamos vivenciando em nosso país e globalmente.
Altas temperaturas no hemisfério sul e baixas no norte. Fator astronômico e
climatológico natural, porém com agravante de provocarem prejuízos financeiros
e evidenciarem a nossa pouca preparação e adaptação.
O que observamos em nosso município da Campanha é o mesmo do
mundo.
As variações de temperatura durante uma mesma estação do ano
nos levam a crer que devemos e podemos fazer algo por nós mesmo e pelo local
que vivemos.
Atitudes pró – ambientais são necessárias neste tempo de
mudanças e que a velocidade dos acontecimentos naturais não nos permitem deixar
para os outros fazerem a sua parte e eu espero para ver o que vai acontecer. O
município da Campanha precisa repensar as suas atitudes com relação á
necessidade de desmatamento para formação de pastos para gado bovino. Acredito
que a área destinada a esta atividade, importante para a nossa economia, já
supre a necessidade e que a observação e a percepção devem nos proporcionar
inserir neste contexto ambiental a nossa qualidade de vida.
Percebo que nossos solos estão com uma carga de agrotóxico
maior do que a necessária. Será que isto também acentua a mudança climática
global? Penso que sim.
A aplicação de agrotóxico afeta diretamente a atmosfera e
através desta poluição atmosférica – ambiental matamos nossos insetos
polinizadores e assim diminuímos a nossa flora. A Antártida está com área menor
de gelo permanente e qual é a relação de nosso município com este fato climático?
Todos estamos inter – ligados. A massa de ar fria da Antártida chega até
Campanha através da movimentação de massa de ar de sul para o norte e passa
pelo relevo de baixa altitude para criarem as frentes frias e as chuvas. Então, o agrotóxico que colocamos em nossas
lavouras se movimentam livremente pela atmosfera e se mistura com os gases da e
elementos que formam as chuvas e precipitam em nós mesmos e ainda podem chegar
a latitudes distantes do seu ponto de origem, ou seja, poluímos nós mesmos e os
outros.
A comunicação é um dos caminhos para a solução dos problemas
ambientais e o José Milton proporciona isto com o seu blog.
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