sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O DOM DA INFÂNCIA.

Por que elegemos “O dom da infância” como o livro do mês de Novembro?

O dom da infância
 
O dom da infância conta a história do artista africano Baba Wagué Diakité. Escrito em primeira pessoa, este texto autobiográfico narra os principais momentos da infância do menino, começando pelo início de sua vida na aldeia de Kassaro, no interior do Mali (noroeste da África). Depois, a história passa pela capital do país, Bamako, e chega aos Estados Unidos, onde o artista vai encontrar sua futura mulher.
Cultivada e transmitida de geração em geração, a habilidade de contar histórias é o “dom da infância”, como o título do livro indica. Baba é um contador de histórias, como muitos africanos. No livro, ele narra a própria história de vida, mas o faz por meio da técnica e da estrutura tradicional africana, incorporando a oralidade e a função pedagógica dos relatos ancestrais.
Os principais temas da narrativa são a importância das origens familiares e do modo de vida ancestral, a cultura oral daquela região africana e o contraste e as contradições entre o saber tradicional e o aprendizado escolar do menino.
As pessoas mais importantes na vida do artista são também personagens centrais do livro, como vovó Sabou, avó paterna de Baba, a mãe e o tio Sumaila. É a avó, especialmente, quem alerta para a importância das origens e da formação sólida que o menino recebe na aldeia e no convívio familiar. Baba conserva os saberes da sua aldeia, ajudando a mãe e atuando como contador de histórias.
No livro, Baba Wagué Diakité também retrata as transformações que a colonização francesa provocou na África Ocidental. Nas palavras do autor, foi “uma época confusa, que desorganizou famílias, em alguns casos obrigando-as a se separar”. E ele completa: “Mais de um século de ocupação europeia contribuiu muito para a extinção de culturas e tradições de uma geração inteira de africanos”.
A autobiografia de Baba Wagué Diakité ressalta a importância das pessoas mais velhas, dos laços familiares e da tradição na formação artística e humana. Pintor, ceramista, escritor e contador de histórias, o autor é ilustrador de vários livros premiados.
A história também revela uma trajetória de respeito e de valorização das origens africanas. Depois de se tornar artista em Bamako, capital do Mali, Baba Wagué Diakité fundou o Centro Cultural Ko-Falen, para promover o intercâmbio cultural entre o Mali e os Estados Unidos, dividindo seu tempo entre os dois países.
Para o leitor crítico, a leitura de O dom da infância é uma oportunidade de reflexão sobre a história da África, sobre o costume da contação de histórias e sobre tradições africanas. As relações entre o continente africano e o nosso país podem ser estudadas e valorizadas por meio da leitura dessa narrativa, aproveitando também reflexões sobre igualdade racial, preconceito e racismo. Sobre as origens e o aprendizado, diz Baba Diakité no livro: “Se você souber de onde veio, saberá para onde está indo”.
 
Clique aqui e conheça o projeto de leitura que Edições SM elaborou para o trabalho com esse livro.

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