Alana Gandra - Agência Brasil - 04/06/2016
Inspirada no modelo de Medellín e Bogotá, na Colômbia, cujo objetivo é levar cultura a áreas de risco, a Biblioteca-Parque da Rocinha completa quatro anos de atividades, em parceria com a comunidade, considerada uma das maiores favelas da América Latina. Para marcar a data, a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro oferece aos visitantes, neste sábado (4), uma programação especial, que reúne aulas de danças variadas, ioga, capoeira, maratona de contação de histórias e uma apresentação teatral.
Para a superintendente da Área de Leitura e do Conhecimento da secretaria, Vera Schroeder, “é uma alegria imensa comemorar esses quatro anos, porque a Biblioteca-Parque da Rocinha tem uma relação com a comunidade bastante forte. A gente até brinca dizendo que a biblioteca ficou pequena, porque a quantidade de pessoas e, principalmente de jovens e crianças, é bem grande”.
Vera disse à Agência Brasil que as crianças e adolescentes representam a faixa etária com a qual a biblioteca mais trabalha, equivalendo a 70% do público. Avaliou que o programa de bibliotecas-parque do governo fluminense, como um todo, é exitoso. A unidade da Rocinha foi inaugurada em 2012. “Passou tão rápido. Agora, já com quatro anos, consolida um trabalho não só de leitura, mas trazendo as artes, os laboratórios que a gente realiza lá, como uma ferramenta bacana de estímulo ao conhecimento”.
Vera Schroeder confirmou que a grande referência para o programa no Rio de Janeiro foi o modelo colombiano de bibliotecas-parque, adotado hoje em todo o mundo, além da experiência de bibliotecas do Chile e a Rede de Bibliotecas Públicas de Informação (BPI), da França. Com esta última, o programa fluminense tem um termo de cooperação técnica.
A Biblioteca-Parque da Rocinha é conhecida também pelos moradores como C4, que significa Centro de Convivência, Comunicação e Cultura. “Era uma demanda da própria comunidade a criação de um centro de convivência, que houvesse um grande espaço onde grupos de teatro pudessem ensaiar, grupos de dança, uma biblioteca. Já havia uma demanda da própria população, e a gente manteve o C4 no nome da Biblioteca-Parque da Rocinha para trazer essa história, que é bastante importante”, afirmou.
A Biblioteca-Parque da Rocinha recebeu nesses quatro anos 145.680 visitantes, emprestou 14.822 livros e emitiu 4.988 carteirinhas para sócios, atendendo a todas as faixas etárias. A gratuidade, “que todas as bibliotecas merecem ter”, explica em grande parte a demanda, disse a superintendente. “As bibliotecas são gratuitas, você pode facilmente fazer sua carteirinha, basta ter uma identidade e um comprovante de residência e passa a ter acesso a empréstimos de livros e tudo o mais”. Se a pessoa quiser passar o dia inteiro na biblioteca, sem pegar nenhum livro, não precisa de documento algum, informou Vera.
Ela enfatizou que as bibliotecas-parque se consolidam também como um grande espaço democrático, com acesso para todos os públicos. A rede de bibliotecas-parque do estado do Rio de Janeiro engloba ainda as unidades de Manguinhos, na zona norte, primeira a ser inaugurada; a de Niterói, na região metropolitana; e a estadual, no centro do Rio.
Aurélio Mesquita, da Companhia de Teatro Roça Caçacultura, ressaltou que a Biblioteca-Parque da Rocinha é o único equipamento público de cultura da comunidade. O importante, disse, não é a biblioteca estar cheia todo o tempo, “e sim que esteja sempre de portas abertas”. O espaço tem cinco andares, onde se distribuem DVDteca, teatro, café literário, cozinha-escola, biblioteca infantil e sala multiuso. O acervo totaliza quase 15 mil livros e 915 DVDs.
Angell Araujo, da Companhia Semearte, disse que o aniversário da biblioteca comemora também a transformação da comunidade por meio da cultura. Essa é a mensagem que ele ouve dos jovens que frequentam a C4, um lugar que segundo ele, “muda vidas”.
Inspirada no modelo de Medellín e Bogotá, na Colômbia, cujo objetivo é levar cultura a áreas de risco, a Biblioteca-Parque da Rocinha completa quatro anos de atividades, em parceria com a comunidade, considerada uma das maiores favelas da América Latina. Para marcar a data, a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro oferece aos visitantes, neste sábado (4), uma programação especial, que reúne aulas de danças variadas, ioga, capoeira, maratona de contação de histórias e uma apresentação teatral.
Para a superintendente da Área de Leitura e do Conhecimento da secretaria, Vera Schroeder, “é uma alegria imensa comemorar esses quatro anos, porque a Biblioteca-Parque da Rocinha tem uma relação com a comunidade bastante forte. A gente até brinca dizendo que a biblioteca ficou pequena, porque a quantidade de pessoas e, principalmente de jovens e crianças, é bem grande”.
Vera disse à Agência Brasil que as crianças e adolescentes representam a faixa etária com a qual a biblioteca mais trabalha, equivalendo a 70% do público. Avaliou que o programa de bibliotecas-parque do governo fluminense, como um todo, é exitoso. A unidade da Rocinha foi inaugurada em 2012. “Passou tão rápido. Agora, já com quatro anos, consolida um trabalho não só de leitura, mas trazendo as artes, os laboratórios que a gente realiza lá, como uma ferramenta bacana de estímulo ao conhecimento”.
Vera Schroeder confirmou que a grande referência para o programa no Rio de Janeiro foi o modelo colombiano de bibliotecas-parque, adotado hoje em todo o mundo, além da experiência de bibliotecas do Chile e a Rede de Bibliotecas Públicas de Informação (BPI), da França. Com esta última, o programa fluminense tem um termo de cooperação técnica.
A Biblioteca-Parque da Rocinha é conhecida também pelos moradores como C4, que significa Centro de Convivência, Comunicação e Cultura. “Era uma demanda da própria comunidade a criação de um centro de convivência, que houvesse um grande espaço onde grupos de teatro pudessem ensaiar, grupos de dança, uma biblioteca. Já havia uma demanda da própria população, e a gente manteve o C4 no nome da Biblioteca-Parque da Rocinha para trazer essa história, que é bastante importante”, afirmou.
A Biblioteca-Parque da Rocinha recebeu nesses quatro anos 145.680 visitantes, emprestou 14.822 livros e emitiu 4.988 carteirinhas para sócios, atendendo a todas as faixas etárias. A gratuidade, “que todas as bibliotecas merecem ter”, explica em grande parte a demanda, disse a superintendente. “As bibliotecas são gratuitas, você pode facilmente fazer sua carteirinha, basta ter uma identidade e um comprovante de residência e passa a ter acesso a empréstimos de livros e tudo o mais”. Se a pessoa quiser passar o dia inteiro na biblioteca, sem pegar nenhum livro, não precisa de documento algum, informou Vera.
Ela enfatizou que as bibliotecas-parque se consolidam também como um grande espaço democrático, com acesso para todos os públicos. A rede de bibliotecas-parque do estado do Rio de Janeiro engloba ainda as unidades de Manguinhos, na zona norte, primeira a ser inaugurada; a de Niterói, na região metropolitana; e a estadual, no centro do Rio.
Aurélio Mesquita, da Companhia de Teatro Roça Caçacultura, ressaltou que a Biblioteca-Parque da Rocinha é o único equipamento público de cultura da comunidade. O importante, disse, não é a biblioteca estar cheia todo o tempo, “e sim que esteja sempre de portas abertas”. O espaço tem cinco andares, onde se distribuem DVDteca, teatro, café literário, cozinha-escola, biblioteca infantil e sala multiuso. O acervo totaliza quase 15 mil livros e 915 DVDs.
Angell Araujo, da Companhia Semearte, disse que o aniversário da biblioteca comemora também a transformação da comunidade por meio da cultura. Essa é a mensagem que ele ouve dos jovens que frequentam a C4, um lugar que segundo ele, “muda vidas”.
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