Existe MEDIUNIDADE na INFÂNCIA ?
Mas o que é mediunidade? É o sentido que faculta a pessoa ser
intermediária entre o plano espiritual e o plano físico. Geralmente chamamos de
médiuns somente quem tem a faculdade ostensiva, ou seja quem sente, ouve, vê de
forma mais clara a influência dos espíritos. Mas de modo geral, todos somos
médiuns, pois, pelo menos pela faculdade da intuição todos nos colocamos em
contato com o mundo espiritual.
Foi Alan Kardec quem melhor estudou sobre a mediunidade. No Livro dos
Médiuns ele trás de forma detalhada o que vem a ser a mediunidade, como ela se
manifesta, as suas características, os cuidados necessários, as
responsabilidades e conseqüências de seu uso. E nos fala também da mediunidade
da criança. Sim, a criança pode ser médium.
Temos vários exemplos, como o das irmãs Fox, que em Hydesville, nos
Estados Unidos em 1848, eram médiuns de efeitos físicos. Kate e Margareth, de 11
e 14 anos respectivamente. Se comunicaram através da tiptografia ou uso de
pancadas onde o espírito Charles Rosna disse detalhes de sua vida e de sua morte
que ocorrera naquela casa onde se achavam.
Francisco Cândido Xavier desde seus 5 anos de idade via e se comunicava
com sua mãe já desencarnada. A mãezinha lhe aparecia principalmente quando
sofria maus tratos por parte da madrasta.
Yvonne do Amaral Pereira, que publicou diversos livros espíritas,
portadora de uma mediunidade muito aflorada, desde os 4 anos conversava com os
espíritos.
Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita, também desde os 4 anos
via os espíritos. Aos 5 tinha um amigo indiozinho chamado Jaguarassu. Brincavam
juntos, conversavam... A medida que Divaldo crescia, Jaguarassu crescia também.
Quando Divaldo fez 12 anos, Jaguarassu disse a Divaldo que teria de se afastar,
pois estava se preparando para reencarnar. Divaldo teve um susto, pois pensou
que Jaguarassu era uma pessoa encarnada. Após um tempo Divaldo teve oportunidade
de conhecer Jaguarassu em sua nova reencarnação, que durou 38 anos. Após seu
desencarne tornou a aparecer a Divaldo, porém agora com a aparência da última
existência.
A mediunidade é uma faculdade espiritual e também orgânica. Espiritual,
pois é uma faculdade do espírito, mas orgânica, pois que quando exercida por
encarnados necessita de órgãos especiais no corpo físico para captar as
informações que são decodificadas.
André Luiz no livro Missionário da Luz tem um capítulo intitulado A
epífise, onde ele aborda a importância da glândula pineal como o órgão sede da
mediunidade no corpo biológico. A glândula pineal é uma estrutura do cérebro e
tem a sua função despertada na puberdade.
Sérgio Felipe de Oliveira, psiquiatra, realizou uma pesquisa
utilizando-se de equipamentos de microscopia eletrônica e de ressonância
magnética, onde concluiu que nos médiuns ostensivos, ou seja, aqueles com
mediunidade mais aflorada, na glândula pineal destes há um número maior de
cristais de apatita. Estes cristais de apatita não são calcificações. São
estruturas funcionais que agiriam como antenas capazes de captar estímulos
eletromagnéticos e decodificá-los em estímulos neuroquímicos, que são os que o
cérebro seria capaz de compreender.
Kardec no Livro dos Médiuns estudou no cap. XVIII sobre a mediunidade em
crianças, se haveria algum inconveniente em se desenvolver a mediunidade em
tenra idade. Os benfeitores disseram que sim. Que não se deve estimular a
mediunidade numa fase em que os órgãos ainda estão em formação. Seria
precipitado e poderia causar estímulos que a criança poderia não assimilar de
forma saudável.
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