CORA CORALINA, estaria hoje comemorando 127 anos de nascimento.
BIOGRAFIA
Cora Coralina , pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985), é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olímpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.
JOSÉ PACHECO VISITANDO CAMPANHA.
Há 4 anos recebíamos a meu convite, a visita do grande educador português José Pacheco.
Pouco meses antes o jovem Daniel Ferreira Dias me trouxe uma apostila para ser encadernada e comentou sobre aquele conteúdo, o que muito me interessou.
Era um trabalho sobre a Escola da Ponte, de Portugal criada pelo educador José Pacheco.
Ao ler um artigo dele na internet, ele dizia que não ficaria na Escola da Ponte para sempre e que ao final do ano ele levaria o seu sonho de uma educação moderna para outros cantos.
Ao final do texto tinha o seu e-mail. E eu não conversei, encaminhei-lhe um e-mail convidando-o para que, se um dia viesse ao Brasil, eu teria o maior prazer em recebe-lo aqui em Campanha. Poucas horas depois ele me respondeu dizendo que já estava residindo no Brasil há 11 anos. Depois fiquei sabendo que ele inclusive já conhecia Campanha, tendo vindo aqui no Primeiro Congresso de Educação promovido pelo Guilherme Baldo e equipe.
Só para que tenham uma ideia do que é a Escola da Ponte, Rubem Alves ao conhece-la disse: "É a escola que sempre sonhei e não sabia que já existia."
A metodologia da Escola da Ponte, que na época já era um sucesso em mais de 120 escolas de 69 cidades brasileiras não sensibilizou os acomodados professores presentes, que optam em ficar sempre na mesmice.
Fui em todas as escolas da Campanha e na secretaria de educação municipal convidar a todos ligados na educação de nossa cidade. Apenas três escolas se dignaram a enviar representantes.
José Pacheco não é um conferencista e logo de cara já nos propôs um bate papo. O que os senhores querem saber?
Tivemos perguntas apenas de pais, alunos, as minhas e de apenas um professor incrédulo com o que ouvia.
O Professor Pacheco fez um relato de como a escola funciona.Para cada pergunta, as respostas eram encntadoras demais, foi quando o professor presente fez o seguinte comentário: "Tudo muito bonito, mas isto é coisa para os nossos netos." e o Profesor Pacheco lhe respondeu: Em Portugal há mais de 3 décadas o resultado é excelente e aqui no Brasil as escolas que adotaram a metodologia proposta, só tem elogios a fazer. Ai lhe perguntei: Como regulamentar esta escola em nossa legislação? E ele nos respondeu: "Muito simples, é a única que obedece a tudo que está previsto no MEC."
Depois de ouvi-lo, pesquisei na internet tudo sobre a sua metologia, especialmente na escola da Ponte e no Projeto Âncora de Cotia. É uma coisa muito séria.
A empresa Caiena de Campinas, onde meu filho Alexandre trabalha, desenvolveu um trabalho educacional para o Projeto Âncora. Eles foram la conhecer e ficaram boquiabertos com o que viram. Só vendo para acreditar, disse ele.
Sugiro a quem possa se interessar, que arrumem um tempo para assistirem no Youtube, vídeos da Escola da Ponte, Projeto Âncora, Amorim Lima, José Pacheco, Rubem Alves, Paulo Freire, Mario Sérgio Cortela, Tião Rocha (quem tem um projeto diferente, mas de excelencia) e muitos outros.
E pesquisem sobre a riquíssima história da nossa Campanha, que tempos atras tinha uma cultura invejável e era referência a nível nacional, ao ponto de muitos intelectuais se mudarem para ca. Como por exemplo a senhora Francisca Senhorinha da Motta Diniz, uma sanjoanense que mudou do Rio de Janeiro para Campanha, porque aqui encontrou clima, ambiente para escrever o jornal "O Sexo Feminino" o primeiro do gênero no Brasil. Se tiverem conhecimento de 10% da nossa história, terão muito motivo para se orgulhar da Campanha.
Se outras localidades conseguem realizar transformações incríveis, tem idéias maravilhosas, por que é que nós campanhenses vamos continuar dormindo em berço explêndido, assistindo passivamente a nossa cidade despencar. Temos muitas pessoas capacitadas que poderiam se interessar um pouco em pensar Campanha. Chegou a hora de mostrar que você não é só um saudosista, que pode fazer algo para que nossa cidade volte aos bons tempos de prosperidade, educação e muita cultura.
Faço aqui um convite à todos que tiverem algo de bom para oferecer: Vamos nos organizar num grupo, para pensar, qual é a Campanha que nós queremos para os nossos filhos?
A CAMPANHA 300 ANOS, que vamos comemorar daqui a 21 anos.
Os interessados por favor, entrem em contato pelo e-mail josemiltonjunqueira@gmail.com
Já dizia Chico Xavier: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, podemos pelo menos tentar um novo fim".
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