segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

18.02.1832 - FRANCISCO DE PAULA FERREIRA DE REZENDE - 187 ANOS.



FRANCISCO DE PAULA FERREIRA DE REZENDE
campanhense, filho do Coronel Valério Ribeiro de Rezende e de Francisca de Paula Ferreira de Rezende, nascido a 18/02/1832 e nesse mesmo ano, no dia 20/04 batizado pelo Cônego João Dias de Quadro Aranha.Teve só um irmão: Valério Ribeiro de Rezende. Seu avô materno foi o Comendador Francisco de Paula Ferreira Lopes. Fez seus estudos primários e secundários na Campanha, seguindo depois para São Paulo cursando e se formando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 16/11/1855. 

Foi  Advogado – Historiador – Ensaísta – parlamentar – Ministro - fazendeiro. Foi, em seguida, nomeado Promotor Público em Campanha (1856) e Juiz Municipal e de Órfãos do termo de Queluz (hoje Conselheiro Lafaiete), onde acumulou o cargo de Delegado de Polícia. Foi deputado provincial à 15ª legislatura.


Não sendo reconduzido ao cargo por injunções políticas aborreceu-se deixou a magistratura e empreendeu viagem com destino a São Fidélis (RJ) onde pretendia advogar. Nessa viagem percorreu caminhos da mata de Mar de Espanha e Senhor Bom Jesus do Rio Pardo (hoje Argirita). Chegando a Leopoldina onde iria pernoitar foi visto ao chegar no único hotel da cidade por um colega da faculdade de São Paulo de nome Gabriel de Paula Almeida Magalhães, conhecido por todos por Bié. Depois de longos abraços e de ter Francisco de Paula contado sua história e o desejo de seguir para São Fidélis, foi persuadido, depois de muita insistência, a fixar-se em Leopoldina. Ficou e não se arrependeu. Lá advogando prosperou e para apoiar seu irmão Valério que havia desistido do curso de Direito para se dedicar à lavoura adquiriu em 1865, uma fazenda a que denominou “Filadélfia”. Durante vinte anos houve prosperidade com o empreendimento e só teve suas finanças abaladas com advento da abolição da Escravatura, tendo amargado grandes prejuízos chegando à beira da falência.

Com o regime republicano integrou a comissão encarregada de elaborar a Constituição do Estado de Minas Gerais. Foi nomeado 2º vice-governador de Minas Gerais. Em 25.05.1892 foi nomeado pelo Presidente da República Marechal Floriano Peixoto, Ministro do Supremo Tribunal Federal exercendo, também, as funções de Procurador-Geral da República. O mais notável e importante para Campanha foi ser ele o autor de “Minhas Recordações”, o mais completo livro sobre os primórdios da história da Campanha. Colaborou com o jornal “Nova Província” (1854 – 1855), cujo proprietário foi Lourenço Xavier da Veiga. Um dos quatro maiores incentivadores do movimento de propagação da ideia da criação da província no Sul de Minas (1854). Os outros três foram: Dr. Antônio Simplício de Sales, Dr. Antônio Dias Ferraz da Luz e Lourenço Xavier da Veiga. Colaborou, também nos jornais o “Correio do Povo” de Ouro Preto e no Minas Gerais, órgão oficial dos poderes públicos do Estado. São de sua autoria os livros: “O Brasil e o Acaso” e “O Julgamento de Pilatos ou Jesus perante a razão e os Evangelhos” (impresso em 1893), “Minhas Recordações” e “Comentários Bíblicos: O mosaísmo perante a razão e a transformação hebraica”.Era casado com Inácia Luíza Barbosa de Rezende (* 2.5.1846 + 7.2.1934), havendo do consórcio grande descendência. Veio a falecer em 26/10/1893 no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério São João Batista. 

Para saber mais, consultar: 1) “Os Correios na História da Campanha”, de Thomaz Aquino Araújo e Carmegildo Filgueiras, 1973; “Minhas Recordações”, de Francisco de Paula Ferreira de Rezende; “Almanach Sul-Mineiro para 1874” de Bernardo Saturnino da Veiga
Texto: Leonardo Lima

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