Como incentivar a leitura
Eliana Aparecida de Quadra CorrêaO gosto pela leitura não nasce com a criança, mas pode ser desenvolvido com a ajuda de pais e educadores. O professor pode semear nos alunos o amor pela leitura. Somente ele pode intuir o que convém fazer num determinado momento para ajudar o aluno a aprender a ler.
Em sua prática cotidiana, o professor, ao assegurar demonstrações de leitura aos alunos, situações que sirvam a objetivos específicos, pode auxiliá-los a encontrar sentido e seus próprios objetivos com a leitura.
Para facilitar o processo de leitura, deve-se garantir aos alunos amplas possibilidades de usar informações não visuais, possibilidades de fazer previsões, compreender e ter prazer no que lê. E é importante dispor de momentos de contato com a diversidade de textos literários, buscando valorizar os gostos de leitura dos alunos e, ao mesmo tempo, dar oportunidade de conhecer outras formas de escrita.
Outra questão que o professor pode utilizar para incentivar seus alunos ao hábito da leitura é organizar projetos de leitura, levá-los a eventos culturais, como lançamentos de livros, teatros, contações de histórias, feiras de livros, seminários e encontros com escritores locais.
Por exemplo, visitar a biblioteca pública e incentivá-los a serem sócios e utilizar o espaço como lugar de entretenimento e democratização da leitura. Participar de ações como a Garrafa da Leitura (conhecer escritor local por meio de dinâmica, conversa e contação de histórias na Biblioteca Pública Prefeito Rolf Colin). Mostra anual de contação de histórias do Proler. Fala do escritor na Feira do Livro (escritores da Confraria do Escritor e da Associação Confraria das Letras de Joinville). Peças de teatros apresentadas pela Ajote e pelo Sesc. Aldeia Palco Giratório do Sesc com presença de escritores e contadores de histórias locais, entre outras ações disponibilizadas pela nossa cidade com o objetivo de sensibilização ao hábito da leitura.
A literatura é uma arte poderosa. Ao ler, o aluno adquire saber, amplia sua visão de mundo, enriquece seu vocabulário, desperta sua sensibilidade, criatividade e escreve com mais facilidade. Além de ingressar num mundo de fantasia a ser descoberto.
Enfim, segundo Barbosa, “o que realmente importa é que a criança progrida na leitura e que encontre prazer – e sentido – nos múltiplos contatos com a língua escrita. Professores e crianças, nesse sentido, podem ser verdadeiros parceiros para aprender o que é o ato de ler”.
* Mestre em patrimônio cultural e sociedade e escritora
Artigo publicado originalmente no Clic RBS - 26/09/13
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