Projeto que estimula leitura aliada à cultura digital recebe prêmio
Universia Brasil - 08/02/2017
Foi decidido no início da noite desta terça-feira (7/2), o vencedor da 16ª edição do Prêmio Péter Murányi – Educação. Intitulado “E se eu fosse o autor? – Laboratórios criativos de leitura e cultura digital”, o projeto, criado pela ONG Casa da Árvore, já atendeu, ao longo dos últimos sete anos, em Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Bahia, mais de mil crianças e adolescentes matriculados em cerca de 60 escolas públicas, além de professores e educadores de comunidades em situação de risco social.
Um dos principais resultados obtidos foi o aumento do índice de leitura literária espontânea entre os estudantes participantes. Pesquisa realizada entre 2013 e 2014 constatou que, quando os alunos entraram no projeto, 31% não recordavam de nenhum livro lido nos últimos três meses; 57% lembraram de um ou dois títulos; e 12% citaram quatro ou cinco obras. Após três meses de atividades, todos os participantes lembraram pelo menos de dois títulos lidos; 37,5% leram três ou quatro obras; e 50% leram entre cinco e sete livros.
De acordo com a presidente da ONG Casa da Árvore, Leila Dias, essa é uma tecnologia social que tem o objetivo de ajudar comunidades escolares a repensarem de maneira inovadora o estímulo à leitura e à literatura entre os estudantes de escolas públicas brasileiras. Para isso, reúne um conjunto de práticas educativas e formativas que explora o ato da leitura integrado à ampliação de habilidades e expressão, por meio de linguagens midiáticas, como o vídeo, a imagem e o hipertexto. Dessa forma, o projeto aproxima a literatura do contexto digital, em que crianças e adolescentes constroem, hoje, sua relação com o mundo.
“É muito difícil conseguir recursos para instituições. Por isso, quando um prêmio concede esse reconhecimento, o processo torna-se recompensador, pois não se exigem metas e toda a preocupação da organização gira em torno da qualidade e humanização do trabalho”, observa a representante do trabalho vencedor.
Nesta edição do Prêmio Péter Murányi, houve recorde de inscritos, com 149 trabalhos. Segundo a presidente da Fundação Péter Murányi, Vera Murányi Kiss, também houve aumento na qualidade dos projetos. “Observamos que todos têm procurado agregar conteúdos cada vez mais consistentes, processos condizentes com a realidade contemporânea e inovação. O trabalho vencedor é um exemplo, pois acrescenta muita informação, debate e incentiva a criatividade. Conhecimento é uma necessidade e poder usar a estrutura de um projeto para melhorar a qualidade da educação é importante. Assim, é gratificante para a Fundação premiar essa iniciativa”.
Um júri composto por educadores, professores, representantes do ensino público e parceiros foi responsável por definir o projeto vencedor. O diretor do Universia, Luis Caldañas, também jurado no prêmio, salientou que “os três finalistas são trabalhos muito bons. Contudo, o vencedor tem impacto muito positivo e abrangente na difusão do acesso à leitura, que é condição fundamental para ter desenvolvimento acadêmico, desempenhar bem as atividades profissionais e possibilitar que os jovens se tornem universitários. Apenas 15% dos estudantes de Ensino Médio chegam à universidade. Muitas vezes, é por deficiência em matérias básicas, como matemática e português, que muitos não conseguem o acesso. Iniciativas como o Prêmio Péter Murányi são decisivas, principalmente devido à dimensão da carência educacional ser tão grande. Trata-se de uma contribuição fundamental para o desenvolvimento da sociedade”.
Um dos principais resultados obtidos foi o aumento do índice de leitura literária espontânea entre os estudantes participantes. Pesquisa realizada entre 2013 e 2014 constatou que, quando os alunos entraram no projeto, 31% não recordavam de nenhum livro lido nos últimos três meses; 57% lembraram de um ou dois títulos; e 12% citaram quatro ou cinco obras. Após três meses de atividades, todos os participantes lembraram pelo menos de dois títulos lidos; 37,5% leram três ou quatro obras; e 50% leram entre cinco e sete livros.
De acordo com a presidente da ONG Casa da Árvore, Leila Dias, essa é uma tecnologia social que tem o objetivo de ajudar comunidades escolares a repensarem de maneira inovadora o estímulo à leitura e à literatura entre os estudantes de escolas públicas brasileiras. Para isso, reúne um conjunto de práticas educativas e formativas que explora o ato da leitura integrado à ampliação de habilidades e expressão, por meio de linguagens midiáticas, como o vídeo, a imagem e o hipertexto. Dessa forma, o projeto aproxima a literatura do contexto digital, em que crianças e adolescentes constroem, hoje, sua relação com o mundo.
“É muito difícil conseguir recursos para instituições. Por isso, quando um prêmio concede esse reconhecimento, o processo torna-se recompensador, pois não se exigem metas e toda a preocupação da organização gira em torno da qualidade e humanização do trabalho”, observa a representante do trabalho vencedor.
Nesta edição do Prêmio Péter Murányi, houve recorde de inscritos, com 149 trabalhos. Segundo a presidente da Fundação Péter Murányi, Vera Murányi Kiss, também houve aumento na qualidade dos projetos. “Observamos que todos têm procurado agregar conteúdos cada vez mais consistentes, processos condizentes com a realidade contemporânea e inovação. O trabalho vencedor é um exemplo, pois acrescenta muita informação, debate e incentiva a criatividade. Conhecimento é uma necessidade e poder usar a estrutura de um projeto para melhorar a qualidade da educação é importante. Assim, é gratificante para a Fundação premiar essa iniciativa”.
Um júri composto por educadores, professores, representantes do ensino público e parceiros foi responsável por definir o projeto vencedor. O diretor do Universia, Luis Caldañas, também jurado no prêmio, salientou que “os três finalistas são trabalhos muito bons. Contudo, o vencedor tem impacto muito positivo e abrangente na difusão do acesso à leitura, que é condição fundamental para ter desenvolvimento acadêmico, desempenhar bem as atividades profissionais e possibilitar que os jovens se tornem universitários. Apenas 15% dos estudantes de Ensino Médio chegam à universidade. Muitas vezes, é por deficiência em matérias básicas, como matemática e português, que muitos não conseguem o acesso. Iniciativas como o Prêmio Péter Murányi são decisivas, principalmente devido à dimensão da carência educacional ser tão grande. Trata-se de uma contribuição fundamental para o desenvolvimento da sociedade”.
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