A doença do corpo físico origina-se de enfermidades da Alma, iniciadas no âmbito dos sentimentos. Tudo que plasmamos de bom ou de mau, de feio ou de belo, provém do fundo do coração, tido também na conta de sede das emoções e da consciência, daí Jesus ter dito: “Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração”... (Mateus, 5:8). Os sentimentos impelem a mente, fonte criadora, a concretizar palavras e atos.
Sentimos e automaticamente pensamos e vice-versa para, em seguida, poder falar e agir conforme nossa capacidade de escolha, de decisão, esse poder natural, inato, denominado vontade, o veículo de nossos impulsos como o ar o é das vibrações sonoras. Essa congênita capacidade do ser humano é um meio pelo qual se pode conseguir ou atingir algo e se constitui em dispositivo de engrenagem das realizações do Princípio Inteligente, ou Espírito, esteja este dentro ou fora do corpo físico.
Somos o que pensamos, o pensamento é tudo. O Espírito André Luiz referiu-se a “raio da emoção” ou “raio do desejo”, ao discorrer por analogia: “Assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, a partícula de pensamento é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá formas e natureza para o bem ou para o mal, segundo força do sentimento que o impele e o configura”. (1) Em outras palavras: Modelamos tudo em torno de nossos passos ao longo das experiências regeneradoras.
Há uma máxima paulina que diz: “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas, 6:7), numa alusão, para nós espíritas, à Lei de Causa e Efeito. Isto quer dizer nas entrelinhas: o homem é virtual causador do resultado de suas obras, ou disposição para se fazer o bem ou o mal. Somos livres para pensar, falar e agir, mas da mesma forma livres para arcar com as conseqüências de nosso procedimento.
Na obra O Evangelho segundo o Espiritismo lê-se também: “quantos homens caem por sua própria culpa!” (2), já que, em geral, tendemos à cólera e ao desânimo, em indignação prolongada, a se estender através de semanas ou de muito tempo, tornando-se hábito pernicioso de efeitos imprevisíveis. Diz mais ainda: “Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e de todos os excessos de todo gênero!”
No entanto, Deus permite-nos a cura quando pedimos socorro aos médicos da Terra ou do Espaço. Mas, não raro, obtendo alguma melhora, desprezamos o remédio ou o conselho salutar de ambos, deixamos de provê-los e voltamos a ser os mesmos de outrora. Em suma: perdem-se as energias restauradas, desperdiça-se a receita médica do corpo ou da alma.
Como criaturas encarnadas, e desencarnadas, ainda não cogitamos da verdadeira cura quando das enfermidades, a hora de parar para pensar maduramente em nossa própria conduta, a chance do autoconhecimento. Ao adoecermos, pensamos, é claro, somente na cura, em nos livrar da dor; mas raramente somos capazes de exames e reexames ponderados a respeito de nós mesmos.
Se a vontade estimular o pensamento às idéias desalentadoras e inúteis, à maledicência, sobretudo ao ódio e à vingança, lutemos por reverter este desfavorável quadro clínico da alma, nos solicitam os bondosos Espíritos. Eles nos aconselham a mudança de vícios e maus costumes, o combate contra tais nefastas sensações psíquicas, escudados na prece da fé atuante, isto é, a das obras, segundo o apóstolo Tiago (2:17), antes que provas muitíssimo dolorosas nos apanhem em cheio de improviso. É por isso que Jesus disse após realizar uma cura (João, 5:14): “Não peques mais para que não te suceda coisa pior”!
Referências:
(1) XAVIER, Francisco C., Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, 5. ed. Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira (FEB), 1958. Capítulo cap. 13, p. 100.
(2) KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, 62. ed. São Paulo, Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001, capítulo 5º, item 4, p. 0000.
Sentimos e automaticamente pensamos e vice-versa para, em seguida, poder falar e agir conforme nossa capacidade de escolha, de decisão, esse poder natural, inato, denominado vontade, o veículo de nossos impulsos como o ar o é das vibrações sonoras. Essa congênita capacidade do ser humano é um meio pelo qual se pode conseguir ou atingir algo e se constitui em dispositivo de engrenagem das realizações do Princípio Inteligente, ou Espírito, esteja este dentro ou fora do corpo físico.
Somos o que pensamos, o pensamento é tudo. O Espírito André Luiz referiu-se a “raio da emoção” ou “raio do desejo”, ao discorrer por analogia: “Assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, a partícula de pensamento é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá formas e natureza para o bem ou para o mal, segundo força do sentimento que o impele e o configura”. (1) Em outras palavras: Modelamos tudo em torno de nossos passos ao longo das experiências regeneradoras.
Há uma máxima paulina que diz: “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas, 6:7), numa alusão, para nós espíritas, à Lei de Causa e Efeito. Isto quer dizer nas entrelinhas: o homem é virtual causador do resultado de suas obras, ou disposição para se fazer o bem ou o mal. Somos livres para pensar, falar e agir, mas da mesma forma livres para arcar com as conseqüências de nosso procedimento.
Na obra O Evangelho segundo o Espiritismo lê-se também: “quantos homens caem por sua própria culpa!” (2), já que, em geral, tendemos à cólera e ao desânimo, em indignação prolongada, a se estender através de semanas ou de muito tempo, tornando-se hábito pernicioso de efeitos imprevisíveis. Diz mais ainda: “Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e de todos os excessos de todo gênero!”
No entanto, Deus permite-nos a cura quando pedimos socorro aos médicos da Terra ou do Espaço. Mas, não raro, obtendo alguma melhora, desprezamos o remédio ou o conselho salutar de ambos, deixamos de provê-los e voltamos a ser os mesmos de outrora. Em suma: perdem-se as energias restauradas, desperdiça-se a receita médica do corpo ou da alma.
Como criaturas encarnadas, e desencarnadas, ainda não cogitamos da verdadeira cura quando das enfermidades, a hora de parar para pensar maduramente em nossa própria conduta, a chance do autoconhecimento. Ao adoecermos, pensamos, é claro, somente na cura, em nos livrar da dor; mas raramente somos capazes de exames e reexames ponderados a respeito de nós mesmos.
Se a vontade estimular o pensamento às idéias desalentadoras e inúteis, à maledicência, sobretudo ao ódio e à vingança, lutemos por reverter este desfavorável quadro clínico da alma, nos solicitam os bondosos Espíritos. Eles nos aconselham a mudança de vícios e maus costumes, o combate contra tais nefastas sensações psíquicas, escudados na prece da fé atuante, isto é, a das obras, segundo o apóstolo Tiago (2:17), antes que provas muitíssimo dolorosas nos apanhem em cheio de improviso. É por isso que Jesus disse após realizar uma cura (João, 5:14): “Não peques mais para que não te suceda coisa pior”!
Referências:
(1) XAVIER, Francisco C., Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, 5. ed. Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira (FEB), 1958. Capítulo cap. 13, p. 100.
(2) KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, 62. ed. São Paulo, Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001, capítulo 5º, item 4, p. 0000.
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