segunda-feira, 24 de julho de 2017

COBRANÇA INDEVIDA

COBRANÇA INDEVIDA - Equipe Momento Espírita




Depois de um dia de caminhada pela mata, mestre e discípulo retornavam ao casebre, seguindo por longa estrada.
Ao passarem próximo a uma moita de samambaia, ouviram um gemido.
Verificaram e descobriram um homem caído.
Estava pálido e com uma grande mancha de sangue, próxima ao coração.

Tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência.
Como muita dificuldade, mestre e discípulo o carregaram para o casebre rústico, onde viviam.
Lá trataram do ferimento.

Uma semana de pois, já restabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e que ao reagir fora ferido com uma faca. Disse também que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse.
Disposto a partir, o homem disse ao sábio: “Senhor, muito lhe agradeço por ter salvado a minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti.”
O mestre olhou fixo para o homem e disse: “Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz.”
O homem ficou assustado e disse: “Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!”
Com serenidade, tornou a falar o sábio: “Se não pode pagar pelo bem que recebeu, com que direito quer cobrar o mal que lhe fizeram?”
O homem ficou confuso e o mestre concluiu: “Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que aconteçam em sua vida, pois a vida pode lhe cobrar tudo de bom que lhe ofereceu.”
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Todos os dias somos aquinhoados com centenas de bênçãos.
A primeira, é a própria oportunidade de tornar a abrir os olhos no corpo físico.

Depois, a oportunidade de encher os pulmões de ar.
Ar que nos é dado pela Divindade.

A bênção do alimento que nos nutre o corpo. Alimento que extraímos da terra generosa, bastando que nela plantemos a semente.
A bênção do trabalho que nos permite o desenvolvimento das nossas habilidades, o progresso, a aquisição de bens materiais que nos são necessários.
Enfim, o digno sustento próprio e dos que nos constituem responsabilidade.
A bênção da religião, que nos fortalece o espírito, dando-nos conhecimento de existência de um Deus Pai, que dirige os nossos destinos e guarda a nossa vida.
A bênção da família, dos amigos, dos colegas, dos animais de estimação.
Cada qual, a seu modo, nos oferta, a cada dia, seu caminho, sua devoção, enriquecendo as nossas horas.
Pense, enfim, nas bênçãos que todos os dias você recebe, sem esforço algum.
Você não precisa acender o sol, nem pedir a ele que apareça.
Ele simplesmente vem e lhe dá calor, luz e vida.

Você não necessita acionar botão algum para que o vento amigo se manifeste nos dias de ardência.
Ele simplesmente vem.
Balança o arvoredo, espanca nuvens borrascosas, limpa o céu e ainda brinca de desarrumar os seus cabelos.

Você não precisa suplicar ao botão para desabrochar.
Ele arrebenta em perfume e colorido para o seu deleite.

Você não precisa suplicar aos pássaros que encham de sons o dia.
Eles aparecem e brindam seus ouvidos com a variedade infinita de seus trinados e cantorias.

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Por tudo isso, pense: que direito você tem de tomar contas a quem quer que seja, por algo ruim que lhe tenha feito, ante um débito tão grande para com a divindade que tudo vê, provê, sem exigência alguma?
Pense nisso!"

*Fonte: Equipe de redação do Momento Espírita, com base em estória de autoria ignorada.
*Publicação: Mensagem Espírita   http://www.mensagemespirita.com.br/


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