sexta-feira, 13 de março de 2015

O PAPEL DA ESCOLA NO INCENTIVO À LEITURA.

O papel da escola no incentivo à leitura

Revista Crescer - 12/02/201
Imagine uma escola em que as crianças topam com um livro a toda a hora. Quando querem procurar algo para fazer, lá estão os exemplares, disponíveis. Se é hora de procurar informações, também estão eles lá, como opções. Para incentivar a escrita, contar histórias, eles são as estrelas. E aqui, estamos falando de literatura: uma história que faça o leitor viajar, encontrar com medos, ver suas dúvidas, dar muita risada, descobrir o mundo. E treinar muito, claro, sua capacidade de leitura, de entendimento, de prazer com o livro. E o que a escola pode fazer para ser realmente parceira nesta bela empreitada?

Leitura diária em voz alta ou em grupos
Em muitas escolas, é comum a leitura diária de história, desde o primeiro ano de vida da criança. É o momento para falar não apenas sobre a compreensão do texto, mas também sobre a sequência narrativa, a composição dos personagens, o cenário, além de chamar atenção sempre para as ilustrações. Mesmo as crianças não alfabetizadas devem ser expostas a leituras, que, neste caso podem ser compartilhadas em classe e acompanhadas de discussão do texto, dos elementos que o compõem e de análise do enredo.

Chance ao manuseio dos livros
Para que as crianças adquiram intimidade com os livros, é importante terem oportunidades de tocá-los, sem a intervenção de adultos. Fica tudo no ritmo da criança.

Acervos diversificados
Os livros devem ser diferentes, adequados à idade dos alunos, constantemente atualizados e bem conservados. As visitas à biblioteca devem fazer parte da rotina das crianças e, no local, é importante haver um profissional capaz de orientar os alunos e estimular a leitura de obras adequadas.

Os livros deles
Para as crianças, a possibilidade de levarem para a escola seus livros preferidos é um grande estímulo. Muitas escolas incentivam a prática, lendo em sala os livros dos alunos. Isso fará com que eles com compartilhem com os amigos e, quem sabem, emprestem um para o outro.

Pais como parceiros
As escolas devem chamar os pais como aliados no estímulo à leitura. Podem ser indicações em conversas, via internet ou em reuniões. Ou colocar livros à disposição na escola e convidar os pais a conhecer o acervo.

Visita de autores
Encontros com autores são positivos para as crianças adquirirem maior intimidade com seus livros, histórias e personagens e perceberem que criar histórias é inclusive uma profissão. Mas a escolha precisa ser bem cuidada: de preferência, deve partir – ou pelo menos ser muito bem aprovada – pelas crianças. E nada de limitar as crianças a conhecerem apenas os autores que vão às escolas. O bacana é que a oferta seja ampla, ver o que agrada e aí sim contatar as editoras.

Professores leitores e atualizados
Para atuar na formação de novos leitores, ninguém melhor do que professores leitores. Deve fazer parte do pré-requisito deles ser um leitor ativo. E promover grupos de leitura entre professores, como parte de um projeto de formação continuada, deve fazer parte da dinâmica da escola.

Leituras obrigatórias
As leituras obrigatórias parecem ser um recurso inevitável, já que as crianças precisam vivenciar determinadas experiências literárias ao longo da vida escolar. A escola deve procurar, no entanto, fazer dessa prática algo prazeroso para a criança. A leitura obrigatória pode fazer parte de um bom instrumento pedagógico, permitindo que as crianças apresentem seus pontos de vista, diferentes interpretações e opiniões. Quando for hora de apresentar os clássicos da literatura brasileira e mundial, o empenho em “conquistar” este novo leitor deve continuar, principalmente porque muitos destes livros apresentam linguagem mais elaborada, abordam assuntos complexos que podem até exigir explicações paralelas sobre fatos históricos, por exemplo.

Nada de mensagens obrigatórias
Livro não tem uma única interpretação, uma mensagem absoluta, muito menos obrigatória. O importante é ter a liberdade para entender.

FONTES: Elizabeth Serra, da FNILJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), Maria Cecilia Materon Botelho da SEE-SAW/Panamby Bilingual School, Maria de Remédios Ferreira Cardoso, da Educação Infantil da Escola Móbile (SP), Paula Ruggiero, da escola Grão de Chão (SP), Peter O’ Sagae, leitor crítico e editor do site Dobras da Leitura, Sueli Cagneti, professora de Literatura Infantil e Juvenil da Universidade da Região de Joinville (SC)

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