Recordo-me de que, há muito tempo, uma mãe aflita, ao debruçar-se-lhe sobre os ombros, indagou em lágrimas:
"Chico, o que vou fazer agora da minha vida?! ... Perdi os meus filhos, Chico, num desastre ... Morreram os dois ... A minha dor é terrível ... Estou desesperada ..."
O episódio nos comovia a todos, no "Grupo Espírita da Prece", em Uberaba.
Fitando-a com os olhos igualmente repletos de lágrimas, o incansável servo do Cristo lhe respondeu:
-"Filha, o nosso Emmanuel sempre me diz que a aceitação de nossos problemas, sejam eles quais forem, representa cinqüenta por cento da solução dos mesmos; os outros cinqüenta por cento vêm com o tempo... Tenhamos paciência e fé, pois não estamos desamparados pela Bondade Divina."
Bastou que ouvisse estas palavras do Chico, para que aquela senhora se acalmasse em uma cadeira próxima, começando a refletir sobre os Desígnios de Deus.
De nossa parte, ficamos também, em silêncio, a meditar na grandeza da lição daquela hora, a respeito da aceitação do sofrimento, perguntando a nós mesmos quantas dores maiores poderíamos evitar, se nos resignássemos antes as dores aparentemente sem remédio que nos visitam no cotidiano...
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