Há 21 anos o Brasil chorava a morte de AIRTON SENNA DA SILVA.
AYRTON SENNA DA SILVA
BIOGRAFIA
Senna é um dos maiores ídolos do esporte brasileiro e sua morte deixou um legado dentro e fora das pistas.
Ayrton Senna da Silva, ou simplesmente Senna, foi um piloto de Fórmula 1 das décadas de 80 e 90 e maior ídolo brasileiro do automobilismo. Nasceu em São Paulo, no dia 21 de março de 1960, e morreu de maneira trágica em 1º de maio de 1994, após colidir com uma mureta de proteção no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola. Seu velório foi um dos mais marcantes da história do Brasil, durou cerca de 22 horas e foi acompanhado por aproximadamente 240 mil pessoas.
A carreira de Senna no automobilismo começou como a da maioria dos pilotos: no kart. Aos 14 anos, conquistou seu primeiro título, o Paulista de Kart de 1974, conquista que se repetiu em 1976. No kart, também foi campeão brasileiro em 1978, 1979 e 1980 e sul-americano em 1977 e 1980. No início da década de 80, mudou-se para a Europa para competir na Fórmula Ford, tornando-se bicampeão (1981 e 1982) e conquistando o título em 1983 na Fórmula 3 Britânica.
Os feitos de Ayrton guiando monopostos chamou atenção das equipes de Fórmula 1 e, em 1983, ele foi convidado para testar o carro da equipe Williams, uma das maiores da categoria. Senna bateu o recorde do carro na pista de Donington Park e deixou todos “perplexos”, palavras de Frank Williams, chefe da equipe na época. Por triste coincidência, Senna morreria guiando uma Williams 11 anos depois.
Senna estreou na Fórmula 1 em 1984, guiando uma Toleman. Mesmo em uma equipe de pequena para média, terminou o seu primeiro campeonato na nona colocação, com um segundo lugar no tradicional GP de Mônaco. Nos três anos seguintes, competiu pela Lotus, uma equipe maior, conquistando a quarta colocação em 1985 e 1986 e a terceira em 1987. Pela Lotus, conseguiu seis vitórias, a sua primeira no GP de Portugal de 1985.
Tricampeão
A fase áurea de Senna começou quando ele se transferiu para a equipe McLaren (1988 a 1993), a melhor da época. No carro vermelho e branco, ele conquistou três campeonatos (1988, 1990 e 1991) e 35 vitórias. Nos seus dois primeiros anos no novo time, foi companheiro de equipe do francês Alain Prost, considerado seu maior rival na F1. A rivalidade entre Senna e Prost fez aumentar a audiência da categoria e muitos brasileiros acordavam cedo no domingo para acompanhar o já ídolo do esporte. Os dois pilotos trocaram farpas algumas vezes, mas hoje Prost é um dos principais colaboradores do Instituto Ayrton Senna, ONG que desenvolve projetos educacionais para crianças.
Herói nacional
As vitórias e ações de Senna o fizeram se tornar um herói nacional. No final da década de 80, o Brasil havia recém-saído da ditadura e passava por um momento econômico difícil. A renda per capita declinou e o percentual de brasileiros na linha da pobreza havia aumentado. O brasileiro não tinha muito do que se orgulhar, mas Senna fazia questão de afirmar sua nacionalidade e desfilava com a bandeira nacional em suas vitórias. Esses gestos e a exploração da imagem de Senna pela TV contribuíram para a construção de um arquétipo de herói nacional.
Morte
A partir de 1992, a equipe Willams passou a ter um desempenho superior a McLaren, e Senna viu diminuir suas chances de conquistar outros títulos. Por isso, em 1994, mudou para a Willams e tornou-se novamente o favorito ao título. Para seu azar, não conseguiu terminar as duas primeiras corridas. Na terceira etapa, liderava o GP de San Marino quando seu carro saiu da pista na curva Tamburello e chocou-se com uma mureta de proteção a quase 300 km/h. Com a batida, uma das rodas atingiu o capacete do piloto brasileiro, afundando parte do seu crânio.
Legado
O acidente de Senna é um dos episódios mais tristes da história do esporte, mas sua morte foi responsável por uma revolução na segurança da Fórmula 1. O falecimento de Senna foi o último de um piloto na categoria, mesmo ocorrendo vários acidentes piores depois. Fora das pistas, o Instituto Ayrton Senna beneficia cerca de 2 milhões de crianças por ano.
Por Adriano Lesme
Coordenador Editorial
Coordenador Editorial
Nenhum comentário:
Postar um comentário