terça-feira, 5 de maio de 2015

MARECHAL RONDON É LEMBRADO EM SÃO PAULO

Patrono das Comunicações: Marechal Rondon é lembrado em evento em São Paulo

     
Os 150 anos do nascimento de Cândido Mariano da Silva, mais conhecido como Cândido Rondon ou Marechal Rondon, serão motivos de homenagem em São Paulo. Marcado para esta terça-feira, 5, no Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), um evento vai falar sobre a vida e obra do Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro.
c-rondonQuem vai cuidar do debate será Maurício Melo de Meneses, pesquisador e biógrafo do Marechal Rondon e presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie. O encontro vai falar desde o nascimento de Rondon, em Mato Grosso, suas ações que envolvem a instalação de 32 estações telegráficas nos 1.497 km da linha principal e nos 736 km de ramais, sua atuação nas terras indígenas, até o momento em que recebeu o título de patrono, sendo a data de seu nascimento comemorada como o Dia Nacional das Comunicações.
Além da conversa, neste ano, os Correios lançarão um selo comemorativo em homenagem ao militar brasileiro. O evento no CHCM está marcado para as 17h de terça-feira, 5.
Biografia Marechal Rondon
Nascido em Mimoso, interior de Mato Grosso, o menino descendente de índio ficou órfão de pai antes de chegar ao mundo e perdeu a mãe com apenas dois anos. Além dos cuidados dos avós, o garoto ficou sob a tutoria de seu tio, Manoel Rodrigues da Silva Rondon, que sempre o estimulou a estudar.
Foi o tio que sugeriu ao menino, formado professor aos 16 anos, que seguisse carreira no Exército brasileiro. As indicações de Manoel também renderam uma formação diversificada em matemática, antropologia, geografia e etnologia, que ajudaram Rondon a construir uma carreira cientifica ao longo de sua vida.
Em um período em que o país tinha grande concentração populacional nas regiões litorâneas, Rondon foi fundamental para desbravar e apresentar as regiões Centro-Oeste e Norte aos demais brasileiros.
Entre as ações de Cândido Rondon estão à instalação de 32 estações telegráficas nos 1.497 km da linha principal e nos 736 km de ramais e o levantamento geográfico de mil quilômetros lineares de terras e de águas. Ele determinou mais de duzentas coordenadas geográficas, inscreveu no mapa do Brasil 15 novos rios e corrigiu enganos sobre o curso de outros tantos. Ao todo, o trabalho de Rondon resultou em mais de cinco mil quilômetros de linhas telegráficas e estradas.
Ao longo deste percurso, o militar teve contato com inúmeras tribos indígenas que foram pacificadas de maneira organizada e harmoniosa, pois Rondon tinha por lema “Morrer se preciso for. Matar nunca”. O trabalho dele gerou a criação do Dia do Índio (19 de abril), a estruturação do Parque Nacional do Xingu e o desenvolvimento da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Os feitos de Cândido Rondon chegaram a terras distantes de tal forma que Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos veio ao País para participar, com o colega brasileiro, de uma expedição de pesquisa científica cuja missão era coletar amostras da fauna e da flora da Região Amazônica. Esta aventura completou 100 anos e foi iniciada pela vontade do próprio Roosevelt, que buscava uma vivência na floresta tropical após perder as eleições norte-americanas que lhe dariam um pretendido terceiro mandato.
Nesta expedição, Theodore escreveu “Nas selvas do Brasil” onde conta a história desta viagem e fala do temperamento de Rondon, que descreve como um “grande conciliador”.
O perfil de Cândido Rondon também cativou outras personalidades. Entre elas, o físico Albert Einstein teve contato com o trabalho do brasileiro em 1925, quando passou 51 dias na América Latina. Embora o cientista não tenha gostado muito do Brasil, fez uma carta de próprio punho ao comitê do Prêmio Nobel, na qual afirma e recomenda: “Esse homem deveria receber o Nobel da Paz por seu trabalho de absorção das tribos indígenas no mundo civilizado, sem o uso de armas ou violência. Ele é um filantropo e um líder de primeira grandeza”.
Infelizmente Rondon não ganhou o prêmio e a correspondência de Einstein só foi descoberta em 1994, pelo professor Alfredo Tiomno Tolmasquim, pesquisador brasileiro em Jerusalém.
No ano de 1955, o Congresso Nacional conferiu a ele a patente de marechal, e no ano seguinte, o então Território Federal de Guaporé, passou a ser chamado de Rondônia em homenagem ao seu desbravador. Aos 92 anos, Rondon faleceu, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958.

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