sexta-feira, 31 de março de 2017

DO ÁTOMO AO ARCANJO.

DO ÁTOMO AO ARCANJO

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DO ÁTOMO AO ARCANJO
Do átomo primitivo ao arcanjo
A evolução das espécies, negada e combatida pelas religiões tradicionais, devido à má interpretação do Génesis, de Moisés, tem na Doutrina Espírita uma aliada, porquanto o Espiritismo a compreende e a propaga. No entanto, ele não está de maneira nenhuma de mãos dadas com a Biologia dos materialistas. Esta diz que no mecanismo evolutivo não há participação do fator espiritual, tudo sendo presidido pelo acaso.
A Embriologia mostra-nos uma prova segura da evolução do homem. Durante a formação do organismo físico no cadinho materno, o Espírito recorda as experiências que passou na filogênese: de início, o ovo correspondendo a uma ameba; depois as fases embriológicas comuns aos répteis e às aves. É a ontogenêse repetindo a filogênese.
O Espiritismo nos ensina que a evolução se processa nos dois planos da Criação: o espiritual e o físico, havendo sempre interdependência de ambos.
Há na evolução a presença de um fator espiritual dinâmico e atuante, responsável pelas expressões morfogenéticas do seres e que orienta também os átomos dos minerais, dos vegetais e de todos os animais. Diz um poeta do Espiritismo: "A alma dorme na pedra. Sonha na planta. Espreguiça-se no animal. Acorda no homem". Portanto, o princípio inteligente, potente chama divina, evolui em todos os reinos da Criação, em constantes experiências e embates milenários.
A respeito da evolução em toda a Criação nos diz a Espiritualidade: "... tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que começou também por ser átomo." ("O Livro dos Espíritos", questão 540)
No mineral, o princípio evolutivo é responsável pelo comando de forças de atração e coesão; no vegetal, possibilita a sensibilidade, já do conhecimento da Ciência; no animal, gera os instintos e começa a exercitar sua individualização, iniciando seu desligamento gradativo da alma-grupal. Na alma-grupal, o animal executa os atos instintivos da espécie, sem possibilidade de análise. Temos o exemplo das formigas e abelhas, que desenvolvem um trabalho complexo e maravilhoso. Chegado à esfera humana, o princípio inteligente guarda, ainda, resquícios do passado distante. Temeroso e, ao mesmo tempo, ansioso por esse passo, em direção ao futuro, o homem ainda claudica na sua individualidade, tanto que a solidão é o maior sofrimento que a alma nesse estágio experimenta.
Daí, o homem ser no presente um ser gregário. Essa experiência é muito bem explanada neste trecho, de uma das obras do grande escritor português, Eça de Queiroz: "... E é impossível não sentir uma solidariedade perfeita entre esses imensos mundos e os nossos pobres corpos. Todos somos obra da mesma vontade. Todos vivemos da ação dessa vontade imanente. Todos, portanto,... constituímos modos diversos de um Ser único, e através das suas transformações somamos na mesma unidade. Não há idéia mais consoladora do que esta — que eu, e tu, e aquele monte, e o sol que agora se esconde, somos moléculas do mesmo todo, governadas pela mesma lei, rolando para o mesmo fim. Desde logo se somam as responsabilidades torturantes do individualis¬mo. Que somos nós? Formas sem força, que uma força impele. E há um descanso delicioso nesta certeza, mesmo fugitiva, de que se é o grão de pó irresponsável e passivo que vai levado no grande vento, ou a gota perdida na torrente!" ("A Civilização") Conforme o homem vai subindo na escala evolutiva, vai aprofundando-se à procura da essência divina (Cristo Interno) que lhe dá a vida, tornando-se feliz, conquistando a paz, "a que o mundo não pode dar" (João 14:27). Goza da paz por excelência, que provém do âmago do Ser. A mesma vivida por Francisco de Assis, inteiramente harmonizado com as coisas da Natureza, que tanto amou.
Hoje, a não ser a oposição de grupos religiosos ortodoxos, todos aceitam a evolução e não combatem a crença de que o homem provém fisicamente do animal antropóide.
Em relação ao ponto de vista espiritual, Paulo nos diz que o espírito reencarnado (Adão) é alma vivente. Depois da evolução processada, transformar-se-á no último Adão, espírito já evoluído, portanto, espírito vivificante (1 Co. 15:45), não necessitando mais de reencarnação na Terra. E continua Paulo: "O primeiro homem, formado na Terra, é terreno; o segundo homem é do céu" (1 Co. 15:47).
Paulo, na mesma Epístola, afirma: "Porque é necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade" (1 Co. 15:53). É a evolução que se processa na Carne através da reencarnação, espelhando a bondade e a justiça de Deus.
Jesus encerrou seu diálogo com Nicodemos, dizendo: "Ora, ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, a saber, o Filho do homem. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê, tenha a vida futura" (João 3:13-15).
Diz o querido e saudoso Pastorino: "Os 'apocalipses' ou 'revelações' dos judeus narram histórias de santos varões que haviam subido a mundos 'mentais' conscientemente: esses homens eram denominados 'serpentes'. Nesse sentido é que Moisés 'elevou a serpente' no deserto. De fato, a serpente simboliza a inteligência racional ou intelecto (veja episódio de Adão, quando conquistou o intelecto por meio da serpente), mas quando a serpente é 'elevada' verticalmente, significa a mente espiritual. Sua elevação se dá na 'cruz da matéria' (horizontal sobre vertical) e só depois de elevada na cruz, pode essa serpente conquistar o Reino dos Céus. Todos os que acreditaram nele (que cumprirem seus ensinos) conseguirão a 'vida futura', isto é, a vida espiritual superior.
"Se conseguirmos vencer tudo aquilo que nos oprime, nos castiga e nos escraviza, na vida física, estaremos aptos a viver não mais no reino humano, e sim, no reino celestial. Também para consegui-lo, é preciso ter sido 'suspenso', como a serpente de Moisés; é indispensável passar por todas as crucificações da Terra, por todas as iniciações duras e difíceis, dando testemunho da fé em Cristo, ao VIVER seus ensinamentos". ("Sabedoria do Evangelho") (O grifo é do autor).
Que possamos, realmente, enfrentar o mundo fora e dentro de nós, tendo o Cristo ao nosso lado, vivenciando todos os Seus ensinamentos, e exortando-nos ao crescimento espiritual nos embates dolorosos da evolução do espírito. E que não nos maravilhemos apenas com as coisas espirituais; é necessário muito esforço e, também, renúncia para chegarmos até o cume da elevação espiritual, ao lado do Cristo, quando ouviremos em nosso íntimo as palavras do Pai: "...Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado..." (Lucas 15:24).
Américo Domingos Nunes Filho
Comunidade Espírita

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