quinta-feira, 27 de março de 2014

ELY PASCHOALICK E A EDUCAÇÃO.

Contra o Projeto de Lei 267-11

A educadora Elypaschoalick critica e condena o Projeto de Lei 267/11, pois segundo ela, “Abre-se mais uma porta para a saída (exclusão – retirada) dos estudantes do sistema escolar e desta vez a porta dá diretamente na cadeia”


Fico indignada quando percebo políticos de nosso país legislando punitivamente em educação. No lugar de irem à causa vão na punição dos efeitos e cumprindo este paradigma filosófico tramita na Câmara dos Deputados  o projeto de Lei 267/11 que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.
A escola não necessita de força extra para colocar ordem e decência, a escola necessita de estrutura educacional para formar cidadãos com ordem e decência. A escola não necessita de novas regras, já existe o regimento escolar que prevê suspensão o que aliás, se torna, pela minha observação prática de mais de 40 anos de cátedra, um prêmio e um troféu ao aluno, que sem identidade positiva no ambiente escolar, só lhe resta “comemorar” seus feitos exibindo o troféu da suspensão e o slogan: “não tô nem aí”, que já foi até cantado nas paradas de sucesso deste país continental.
De acordo com a autora e relator do projeto de lei 267;11,”a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente”. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.
É muito mais momento de reflexão do que de emissão de leis repressivas. Que a escola não vai bem, isto é posto. Pais, filhos, profissionais, estão todos infelizes dentro destas instituições. Mas sinceramente, quando a comunidade está descontente e a liderança impõe regras repressivas me “cheira” à ditadura. Voltamos a ela nas instituições que deveriam ser a vanguarda da democracia e conquista da autonomia?
Quero finalizar este artigo transcrevendo uma frase da educadora Maria Montessori quando se negou a dar entrevistas  sobre educação  na Itália dominada pelo ditador Mussolini: “Os pequenos abusos de poder legitimam os grandes” . Será que é por este motivo que os políticos brasileiros inspiram e aprovam abusos de poder como é este projeto de lei 267/11?

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Sobre Coluna Educação

Ely Paschoalick é educadora e consultora em comportamento humano, nascida em Batatais - SP. É a terceira filha dos educadores sociais Guilherme Paschoalick e Maria Alzira Corrêa Paschoalick. Ely é avó de cinco netos Eduardo, Fernando, Roberto, Nikolas e Guilherme. É mãe de Tatiana Cristina, Vanessa Cristina e Moisés Guilherme. Paschoalick realiza palestras por todo o Brasil; atende consultas de orientação às crianças, jovens, pais, professores, supervisores e demais envolvidos no processo educacional; presta consultoria educacional aplicada em escolas e consultoria organizacional a empresas de prestação de serviço, comércio e indústria. É mediadora do programa "Concentração Training" cujos exercícios ampliam o poder de: Observar! Analisar! Perceber! Comparar! Sintetizar! Concluir! E auxiliam o aluno a desenvolver uma autoestima positiva. Ely é colunista de vários sites e constantemente está na mídia regional do Triângulo Mineiro -onde reside- que carinhosamente a chama de "Super Nany do Cerrado”. Ely Paschoalick possui formação em Administração Escolar, com especialização em consultoria Organizacional e Educacional. Atua profissionalmente desde 1968 tendo ministrado palestras, cursos e consultas para mais de 30 mil pessoas atendendo consultas a alunos de todas as idades, pais e educadores.

Um comentário:

  1. Uma das coisas que tira o respeito dos alunos pelos professores é quando ocorre ameaças do tipo: vou te mandar para sala da diretora. Ou vou chamar seus pais.
    Esse tipo de conduta mostra que o professor não tem poder, pois precisa chamar alguém "maior".

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