Fã de 'Odisseia', de Homero, menino de 10 anos lança na Flip primeiro livro
G1 - 04/08/2014Fã assumido de autores clássicos e com mais de 150 obras na estante, o escritor Antonio P. Ventura, de dez anos, lançou seu primeiro livro neste sábado (2), no Curto Circuito Off Flip, atração realizada em paralelo à 12ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). "Toninho, o Poeta A-Ventura" é uma coletânea de poesias do menino, que vive em Mococa (SP).
"Fui escrevendo um poema, escrevendo um poema, escrevendo um poema... Aí, depois, a gente fez uma compilação de todos os poemas. A gente juntou 12 de todos que escrevi e fez esse livro", diz Toninho, como prefere ser chamado.
“Comecei a escrever porque toda vez que lia um livro, me sentia dentro da história. Aí eu pensei: ‘Ah, eu também quero que as pessoas sintam a mesma coisa com algo que eu escrevi’ ”.
De acordo com o jovem escritor, seu primeiro texto foi elaborado quando tinha apenas cinco anos, pouco depois de aprender a escrever, aos quatro e meio. Aos seis, leu um de seus livros prediletos: o poema "Odisseia", de Homero, que divide o posto de favorito ao lado de "Frankenstein", de Mary Shelley. Além dessas, que Toninho que diz ter lido em versões com texto integral, ele já leu obras como "Ilíada", também de Homero, "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, e agora está lendo "Moby Dick",de Herman Melville.
Assim como lê poemas e romances, o menino revela que tem vontade de escrever os dois. Conta que tira inspiração de "coisas cotidianas, como o sol, a lua, a chuva..." e da mitologia e que a família sempre o motivou a escrever.
"Me ajudou muito, sem ela eu nem sei se estaria aqui lançando esse livro. Ela falava: ‘Toninho, vai e escreve para exercitar. Toninho, escreve um poema como exercício para a escrita’. Acho que sem minha família, que sempre me ajudou, sempre me fez companhia, eu não estaria aqui".
O pai de Toninho, Antonio Ventura, também é escritor e lançou, ao lado do filho, seu segundo livro: "O Guardador de Abismos". O menino, ele garante, é motivo de orgulho.
"Hoje a gente tem a felicidade de ver que o Toninho já está fazendo até uma literatura com uma certa maturidade. É muito bom", elogia.
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