segunda-feira, 18 de agosto de 2014

OUVE A TUA CONSCIÊNCIA.

OUVE A TUA CONSCIÊNCIA 

JOANNA DE ÂNGELIS

OUVE A TUA CONSCIÊNCIA

A Lei de Deus está escrita na consciência da criatura humana.

Essa lúcida contestação dos Mentores da Humanidade ao codificador do Espiritismo, Allan Kardec, abre espaço à Psicologia para melhor entender os conflitos e os comportamentos complexos que enfrenta.

Para que a consciência possa contribuir saudavelmente em favor da conduta humana torna-se indispensável o hábito da reflexão, a fim de que os níveis primários em que se apresenta ceda lugar à iluminação em estágio mais avançado.

É compreensível que o Espírito em condições aflitivas tenha dificuldade de identificar a Lei de Deus nele ínsita. Porque predomina a matéria, as sensações mais grosseiras na sua existência, permanece como solo crestado que não permite à semente nele plantada romper-lhe a couraça, facultando que desabrochem as potências adormecidas.

Em razão da sensualidade e dos apegos aos prazeres imediatos e desgastantes, continua em germe a essência divina nos refolhos dessa área superior da psique – a consciência.

O hábito, porém, de silenciar a ansiedade e os tormentos íntimos, de buscar entender-lhes a procedência e a presença nos painéis mentais, faculta perceber os conteúdos de que se constituem, para discernir com segurança o que é edificante e o que lhe é prejudicial.

Acostumado a agir por impulsos, quase automáticos, dá vigor à natureza animal de que se reveste, quando deveria promover a espiritual, que germina e avança atraída pelo Deotropismo no rumo da plenitude.

Condicionamentos impostos pelos instintos básicos que governam a existência na sua fase inicial de desenvolvimento intelecto-moral, à medida que adquire conhecimentos para a lógica existencial, experiência os lampejos da consciência digna que libera a Lei de Deus, que está sintetizada no amor.

Na razão direta em que o amor sobrepõe-se à violência e aos fatores da agressividade, mais valiosos contributos são cedidos com o consequente enriquecimento de paz e de alegria de viver.

Ninguém existe destituído de consciência, exceção feita àqueles que expiam graves delitos em renascimentos assinalados pelas limitações e deformidades cerebrais...

Todos os seres que pensam dispõem do auxílio da consciência para fazer o que pode e deve, sempre quando se lhe torne lícita a realização.

A acomodação defluente da preguiça mental em alguns indivíduos impedem-no de avançar nos comportamentos corretos.

Deus, a todos os Seus filhos concedeu consciência do dever, que proporciona as habilidades indispensáveis à conquista da iluminação.

Essa sublime herança vincula todos os membros da Criação ao Genitor Celeste.

Ouve a tua consciência sempre que te encontres em conflito, em dificuldade de definir rumos e comportamentos adequados.

Reflexiona em silêncio e com calma, permitindo que a inspiração superior seja captada e o discernimento te aponte a melhor conduta a seguir.

Evita o costume doentio de transferir para os outros a tarefa de decidir por ti, de viver sob os conselhos dos demais como se fosses um parasita psíquico.

Liberta-te do morbo da queixa e desperta para entender que todos sofrem, têm problemas, mesmo que os não demonstrem, porque a sabedoria que possuem ao aconselhar é resultado dos caminhos percorridos, das aflições superadas e dos testemunhos ultrapassados.

Por outro lado, evita o costume de aconselhamentos e de orientações, de narrar as tuas vivências, como se fossem as mais importantes do mundo.

O que hajas vivenciado é importante para ti e nem sempre será regra geral de bom proceder para todos.

Cada ser humano é uma unidade muito complexa e especial, que faz parte da unidade universal, com as características próprias e as conquistas positivas e negativas adquiridas.

Quando delegas a outrem aconselhar-te, não estás disposto realmente a seguires a diretriz que te seja oferecida. Normalmente, buscas conselhos e bengalas psicológicas até encontrares o que realmente gostaria que te dissessem aquilo que te é agradável e compensador. Esse comportamento inconsciente é uma forma autodefensiva, porque aquilo que te venha a acontecer não será somente de tua responsabilidade.

O crescimento intelectual, assim como o de natureza moral, é trabalhado continuamente, sem interrupção nem saltos gigantes.

A cada momento uma conquista nova, um descobrimento que se incorpora aos conteúdos arquivados na mente.

Permitindo-te ouvir a consciência, serás inspirado à oração que te fortalecerá o ânimo e te auxiliará a fruir paz.

Quanto mais auscultes a consciência e exercites a reflexão do pensamento, mais se expandirão as possibilidades e os registros legais se te farão claros e lúcidos, e te auxiliarão na conquista da felicidade e da harmonia interior, estimuladoras para os avanços a níveis superiores da evolução.

Não te detenhas, pois, em queixumes e rogativas de orientação, como se estivesses desequipado dos instrumentos para alcançar a vitória sobre as circunstâncias e provações necessárias.

Confia em Deus, na proteção dos teus Amigos espirituais e também nos teus valores, esses que vens amealhando durante a reencarnação.

Jesus, que é o Guia da Humanidade, sempre buscava a solidão para reabastecer a consciência com a Lei de Deus, e permanecer como o amor na expressão máxima que se conhece, mesmo quando não amado.

Não tenhas sofreguidão para tudo resolver sem pensar, sem aprofundar a concentração.

Diante de todo e qualquer aconselhamento que peças e recebas, não deixes de consultar a tua consciência.


pelo Espírito Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 17 de março de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, Bahia. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=371

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