Rubens foi a voz de Gerson na leitura da mensagem.
(Lançamento do Acervo Memória Campanhense: Fala de Gerson Serrano Ribeiro, em nome do Conselho Gestor)
Senhoras
e Senhores
Estamos
aqui reunidos, nesta noite festiva, para testemunharmos este importante marco
na nossa história, dia em que Campanha se torna a primeira cidade de Minas
Gerais, senão a primeira do Brasil, a escrever, na formatação que lhes será
apresentada, a sua história nas páginas do mundo cibernético com o lançamento
do acervo MEMÓRIA CAMPANHENSE.
Relembrando
nosso historiador campanhense, Monsenhor José do Patrocínio Lefort, que, na
apresentação de seu livro CIDADE DA CAMPANHA, (Editado
em 1972, em BH, pela Imprensa Oficial)
recorreu à fala de S.S. o Papa Paulo VI, que em 1967, recebia os membros do
Comitê Internacional da Ciência Histórica. Dizia o Santo Padre:
“A pesquisa histórica supõe qualidade de
grande valor aos olhos da Igreja: primeiramente a paciência que é companheira
fiel do investigador, num trabalho frequentemente árido e monótono; a
perseverança no estudo dos textos; a arte de interpretá-los, de fazer reviver
uma época mais ou menos longínqua e esquecida, de inserir um dado isolado num
texto geral... Saber discernir, apreciar, comparar, dar um justo valor a cada
documento... aquilo que faz, sobretudo, a dignidade. A verdade histórica não é
verdade matemática, não é verdade referente ao que chamam as ciências exatas.
Não repousa sobre demonstração, mas sobre o testemunho e a interpretação de tal
testemunho”.
Falando
em informação, recorremos aqui, ainda, a uma afirmação recente de Alex
Pentland, Diretor do Media Lab, do MIT, Massachussets Institute of Technology (em entrevista nas páginas amarelas da revista VEJA,
Ed. 2416, de 11/03/2015):
“O grande volume de dados digitais que vem
sendo disponibilizados, atualmente, em todo o mundo, provocará uma revolução
nas Ciências Sociais e nas Relações Humanas. O desconhecido deixará de ser
regra e passará a ser exceção”.
“Tudo estará à nossa disposição!”
Os
cientistas, historiadores, estudiosos, humanistas, estudantes e, por fim, a
juventude, sempre considerada como o futuro promissor de uma sociedade, cada
vez menos buscam informações nas bibliotecas. Tudo é buscado, a todo instante,
nos vários e variados “sites” de busca da Internet. E a proposta desse “site”
MEMÓRIA CAMPANHENSE é exatamente essa, a de disponibilizar, gradativamente e
sempre, informações consolidadas de nossa história, que possam ser acessadas a
qualquer hora e lugar, e que venham a atender ao público interessado em conhecer
e perpetuar nossa história.
E
é por isto que apostamos nesta empreitada com a criação desse Acervo Cultural,
MEMÓRIA CAMPANHENSE, no qual estaremos colocando a nossa história, a história
de nossa bicentenária Campanha, à disposição de todos.
Sabemos
que a história de um povo se faz, e é escrita, diariamente pelo próprio povo,
por isso, evidentemente, somos protagonistas de nossa própria história, assim
como nossos pais e antepassados o foram, um dia, e deixaram, indeléveis, os
registros históricos de seus tempos, fossem em jornais, em revistas ou mesmo em
fotografias impressas, num passado mais recente.
Estes
registros muito têm a nos mostrar sobre a nossa história, desde Cipriano José
da Rocha até os dias atuais. E foi através desses registros que a nossa
história se consolidou e é, também, através da consulta e de estudos
sistemáticos desses registros que a nossa história é conhecida e perpetuada.
A
evolução e o progresso nos trouxeram novos e poderosos aliados: o computador,
em todas as suas versões de “hardware” e de “software”, cada vez mais “inteligentes”, poderosos e rápidos, a
internet e as redes sociais de comunicação. Estes meios, presentes,
definitivamente, em nossas vidas e, cada vez mais, nas vidas de nossos filhos,
com a crescente utilização de notebooks, “tablets”
e celulares, propiciam milhões de informações a um simples teclar ou a um
simples deslizar de dedos. E será desta forma ou, talvez, de maneira mais fácil
ainda, provavelmente por comando de voz, que nossos futuros descendentes
buscarão, em suas consultas, navegando na internet, conhecer a nossa história,
acessando nossos acervos digitalizados.
Foi
a partir desta visão que, há pouco mais de 6 meses, o professor e pesquisador
da USP, o campanhense Giovanni Ferreira Eldasi, interagiu com outro abnegado
campanhense, José Milton Junqueira, e propôs a criação de um portal da memória
campanhense, algo grande e memorável, que viesse a ser realmente útil e que
pudesse, inclusive, repercutir de modo marcante nas gerações futuras.
Em
paralelo, na mesma época, Luan Marinho da Silva, com base em algo semelhante
que acontecia na cidade vizinha de São Lourenço, idealizou e criou o grupo
MEMÓRIA DA CAMPANHA, em uma rede social de enorme repercussão na internet, que
visava a resgatar parte de nossa história, presa nos baús de nossas casas. A
aceitação foi, em muito, superior às expectativas, e a participação, mais ainda;
em pouco tempo chegou-se a um número impressionante: cerca de 3500 associados
conectados e, um grande número destes, colaborando ativamente.
A
enorme participação na rede social fez com que o próprio cidadão campanhense se
interessasse em compartilhar suas histórias, suas fotos de família e de eventos
de nossa cidade, bem como as submetesse à apreciação dos internautas
campanhenses, que entenderam e agregaram enorme valor, com comentários
pertinentes e elucidativos, que nos deixavam, a todos nós integrados ao
projeto, maravilhados e empolgados. Tivemos, então, acesso a algumas raridades,
até então desconhecidas da grande maioria dos campanhenses.
A
partir daí, as duas iniciativas se fundem. Luan também adere à iniciativa de Giovanni
Ferreira e José Milton e o “site” passa a ser a referência base de nossas
pesquisas fotográficas. Novos abnegados campanhenses, convidados por José
Milton Junqueira Ferreira Lopes, como Atílio Dias, Leonardo Lima, Lucas Nani, entre
outros, voluntários e interessados, comprometidos com a história da Campanha, passam
a compor um conselho, inicialmente consultor, que se manifestou sempre pronto a
por em prática a ideia de Giovanni, depositando nele confiança e apoio
irrestrito ao seu projeto. Seguimos em frente, ciosos de nossa história e
conscientes de que poderíamos sair na vanguarda, com um projeto de peso, capaz
de levar a nossa rica história campanhense, através de um “site” consolidado,
ao mais distante dos tempos.
A
partir daí, o conselho definiu-se como gestor do projeto, capitaneado pelo
Giovanni Ferreira, contando com a participação profissional e experiente de sua
empresa, a Vérsila Educacional, que detém um vasto currículo de projetos, em
São Paulo e no Brasil, e, também, responsável pela criação desse Acervo de
Memória.
A
História passaria, então, a ser escrita e contada, de modo claro e amigável,
através de um “site”, que seria acessível a todos. Esta história seguirá em
frente, de uma forma mais aprofundada, sem interrupção do compartilhamento nas
redes sociais, neste consolidado “portal” MEMÓRIA CAMPANHENSE, que hoje é
oficialmente lançado.
Este
projeto, conforme já citado, é fruto de um trabalho de vulto do campanhense
Giovanni Ferreira e de sua empresa Vérsila Educacional, trabalho voluntário e
gratuito, diga-se de passagem, assessorado por uma equipe de colaboradores, que
pretende agregar o maior número possível de informações, trazendo a público, em
suas páginas virtuais, inicialmente, além de um grande número de registros
fotográficos, o grande xodó dos saudosistas, os jornais mais atuais e
posteriormente todos os jornais, revistas, documentos oficiais etc. que contribuíram
e que contribuem para a consolidação de nossa história.
Este
trabalho, comunitário e participativo, como a nossa própria história, não tem
fim e continuará a ser escrito, dia a dia, por todos os campanhenses, de uma
forma mais técnica e profissional. Já contamos com a participação efetiva e
marcante de parceiros, que viram a grandeza do projeto e se integraram a ele,
como a Folha Campanhense, Foto Fênix, Foto Araújo, Prefeitura Municipal, entre
outros. Entidades, órgãos e associações serão sempre bem-vindos e poderão ser integrados
ao sistema, gradativamente, digitalizando e perpetuando seus documentos, suas
atas etc., sempre com a assessoria experiente da Vérsila Educacional.
Vislumbramos,
também, a possibilidade de se vincular ao Acervo, Memória Campanhense, alguns
acervos digitais, disponíveis em “blogs” e “sites” sobre Campanha, que já são
realidades na Internet, divulgando as nossas coisas e fazendo, também, a nossa
história. Estes “hotsites” poderão potencializar, mais
ainda, o banco de dados sobre a nossa Campanha.
Portanto,
para encerrar, conclamamos:
“Cidadãos campanhenses de todos os rincões
desse imenso Brasil e do mundo, sede bem-vindos ao seu passado, escrito pelos nossos
antepassados e hoje resgatado... “
“Cidadãos
campanhenses do futuro, esperamos que nos visitem sempre e conheçam a sua
história, hoje escrita por todos nós... “
Obrigado!
Gerson
Serrano Ribeiro
Campanha, 17 de julho de 2015
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