sexta-feira, 24 de julho de 2015

UM POUQUINHO DA NOSSA RICA HISTÓRIA.

Breve histórico sobre Campanha - MG - Brasil

Campanha (Minas Gerais)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Breve histórico
As primeiras cidades permanentes fundadas em Minas Gerais  devem sua origem à ambição pelo ouro, que moveu bandeirantes  oriundos de São Paulo a desbravar o interior do Brasil. Na época, a região era ocupada por tribos indígenas nômades ou seminômades. As explorações dos bandeirantes resultaram na fundação de várias cidades, entre elas Campanha.
Campanha é a cidade mais antiga do Sul das Minas Gerais. Foi reconhecida oficialmente em 2 de outubro de 1737. Foi elevada a freguesia em 6 de fevereiro de 1752, a vila em 20 de outubro de 1798 e a cidade em 9 de março de 1840.
O ouvidor Cipriano José da Rocha, saindo de São João del-Rei a 23 de setembro, chegou ao arraial da Campanha no dia 2 de outubro de 1737 e, entusiasmado com a fertilidade do seu solo e com as riquezas das minas de ouro encontradas, deu ao povoado o nome de São Cipriano.
Campanha, desde o século XVIII, esteve presente em fatos históricos do Brasil e de Minas Gerais, como por exemplo a Conjuração Mineira. Inácio de Alvarenga Peixoto, um dos conspiradores e um dos homens mais ricos de Minas Gerais no seu tempo, viveu em Campanha, onde possuía inúmeras fazendas. O esgotamento das minas, alegado por aqueles que se esquivavam ao pagamento de seu débito para com o fisco, já na segunda metade do século XVIII, acentuava-se cada vez mais, prenunciando o fim de uma era de grandeza.
Passado o ciclo de grandes atividades desenvolvidas em torno das minas, sofreram natural estagnação ou decadência todos os rincões de Minas Gerais onde predominavam os interesses ligados à mineração. Campanha, entretanto, manteve-se por muito tempo como centro de industrialização e centro cultural de toda a região sul mineira.
Foi, ainda, sede administrativa e jurídica do Sul de Minas: a primeira, por quase um século e a segunda, além de um século. Pioneira da instrução, em razão mesmo de sua antiguidade, sempre gozou de merecido renome pela notável contribuição que deu à causa do ensino em nossa pátria, desde os primórdios de sua formação histórica, como bem definiu o jurista e historiador campanhense ministro Alfredo de Vilhena Valladão, quando declarou: "Refulgiu pelo ouro da terra e pela fé, pela cultura e pelo civismo de seus filhos".
Ainda alguns anos depois da nossa independência, a instrução pública em Minas Gerais era extremamente limitada, pois além de algumas escolas de primeiras letras que aqui e ali se encontravam e de dois colégios dirigidos por padres, um conhecido em Congonhas do Campo e o outro no Caraça, não existia em toda província outro qualquer estabelecimento de instrução secundária além do seminário de Mariana, onde se preparavam os padres e uma simples cadeira de latim em algumas das principais vilas da província. Campanha era uma dessas vilas privilegiadas e a única no Sul de Minas para onde afluíram estudantes de outros pontos, quer próximos, quer distantes, pois era a sede da Terceira Circunscrição Literária.
O anseio de seus filhos para instrução manifestou-se desde os primeiros tempos, como se evidencia pelo que ocorreu quando foram inaugurados os cursos jurídicos no Brasil, apenas com duas faculdades – uma em São Paulo e a outra em Recife. Na primeira, matricularam-se quatro mineiros, três dos quais campanhenses.
Como não poderia ser diferente dos urbanismos de sua época, a sua população era gente de todas as partes niveladas pela ambição de ouro. A cidade era organizada por camadas humanas relativas a cor, pois sessenta por cento era negra, que constituía a mão de obra escrava, trinta por cento pardos e dez por cento brancos. Estes dominavam politicamente e não se submetiam aos trabalhos pesados.
No percurso de sua história, Campanha recebeu gente vinda de várias partes do Brasil e de diversas categorias sociais. A sua riqueza mineral e vegetativa propiciou o desenvolvimento da sociedade, o que levou a receber visitantes ilustres como a Princesa Izabel , Carlota Joaquina, Conde D'Eu Euclides da Cunha, Manoel Bandeira, Silvio Romero, José do Patrocínio, Pedro Ernesto Baptista, Bárbara Heliodora,  entre outros. Suas passagens por Campanha marcaram a história da cidade, mas a recíproca é verdadeira. A cidade também os marcou, o que muitas vezes foi registrado nas suas obras culturais, levando-os a construírem moradias (casarões e templos) e permanecerem aqui por um tempo considerado.
Campanha também gerou personalidades reconhecidas internacionalmente, como Vital Brazil Mineiro da Campanha - cientista descobridor do soro antiofídico e Maria Martins - considerada uma das artistas surrealistas mais relevantes do planeta. Sávio Davi dos Reis Paula, artista autodidata, tatuador e musico,com seu desenhos espalhados por todo o planeta.
Agostinho Marques Perdigão Malheiro (1824-1881) jurisconsulto que escreveu um tratado sobre a legislação escravista: A escravidão no Brasil: Ensaio Histórico-jurídico-social em 1866, que é um marco e que influenciou profundamente as ações e políticas para a extinção da escravidão. Como homenagem, os campanhenses deram seu nome a uma de suas ruas.
No passado, a grande extensão do município ocupava a margem esquerda do Rio Grande até o Jaguari, das cumeadas da Mantiqueira até o Rio Pardo, estendendo a sua jurisdição municipal – com legislação num círculo de quase 3 000 léguas. Por essa extensão de terra e pela riqueza natural e cultural, Campanha é considerada a cidade-mãe, fertilizadora das outras cidades – o "berço do Sul de Minas".
Pela sua importância no contexto histórico das Minas Gerais, a cidade sediou, por mais de um século, a Diretoria Regional dos Correios, com jurisdição em todo o sul do estado.

Origem do Nome
O nome da atual cidade se deve à topografia, pois a cidade se encontra localizada numa colina circundada por extensas campinas.

Antigos nomes
         Santo Antônio do Vale da Piedade do Rio Verde
         Campanha do Rio Verde
         Campanha da Princesa da Beira
         São Cipriano

Filhos ilustres:
        Vital Brazil Mineiro da Campanha, cientista
        Maria de Lourdes Alves Martins foi uma escultora, desenhista, gravurista, pintora, escritora e musicista.
        José Bento Leite Ferreira de Melo, Padre, senador
        Francisco Xavier Lopes de Araújo,  militar, engenheiro e professor.
        João Pedro da Veiga Miranda foi um engenheiro e político. Foi o único civil ministro da Marinha do Brasil, de 12 de setembro de 1921 a 15 de novembro de 1922. Encontra-se colaboração jornalística da sua autoria nas revistas Serões e Atlântida
        Álvaro Gomes da Rocha Azevedo, Vereador e Prefeito de São Paulo, Ministro do Tribunal de Contas da União e Deputado Federal
        Adolpho Lion Teixeira, dentista e vinicultor.
        Adolpho Pinto de Almeida, luthier e músico.
        Américo Lôbo Pereira Leite, Jurista, Senador, Ministro do Supremo Tribunal Federal
        Padre Victor, Venerável, Sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana
        Francisco de Paula Ferreira de Rezende,  Ministro do Supremo Tribunal Federal, Vice-Governador de Minas Gerais
        Alfredo de Vilhena Valladão, Ministro do Tribunal de Contas da União
        Agostinho Marques Perdigão Malheiro, Jurisconsulto, Escritor e Historiador Brasileiro
        Bernardo Saturnino da Veiga, Jornalista, Escritor e Empresário
        Gladstone Chaves de Melo. Professor, Jornalista, Diplomata, Vereador e Deputado (RJ)
        José do Patrocínio Lefort, Historiador e Educador
        Sergio de Almeida Oliveira, Cardiologista, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da USP
        Giovanni Ferreira Eldasi, pesquisador da USP, Pedagogo, Engenheiro eletrônico, Educador, Empresário.
        Carlos Alberto Ribeiro Reis, diplomata.
        Jarbas Bela Karman, engenheiro, arquiteto, professor e administrador hospitalar.
        Marcelo Pompeu, tabelião, músico.
        Maria Ilza Musa Pompeu, musicista,

        Moradores Ilustres:
        Euclides da Cunha, Membro da Academia Brasileira de Letras, Militar e Engenheiro
        João Luiz Alves, Membro da Academia Brasileira de Letras, Juiz e Prefeito de Campanha
        Fernando de Azevedo, Membro da Academia Brasileira de Letras, um dos Fundadores da Universidade de São Paulo - USP
        Manoel Bandeira, Poeta. Membro da Academia Brasileira de Letras
        Bárbara Heliodora  – Poetisa heroína da Inconfidência e esposa do inconfidente Alvarenga Peixoto
        João Barbosa Rodrigues - Diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
        Paulo Willy Skau, artesão e empresário.
        Padre Fuhad Lage, sacerdote, advogado, cura da Catedral, empreendedor.
        Padre Irmão Paulo Emiliem Lamothe, Professor, sacerdote, educador.
        Monsenhor Domingos Prado da Fonseca, Sacerdote, Professor, Reitor do Seminário Nossa Senhora das Dôres.
        Eduardo Carlos Pereira de Magalhães, Gramático, jornalista abolicionista, educador, professor de Português e Latim, escritor e Pastor da Igreja Presbiteriana.
        Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi um advogado, jornalista, crítico literário, ensaísta, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor, professor e político.
        José Luiz Pompeu, farmacêutico, maestro.
        Pedro Ernesto Rego Baptista, médico, político, prefeito do Rio de Janeiro.

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