Neste mês de maio, chega às livrarias o 15º livro do autor Wilson
Frungilo Jr.
O título “Uma declaração de amor” conta a história de Tales e
Nelly que, após viverem juntos toda uma vida de cumplicidade, viram-se abruptamente separados.
Inesperadamente, Nelly faleceu ao sofrer um fatal AVC.
Tales permaneceu com os fi lhos, os netos, a casa, a saudade e o
imenso desejo de reencontrar sua esposa. A esperança, cada vez maior em seu coração, lhe dizia que
era possível, pois, a vida continua para além da morte.
E é exatamente neste ponto que o autor pretende nos levar,
mostrando-nos, através de uma linda história de amor, que a presença da morte é inevitável, que a dor
proveniente da separação habita o coração daqueles que se amam e que se veem afastados em algum
momento de suas vidas, mas como conviver com esta separação? Será possível que possamos nos
encontrar com aqueles que partiram antes de nós?
Nesta obra, este e outros assuntos são esclarecidos de maneira
simples e envolvente, trazendo fortes emoções e cativando a atenção do leitor até a última
página.
Wilson Frungilo Jr. é autor de outras obras muito conhecidas no
meio espírita, que somam os mais de 800.000 exemplares, sendo alguns já traduzidos para o espanhol.
A seguir, entrevista exclusiva, onde o autor nos conta um pouco de
sua trajetória e sobre este seu novo romance “Uma declaração de amor”.
Entrevista com o Autor
“Uma Declaração de Amor” é o seu 15° livro. Como foi escrever este
romance?
“Uma Declaração de Amor” foi um dos livros mais
tranquilos que escrevi. A história surgia em minha mente como um rio de águas calmas e límpidas, talvez
até pelo fato dela própria possuir um desenrolar no qual seus protagonistas também assim o eram: almas limpas e bondosas.
LançamentoPres
Qual foi o primeiro livro que escreveu e como foi recebido pelos
editores? Você recebeu alguma crítica ou sugestão?
Meu primeiro livro foi “Do outro lado”, lançado em
1984. Quanto aos editores, foram eles mesmos quem resolveram que aquela simples história, escrita
sem nenhuma pretensão, deveria ser editada. E nessa ocasião, tive a felicidade de ter o
aconselhamento de muitos amigos quanto à melhor forma de eu continuar a colocar as minhas ideias no papel. E
isso me foi de grande valia.
O “Bairro dos Estranhos” foi publicado em 1.986. Ano passado
teve o texto adaptado para o teatro e exibido na cidade do Rio de Janeiro. Como aconteceu
tudo isso e como foi a experiência de assistir essa encenação?
Foi uma experiência muito feliz e fiquei bastante
emocionado ao assisti-la. O pessoal do teatro conseguiu fazer uma ótima adaptação, com música própria,
figurinos criados especialmente para a peça, inclusive com várias trocas de roupa durante o
espetáculo, e até alguns momentos cômicos, entremeando marcantes performances dramáticas e emocionantes.
Gostei muito.
Seus livros já atingiram mais de 800.000 exemplares vendidos.
Todos tiveram seus direitos doados integralmente ao Instituto de Difusão Espírita. Você se
considera um escritor de sucesso?
Sinto imensa alegria quando os livros que escrevo
fazem sucesso e, principalmente, quando ouço depoimentos de que este ou aquele conseguiu atingir o
seu objetivo, que é o de tornar as pessoas melhores, mais confiantes em Deus, na vida, e com um pensamento
mais cristão. Quanto a ser escritor de sucesso, nem escritor me considero. Sinto-me mais
como um contador de histórias.
“Uma Declaração de Amor” foi lançado em livro impresso e em
formato eletrônico. Você é da opinião que o livro de papel vai acabar?
Talvez, com o tempo, venha a ocorrer uma perda de
interesse pelo livro de papel, haja vista que a tecnologia vem, cada vez mais, fazendo parte da vida das pessoas,
mas penso que vai demorar para que isso ocorra porque ainda carregamos conosco a
sensação do prazer que nos oferece uma boa obra, lida com o acompanhamento do aroma do papel e da
tinta.
Falando ainda sobre tecnologia. O Chico psicografava a lápis,
página por página. Com o avanço da tecnologia, muitos médiuns se utilizam desses recursos em
seus processos de intercâmbio mediúnico. Qual a sua opinião sobre isso?
Pessoalmente, eu me utilizo dos dois recursos, ou
seja, o computador e o lápis e o papel, dependendo do lugar em que me encontro. E isso porque, muitas
vezes, quando escrevo uma história, a inspiração chega a me ocorrer em locais onde só posso utilizar o
papel e o grafite ou a caneta. De qualquer forma, a tecnologia veio para auxiliar o homem, facilitando
os seus afazeres.
Você em algum momento desses 30 anos de dedicação ao processo de
inspiração e escrita de seus 15 livros publicados teve alguma empatia com algum
personagem ou achou determinado momento muito especial enquanto escrevia?
Empatia significa “tendência para sentirmos ou
agirmos como sente ou age alguém, caso estivéssemos na situação e circunstâncias experimentadas por ela”
e, no meu caso, sinto-me muito distante de ser como um dos personagens dos livros que já
escrevi. Vejo-os como modelos para serem seguidos e ainda estou tentando, com muita dificuldade, ser como
um deles. Quanto à segunda indagação, devo dizer que sempre tenho momentos de emotividade, mais
precisamente quando escrevi “Bairro dos Estranhos”, com o personagem Atílio e Lucinha.
Conte pra gente um pouquinho sobre o livro “Uma Declaração de
Amor”.
Nesse livro, procurei desmitificar um pouco a morte,
fazendo dela mais um acontecimento de libertação do que de separação, intentando também posicionar a
vida corpórea bem próxima da vida espiritual. Na história, o casal Tales e Nelly,
repentinamente separados pela morte dela, conseguem driblar essa triste separação, convivendo sob a
oportunidade que Deus nos oferece através do verdadeiro amor. E diversas e emocionantes passagens de suas
vidas, bem como elucidativos acontecimentos no plano espiritual que tornam, na minha opinião, o
romance deveras atraente e cativante, além de um consolo para aqueles que passam pelo sofrimento
do distanciamento de um ente querido.
Como você nos disse, um dos temas deste livro é sobre a perda, a
separação de um ente querido após a sua morte. Que mensagem, o que você diria para quem,
neste momento, sofre esta dor da separação?
Apesar de a separação ser difícil, dolorosa, o que
não se pode é perder a fé e a confiança em Deus e em Seus desígnios. É preciso ter a consciência de que
esse ente querido ainda se encontra vivo num outro plano e que, por esse motivo, deve-se manter a
calma, seguir a vida com tranquilidade e mesmo com alegria, para que ele possa também viver nesse
clima. É importante também, sempre com um sorriso nos lábios, endereçar-lhe espontâneas
preces de amor e vibrações de muito ânimo, a fim de que ele sinta que aqueles que ama permanecem ao
seu lado em todos os minutos da sua vida, com muito amor no coração, e com a certeza de que
chegará o dia em que ocorrerá o feliz reencontro.
Você já nos disse que seus livros não são psicografados, também
já nos falou que não se considera um escritor, apenas um contador de histórias. A quem ou a que
atribuir o sucesso de seus livros e a empatia com o público leitor?
Na verdade, quando digo que não são psicografados é
porque nunca recebi nenhuma manifestação por parte do plano espiritual revelando-me o nome de
algum Espírito que tenha me auxiliado, mas sinto que me são inspirados, até mesmo por diversos
acontecimentos que me fazem nisso ter a certeza.
Também creio que o sucesso desses livros se deva às
próprias histórias, que têm a finalidade de ser o veículo dos ensinamentos espíritas.
Neste ano em que se comemoram os 150 anos do livro “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”,
como você vê a importância desta obra no meio literário e
principalmente para os dias atuais?
A divulgação de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é
de extrema importância porque os ensinamentos
de Jesus, ali contidos, são a essência do verdadeiro
caminho para a felicidade tão almejada
pelos homens. E tanto isso é verdadeiro que
facilmente notamos o grande interesse das pessoas em estudar essa obra. Até mesmo porque, acima de tudo,
devemos ser cristãos.
Assuntos abordados no livro
- A importância de ser cristão.
- Crenças.
- Na justiça de Deus, não existe castigo, e sim, aprendizado.
- Não basta fazer o mal; é preciso fazer o bem.
- Perda de pessoas amadas.
- O valor da prece.
- A necessidade da reencarnação.
- Dádiva do esquecimento do passado.
- Perispírito, sua constituição.
- Suicídio e suas consequências.
- Emancipação do Espírito.
- Sonhos.
- Vida no plano espiritual.
- Vícios.
- Mediunidade de efeitos físicos.
Sinopse
Tales e Nelly são os personagens.
Juntos, durante anos, protagonizaram uma vida de amor,
cumplicidade e dedicação, na qual, de mãos dadas, venceram todas as dificuldades e viveram felizes. Mas
a repentina morte de Nelly foi um forte abalo para Tales, criando um grande vazio em seu coração.
A imensa saudade da esposa teimava em arrefecer-lhe o ânimo e o
entusiasmo pela vida, mas sustentado por enorme esperança, não aceitou que a morte os tivesse separado.
O grande amor que os unia, com certeza, teria forças para derrotá-la.
E Tales atingiu o seu objetivo.
Apesar de Nelly estar agora na dimensão espiritual da vida, e ele,
na dimensão da Terra, passaram a encontrar-se e a compartilharem momentos de muita alegria.
Na verdade, eles não enganaram a morte, apenas acreditaram na vida
e na certeza de que é possível o reencontro entre duas almas, momentaneamente separadas por
dimensões diferentes, mas fortemente ligadas pelas emoções da mais pura e verdadeira
afeição.
E este é o tema desta bela e emocionante história de amor,
deixando-nos a certeza de que um grande sentimento nem mesmo a morte consegue apagar.
Uma história que, por si só, já significa uma autêntica e terna
declaração de amor.
Sobre o Autor
Nascido em Araras, Estado de São Paulo, em 22 de janeiro de 1949,
é aposentado e Presidente do Instituto de Difusão Espírita desde o ano 2000. Sua formação
universitária é na área de Ciências.
Casado com Neuza Maria Zani, possui dois filhos, Samuel e Mariana,
genro, nora, e netos.
Ingressou no Espiritismo em 1974 e, desde 1984, vem se dedicando à
divulgação da Doutrina Espírita, através de vários romances de sua autoria e, atualmente, da administração da IDE Editora e de seu parque gráfico.
Uma Declaração de Amor é o 15°
romance escrito pelo autor, sendo os anteriores:
- Do Outro Lado
- Bairro dos Estranhos
- Ala Dezoito
- O Camafeu
- As Luzes de Santelmo
- O Senhor das Terras
- Os Fios do Tear
- Luar Peregrino
- O Abridor de Latas
- O Homem do Caderno
- Vinte Dias em Coma
- Palô
- O Dono do amanhã
Contos:
- A Casa das Chaves
(19) 3543.2400
www.ideeditora.com.br
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