sexta-feira, 20 de junho de 2014

"UMA SENTENÇA PARA A HISTÓRIA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO DO PENSAMENTO NO BRASIL".


06 de junho de 2014

“Uma sentença para a história da liberdade de expressão do pensamento no Brasil”

Diário da Manhã - 18/08/13
Alaor Barbosa
Após cinco anos de batalha judicial, o escritor goiano Alaor Barbosa, 73 anos, obteve em agosto uma vitória histórica na ação de proibição do seu livro Sinfonia Minas Gerais: a vida e a literatura de João Guimarães Rosa, proposta há mais de cinco anos – em julho de 2008 – contra a sua editora, a LGE Editora, de Brasília.
Como o senhor avalia essa sentença favorável da Justiça carioca?
Uma sentença que vai entrar na história da liberdade de expressão do pensamento no Brasil. Muito bem fundamentada, não somente no brilhante laudo da perita do juízo, Carolina Mori Ferreira, mas também em outros argumentos muito bem expostos pelo juiz.

Já houve alguma repercussão da sentença?

A sentença, logo que começou a ser divulgada, causou um imenso júbilo no meio literário brasileiro. É preciso assinalar que, desde a proposição da ação e a proibição do meu livro, intelectuais e escritores de várias partes do Brasil se manifestaram de modo uníssono e unânime solidários aos meus direitos e em protesto contra a errônea proibição ocorrida.

O senhor acredita que as autoras da ação podem recorrer da sentença?

Existe a possibilidade, acho eu, de que as autoras da ação se conformem com a sentença. Seria a atitude mais sensata.

Quem foi seu advogado ou seus advogados?

A ação foi proposta não contra mim, mas contra a minha editora. Inicialmente atuaram no processo, fazendo a contestação com muita lucidez e competência jurídica, dois advogados: Ian Santos, que é meu sobrinho-neto e morava no Rio, e Daniel Campello de Queiroz. Tendo o Ian se mudado logo depois para São Paulo, o dr. Daniel prosseguiu sozinho no trabalho, realizado com muita dedicação e responsabilidade. Minha vitória se deve muito ao trabalho deles, que souberam mostrar os direitos em causa e as circunstâncias que tornavam inaceitáveis as acusações feitas ao meu livro.

O senhor pensa em recolocar o livro em circulação, depois de efetivamente liberado pela Justiça?

Só admito recolocar o livro em circulação e à venda na versão, que preparei há muitos anos – logo que surgiu a notícia de que seria proposta ação para proibi-lo – da qual expungi o texto da maioria das citações de outros livros. Meu livro não precisava e, portanto, não precisa delas. Sem elas, ele fica muito melhor. Foi o que eu verifiquei. E que, para minha surpresa, afirmaram a perita do juízo no Rio e o juiz da causa.

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