Concordo plenamente com o comentário do blogueiro Sakamoto mas, na hora do hino nacional do Brasil, também ouvi vaias. De quem seriam? Parece-me obvio.
De qualquer maneira, vai aqui o nosso repúdio aos torcedores mal educados.
Vaia ao Hino do Chile: a torcida brasileira que nos envergonha para o mundo
Leonardo Sakamoto
Contudo, não são as torcidas organizadas que preenchem as arquibancadas dos estádios
de futebol nestes jogos da seleção (aliás, se fossem, ao menos empurrariam o time o tempo
inteiro ao invés de ficarem em silêncio, com cara de susto e medo, diante de momentos tensos), mas grupos com maior poder aquisitivo, dado o preço de boa parte dos ingressos.
Renda pode até estar diretamente relacionada à obtenção de escolaridade de melhor qualidade. Mas escolaridade definitivamente não está relacionada com educação. Ou respeito. Ou bom senso. Ou caráter.
E considerando que, provavelmente, muitos dos que vaiaram o hino do Chile quando executado à capela foram os mesmos que, minutos depois, estavam cantando “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor'', posso concluir que o sujeito é guiado pela aversão ao estrangeiro característica da xenofobia. Aversão potencializada e exposta pela covarde sensação de segurança por ser maioria e estar em casa.
Vaiar o hino do adversário não é uma brincadeira. Muito menos uma catarse coletiva, uma indignação contra a cantoria à capela do outro. Nem ajuda na partida. Pelo contrário, mostra para o mundo que está assistindo pela TV que nós, brasileiros, podemos ser tão preconceituosos quanto os preconceituosos que, não raro, nos destratam no exterior simplesmente por sermos brasileiros.
Aos vizinhos chilenos, portanto, peço que nos perdoem. Parte de nossos conterrâneos não sabe o que faz.
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