"A menina que vivia no País Azul" dá cor às histórias de cegos
noticiaisaominuto.com - 26/06/2014
A obra surge das brincadeiras que a autora faz com o neto, com quem gosta de pintar e de fazer experiências, para criar cores novas.
À Lusa, a autora, Antónia Rodrigues, disse que se trata da história de uma menina que vive num país só com duas cores, o azul-escuro e o azul-claro e que o quer pintar.
Com a ajuda do sol, do arco-íris, da lua, do vento e de uma estrela, "A menina que vivia no País Azul" vai conseguir criar novas cores e pintar o país todo.
"A mensagem é para todos os pais. Temos de dar muito tempo e afeto às nossas crianças porque a criança da história vive muito sozinha", contou Antónia Rodrigues, 57 anos.
O livro foi inicialmente escrito e editado em 2012, mas ver na rua uma criança cega levou a autora a questionar-se sobre como é que seria o seu processo de leitura, como é que percecionaria as ilustrações.
É então que Antónia Rodrigues tem a ideia de adaptar o livro que já tinha escrito num formato acessível a crianças invisuais, tendo para isso contactado a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
Para a elaboração do livro, a escritora pediu também a ajuda de uma professora do ensino especial, que é cega, e de duas alunas, também invisuais, com o objetivo de perceber como é que elas liam a história e de que forma a poderia tornar mais interessante.
"Levei dois desenhos em relevo e pedi à professora para ler a parte da história correspondente e ela disse-me que não tinha ideia de como é que as nuvens eram representadas em desenho", contou Antónia Rodrigues.
Deste contacto, nasceu a ideia de transformar em brinquedo as personagens principais, de modo a que a história ganhe vida nas mãos de quem a lê.
Cada livro traz cinco bonecos, que representam as personagens principais: sol, lua, estrela, arco-íris e gota de água.
A elaboração e edição foram apoiadas por várias empresas, o que permitiu que os 250 livros sejam, na sua maioria, oferecidos e distribuídos entre a Biblioteca Nacional, o Instituto Português de Oncologia e escolas.
Antónia Rodrigues adiantou que alguns serão vendidos numa livraria e que o valor das vendas irá reverter para a ACAPO.
À Lusa, a presidente da ACAPO destacou a importância que este livro pode ter na formação das mentes mais jovens.
"Estes livros cumprem um desígnio importante que é o da sensibilização porque, a partir do momento que conseguimos chegar a este público numa idade mais tenrinha, estamos a contribuir para um desenvolvimento destas crianças para que elas conheçam e aceitem o valor da inclusão", defendeu Ana Sofia Antunes.
Segundo a ACAPO, e com base nos Censos 2011, cerca de 18.299 portugueses (com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos) têm muita dificuldade em ver e 644 pessoas, com a mesma idade, não consegue ver.
À Lusa, a autora, Antónia Rodrigues, disse que se trata da história de uma menina que vive num país só com duas cores, o azul-escuro e o azul-claro e que o quer pintar.
Com a ajuda do sol, do arco-íris, da lua, do vento e de uma estrela, "A menina que vivia no País Azul" vai conseguir criar novas cores e pintar o país todo.
"A mensagem é para todos os pais. Temos de dar muito tempo e afeto às nossas crianças porque a criança da história vive muito sozinha", contou Antónia Rodrigues, 57 anos.
O livro foi inicialmente escrito e editado em 2012, mas ver na rua uma criança cega levou a autora a questionar-se sobre como é que seria o seu processo de leitura, como é que percecionaria as ilustrações.
É então que Antónia Rodrigues tem a ideia de adaptar o livro que já tinha escrito num formato acessível a crianças invisuais, tendo para isso contactado a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
Para a elaboração do livro, a escritora pediu também a ajuda de uma professora do ensino especial, que é cega, e de duas alunas, também invisuais, com o objetivo de perceber como é que elas liam a história e de que forma a poderia tornar mais interessante.
"Levei dois desenhos em relevo e pedi à professora para ler a parte da história correspondente e ela disse-me que não tinha ideia de como é que as nuvens eram representadas em desenho", contou Antónia Rodrigues.
Deste contacto, nasceu a ideia de transformar em brinquedo as personagens principais, de modo a que a história ganhe vida nas mãos de quem a lê.
Cada livro traz cinco bonecos, que representam as personagens principais: sol, lua, estrela, arco-íris e gota de água.
A elaboração e edição foram apoiadas por várias empresas, o que permitiu que os 250 livros sejam, na sua maioria, oferecidos e distribuídos entre a Biblioteca Nacional, o Instituto Português de Oncologia e escolas.
Antónia Rodrigues adiantou que alguns serão vendidos numa livraria e que o valor das vendas irá reverter para a ACAPO.
À Lusa, a presidente da ACAPO destacou a importância que este livro pode ter na formação das mentes mais jovens.
"Estes livros cumprem um desígnio importante que é o da sensibilização porque, a partir do momento que conseguimos chegar a este público numa idade mais tenrinha, estamos a contribuir para um desenvolvimento destas crianças para que elas conheçam e aceitem o valor da inclusão", defendeu Ana Sofia Antunes.
Segundo a ACAPO, e com base nos Censos 2011, cerca de 18.299 portugueses (com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos) têm muita dificuldade em ver e 644 pessoas, com a mesma idade, não consegue ver.
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