“Não pense apenas no mundo que vamos deixar para nossos filhos, mas também nos filhos que vamos deixar para nosso mundo.”
A proposta me pegou. Porque a gente se preocupa tanto com um mundo limpo, saudável, sustentável e com a formação individual das nossas crianças, que às vezes esquecemos de pensar na responsabilidade que temos com a nossa descendência em termos sociais. Porque os nossos filhos, sobrinhos, alunos, serão os próximos administradores do mundo quando forem adultos.
Será que nossos filhos terão olhos para ver a desigualdade e alterá-la? Será que vão sentir compaixão pelos que sofrem? Vão se importar com a miséria, vão fazer trabalho social? Vão transformar o Brasil num país mais justo?
Esperamos que sim, mas vai depender muito de você, como adulto e educador. As crianças são plásticas, moldáveis e seguem muito nossos exemplos. O aprendizado durante a infância é marcante, forma hábitos, forma caráter.
Por isso, talvez seja uma boa ideia agirmos em duas frentes com nossos filhos. De um lado, podemos trabalhar a ideia de diminuição do consumismo, conscientizando-os dos malefícios do excesso de publicidade que bombardeia nossa mídia. Na outra ponta, podemos levar até eles o compromisso de por um fim ao trabalho infantil, uma prática criminosa que impede que crianças tenham direito de brincar e estudar.
Para ajudar nessa tarefa, dois links podem ser um bom começo. O primeiro é uma reportagem com especialistas que fala o quanto o excesso de consumismo e publicidade direcionada à criança pode ser prejudicial. O segundo é uma lista de 10 livros que abordam o direito das crianças.
Erradicar a exploração de crianças não é uma tarefa simples, não se resolve de um dia pro outro. Mas pode ser feita com amor, junto com nossos filhos, garantindo que vamos deixar um mundo melhor pra eles e que eles serão o que de melhor podemos deixar para o mundo.
Rosana Hermann é escritora, roteirista e autora do blog Querido Leitor.
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