Um livro que se recusa a ser julgado só pela capa
Brasil Post - 02/02/2015
O ditado popular é bem claro: "não julgue um livro pela capa". É um adágio que faz sentido: muitas narrativas espetaculares estão escondidas atrás de capas horríveis ou de títulos péssimos.
Um exemplo de bom livro com capa medonha é a edição brasileira de 1981 de "Lolita", do escritor Vladimir Nabokov:
Um exemplo de bom livro com capa medonha é a edição brasileira de 1981 de "Lolita", do escritor Vladimir Nabokov:
Mas isso agora mudou — a capa do livro é que julga o leitor. O designer Thijs Biersteker e o estúdio holandês Moore criaram uma capa de livro que, com ajuda de tecnologia de ponta, não abre se o leitor mostrar sinais de julgamento. Uma câmera integrada e um sistema de reconhecimento facial fazem a leitura do rosto da pessoa, e o livro é desbloqueado apenas se as expressões forem neutras.
"Meu objetivo é criar uma capa de livro que seja humana e de alta tecnologia. Quando você se aproxima do livro, se está empolgado demais ou se demonstrar ceticismo, o livro permanecerá travado", explica Biersteker em seu site. "Mas se sua expressão for neutra — ou seja, sem julgamentos —, o sistema enviará um pulso e o livro se desbloqueará. Eu sempre me preocupo com a possibilidade de meu ceticismo ou meu julgamento atrapalhar minha admiração. O julgamento nunca deve impedir o entusiasmo incansável de ver as coisas pela primeira vez.”
Para assistis ao vídeo sobre a ferramenta, acesse o link http://www.brasilpost.com.br/2015/02/02/julgar-capa-livro_n_6600072.html?utm_hp_ref=tw.
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