sexta-feira, 23 de maio de 2014

COLECIONADORES, VALE UMA REFLEXÃO!

COLECIONADORES: Um hábito que mesmo antigo ainda perdura diante às novas tecnologias - uma reflexão!

Grazielli Moraes
Atualmente, diante a tantas tecnologias muitos hábitos e costumes de antigamente foram sendo deixados pra trás, principalmente no que se refere a evolução de uma geração para a outra. Em época de Copa do Mundo, é comum nos depararmos com grupos de colecionadores de figurinhas (Imagem: Coleção de Álbuns Bruno A.) em locais marcados para troca de figurinhas repetidas, no entanto se observarmos bem, veremos que esse hábito é comum entre pessoas mais antigas, e poucas são as vezes que vemos novas gerações “cultuando” esse hábito, que agrega muitas coisas na formação do indivíduo.

Diante a tanta tecnologia, às redes sociais, à jogos super tecnológicos e diversidades os indivíduos da nova geração, perdem muitas coisas boas, dentre elas o contato físico, oral e verbal existentes antigamente que permitia dentre tantas outras coisas, a formação como ser, através do hábito de colecionar, pode-se dizer que o indivíduo permite-se além do prazer de colecionar, o contato com outros (no que se refere à troca de “figurinhas”), a habilidade de organização (colar a figurinha em lugar certo/ catalogar sua coleção), o zelo para conservação (tendo em vista que atualmente com o capitalismo tudo é rapidamente descartável), além de muitas outras coisas, mencionadas no decorrer da matéria.

Em entrevista com colecionadores foi possível perceber que dentre tantas coisas a serem colecionadas, existem desde as mais comuns como álbum de figurinhas, bonequinhos etc., até coleções de coisas mais estranhas como plaquinhas alternativas de orelhão, insetos etc.

Abaixo alguns relatos de colecionadores (coloquei só alguns dos mais interessantes):
Bruno Araújo – 24 anos – tem várias coleções, dentre elas Figurinhas, Carrinhos, Bonequinhos, Pôsteres.
Colecionador desde criança, aliás desde seu primeiro álbum feito por seu pai, quando ainda era bebê.
Para Bruno as coleções “acabam mostrando um pouco do que somos e do que gostamos” e ainda “acaba nos aproximando de pessoas que cultivam o mesmo hábito, além de que todas elas de algum forma ainda acabam nos acrescentando algum tipo de conhecimento”.
Além de cerca de 15 álbuns de figurinhas Bruno tem coleções de Carrinhos e Bonequinhos.

O hábito de colecionar agregou muitas coisas na vida de Bruno, no entanto, o que ele acredita ter sido o mais importante é a sua aproximação com seu pai e as tantas conversas, histórias e experiências, além da satisfação de fazer algo que goste.
Grazielli Moraes (autora do artigo) – 25 anos – tem várias coleções, dentre elas Livros, Marca Páginas, Cartas e coisas de Coruja.
Cada uma das coleções teve um início e representa uma determinada época de minha vida: Livros – na casa da avó e que foi criada, tinha uma biblioteca daí nasceu sua paixão por livros e o gosto por colecioná-los – alguns ainda os mantêm guardado em memória de sua vó; Marca Páginas: sua tia trazia alguns marcas páginas de viagens que fazia, a partir daí surgiu sua coleção de marcadores de páginas; Cartas: desde pequena guarda como lembrança, cartas, cartões bilhetes que ganhou de amigos, paqueras, amores, colegas, enfim... “guardo-as como uma forma de lembrar quem está longe ou não mais verei...”; Coisas de Coruja: desde que soube que coruja representa a sabedoria, passou a colecionar, roupas, bijuterias, enfeites etc. de coruja, por ser amante do saber, do aprender e do ensinar.
Para mim as coleções representam um “pedacinho do nosso ser”, e nos permite interações com outras pessoas que tem os mesmos gostos que o nosso.
Livros: Cerva de 3.000 títulos
Marcadores de Páginas: Cerca de 500.
Cartas: Já perdi as contas.
Coisas de Corujas: Cerca de 20 coisas – comecei a pouco tempo.
“As coleções além de retratarem um pouco de nós mesmos, permitem agregar conhecimentos, amizades, senso de organização, relacionamentos pessoais, fatores esses que com o advendo das tecnologias foram sendo perdidos”.
Dentre tantos outros tem também o colecionador desde 2005 Felipe Santos de 25 anos, coleciona Postais que a seu ver é uma coleção que mostra o seu gosto por “ter postais”.
Como ideia inicial, queria montar uma parede de postais em seu quarto, mais conforme ele mesmo diz “fui mergulhando em juntar, juntar e juntar” e acabou por não ter a parede de postais.
Juntou, juntou tanto, que hoje tem uma coleção com 2 mil cartões postais, a fim de colecionar memórias e lembranças de locais, momentos, pessoas e de coisas de sua própria história de vida.

Felipe já colecionou também, vidros de perfumes vazios.

E você coleciona? O que? Conte ai, nos comentários.

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