15/05/2014 -
17:34:05
A maioria dos economistas prevê dificuldades para o presente ano. Os agentes
privados, através da pesquisa Focus, colhida pelo Banco Central, se referem a
expansão da economia de apenas 1,69% – à frente, na região, apenas das
problemáticas Venezuela e Argentina – e inflação de 6,39%. Além disso, haverá
eleições, que sempre causam algum estresse, e a Copa do Mundo, com previsão de
movimentos de rua de black blocks e outros grupos. Mas, para 2015, há muita
gente ainda mais pessimista, seja em caso de reeleição de Dilma Rousseff ou de
ascensão de Aécio Neves ou Eduardo Campos, pela oposição. Grande número de
observadores garante que em 2015 o governo – qualquer que seja o seu chefe –
terá de cortar custos internos, para não perder as rédeas da economia. Os juros
altos já causam traumas em 2014 e tudo deverá piorar em 2015, com menos
investimentos públicos e privados e mais lenha no furacão da especulação
financeira.
No setor externo, o déficit esperado para 2014, de US$ 80 bilhões, vai provocar certa neurose. Afinal, a manutenção de perdas na área externa acaba com dependência e submissão ao Fundo Monetário Internacional. Mesmo sendo difícil – quase impossível – se fazer uma reforma eleitoral, Dilma ou seu sucessor não poderá manter a atual estrutura, com quase 40 ministérios, muitos inúteis. O esforço para pagar parte dos juros devidos terá de ser ampliado, e isso significará baixa expansão da economia e aumento do desemprego. Como as eleições já terão passado, qualquer que seja seu resultado, o governo se sentirá estimulado a puxar o cabresto e adiar bondades.
Se reeleita, Dilma fatalmente terá de impor medidas antipáticas, pois não vai querer entregar a seu sucessor, em 2018, um país ingovernável. Aécio Neves, como bom tucano, se ganhar o pleito, vai impor decisões duras de imediato. Quanto a Eduardo Campos, embora tenha desmentido, chegou a pretender limitar a inflação a 3%, e todos sabem que não se pode fazer omeletes sem quebrar ovos. Para piorar, o movimento de alta nas tarifas de energia – que já computa aumentos de até 19% para 2014 – deverá se acentuar em 2015. A realidade vai chegar também aos postos de gasolina. Seja com Dilma, Aécio ou Campos, os combustíveis devem subir, pois o endividamento da Petrobras já é de quatro vezes a relação da dívida líquida com a geração de caixa operacional, e o plano de investimentos da companhia é ousado.
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No setor externo, o déficit esperado para 2014, de US$ 80 bilhões, vai provocar certa neurose. Afinal, a manutenção de perdas na área externa acaba com dependência e submissão ao Fundo Monetário Internacional. Mesmo sendo difícil – quase impossível – se fazer uma reforma eleitoral, Dilma ou seu sucessor não poderá manter a atual estrutura, com quase 40 ministérios, muitos inúteis. O esforço para pagar parte dos juros devidos terá de ser ampliado, e isso significará baixa expansão da economia e aumento do desemprego. Como as eleições já terão passado, qualquer que seja seu resultado, o governo se sentirá estimulado a puxar o cabresto e adiar bondades.
Se reeleita, Dilma fatalmente terá de impor medidas antipáticas, pois não vai querer entregar a seu sucessor, em 2018, um país ingovernável. Aécio Neves, como bom tucano, se ganhar o pleito, vai impor decisões duras de imediato. Quanto a Eduardo Campos, embora tenha desmentido, chegou a pretender limitar a inflação a 3%, e todos sabem que não se pode fazer omeletes sem quebrar ovos. Para piorar, o movimento de alta nas tarifas de energia – que já computa aumentos de até 19% para 2014 – deverá se acentuar em 2015. A realidade vai chegar também aos postos de gasolina. Seja com Dilma, Aécio ou Campos, os combustíveis devem subir, pois o endividamento da Petrobras já é de quatro vezes a relação da dívida líquida com a geração de caixa operacional, e o plano de investimentos da companhia é ousado.
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