Competência leitura dos ricos
Galeno Amorim
Olha só como a coisa é feia: nada menos do que 20% dos espanhóis encontram-se
no nível 1 de leitura (são capazes de, no máximo, preencher um formulário
simples, entendem um vocabulário básico e o significado de frases e compreendem
textos curtos). No caso dos italianos, é pior: 22% (enquanto que em países como
o Japão o índice beira 4%). No nível -1, que é ainda pior (leitores que só leem
textos curtos sobre temas familiares), a Espanha é quem tem a maior
proporção:7,2% dos adultos, seguida da Itália (5,5%), França (5,3%) e Irlanda
(4,3%). O Japão, de novo, é o que tem menor proporção (0,6%), seguido da
República Tcheca (1,5%), Eslováquia (1,9%) e Estônia (2%). No nível 2, ainda
considerado de compreensão básica (onde estão 33% dos adultos pesquisados),
Itália e Espanha têm 42% e 39,1%, respectivamente.
Só 1% dos pesquisados
atinge o nível máximo do teste (o 5) e são capazes de pesquisar, integrar
informações de textos densos, fazer comparações e avaliar a confiabilidade das
informações. A Finlândia tem a proporção mais alta de adultos nesse nível:
2,2%.
Que maus...
Galeno Amorim
Para aliviar um pouco (mas não muito, hein!) a baixa autoestima nacional
quando o assunto é leitura, lá vai um dado recém saído do forno: mesmo entre a
população dos países mais riscos ainda há uma considerável parcela de adultos
que não é capaz de ler e compreender textos mais complexos e que exijam alguma
interpretação. Quase metade dos adultos entre 16 e 65 anos de 24 países
pesquisados só estão nos níveis mais básicos de aptidão de leitura.
Salvação da lavoura
Galeno Amorim
Dois em cada três alunos do 5º ano e oito em cada dez do 9º ano não tiveram
desempenho satisfatório nos testes sobre leitura no Ensino Fundamental. Apenas
um terço desses últimos leem livros sempre ou quase sempre – entre a meninada do
5º ano, é um pouquinho melhor 45%. Também leem jornais: 39% (5º) e 34% (9º)
deles nunca ou quase nunca busca notícias no veículo impresso. Os mais novos
curtem revistas em quadrinhos (preferência maior do que a internet, 40%). Dado
relevante: o digital pode ser a salvação da lavoura. No caso acima, mais da
metade dos mais velhos se atualiza pela internet.
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